Este é um microcosmo apartidário embora ideológico, pois «nenhuma escrita é ideologicamente neutra*»

*Roland Bartes

Intros: 1 2

domingo, 31 de outubro de 2010

Reflexão-Síntese: Uma esquerda que incorpore novos ideais...

Rubrica – 'Cruzes canhoto! – Apontamentos à esquerda’.

Aquela esquerda portuguesa arreigada ao modelo ainda muito praticado e petrificado em 1910, obsoleto, conceptualmente tradicionalista, desprovido de grandes ideais, arcaico e pouco aberto a mudanças, deve actualizar-se e começar a entender e a preparar-se para receber uma chefia de Estado monárquica.

Para que a esquerda se requalifique e deixe de prejudicar o País com a sua estagnação, especialmente desde 5-10-1910, deve aperfeiçoar-se e inspirar-se em verdadeiros estadistas como foram Olof Palme, Felipe González e muitos outros de uma esquerda racional, merecedora de respeito e admiração...mesmo por quem não seja dessa ala.
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Short note...

Quando Portugal tiver Rei novamente o seu cognome será "O Pretendido"! Porquê?! Porque não advirá da força bruta, nem da força das armas como a república, mas sim por pretensão legitima do povo (que somos todos) que quererá o Seu Rei de volta!
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Reflexão-Síntese: Menos patriotismo, mais establishment...

Em república altera-se demais a chefia de Estado e de menos a governação. Resultado: cada vez menos patriotismo, mas mais establishment.
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The Cure . "Plainsong" (1989)

Uma das poucas versões existentes nos "tubes" da gravação em estúdio (e que cá em casa há em vinil)!
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Maria de Fátima Bravo . "Vocês sabem lá" (1958)

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quinta-feira, 28 de outubro de 2010

O Patriotismo | A Democracia | Os "Heróis"

No Reino da Noruega, país que em 2009, segundo o respectivo relatório anual das Nações Unidas, foi qualificado como o mais desenvolvido do mundo em Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), teve, em 1920, por intermédio de um filho seu, o escritor Knut Hamsun, um “nobél” da Literatura. Nunca deixando de sublinhar as antigas rivalidades entre os reinos da Suécia e da Noruega, a verdade é que o autor de “Fome”, obra considerada por muitos uma obra-prima e «romance fundador da literatura moderna», recebe a célebre distinção da Real Academia Sueca.
Porém, este autor no pós-guerra foi julgado por traição à Pátria, pela sua ligação ao nazismo, sendo que desse facto resultou a consequência de ainda hoje não existir, no Reino da Noruega, nenhuma rua com o seu nome. Face a uma decisão de Tribunal, provada e transitada em julgado, parece-me justo e realista a sanção infligida sobre o escritor, por quebra com princípios elementares de um Estado de Direito, o do Patriotismo e o da Democracia. Ajuizou bem o Tribunal, procedeu bem a Nação não reconhecendo, até hoje, Hamsun como herói nacional, não obstante o seu génio e excepcionalidade no mundo da literatura moderna (visto que foi além do ser apenas mais um “Nobél”).

Sem prejuízo do exposto, no nosso modernaço Portugal republicano, também tivemos um “Nobél” da literatura. Nada que fosse da dimensão de Hamsun ou trouxesse a sua inovação (à parte de uma técnica de escrita que gerou polémica, visto que para uns escrevia com erros e para outros era “inovação e génio”). Mas os dois tinham algo em comum. Ambos simpatizavam com regimes, como direi…pouquíssimo democráticos. Um pela ex e extinta Alemanha Nazi, o outro pelo regime cubano, ainda vigente, de Fidel Castro. Ambos, ao seu modo, e pelas formas sobejamente conhecidas desdenharam as suas pátrias. Consequências?! Num caso já foi supra exposto! No outro, o do “Nobél” Saramago, as “consequências” foram: alvíssaras, prémios, honras, idolatria, e, sobretudo, uma recepção aquando do seu enterro, no país que deixou e desdenhou, no contexto da habitual tese do iberismo, inserida na sólida génese republicana, com honras de Estado…só tendo faltado a este o presidente da república, que muitos, ainda assim, criticaram, mas que não deixou de enviar um alto dignitário e representante ao “evento nacional”.
Finalizando, neste País plantado à beira Atlântico, já começo a não ficar chocado, o que já de si é gravíssimo, para uma consciência colectiva de cidadania que se quer sã, quando assisto a fenómenos como o de Aquilino Ribeiro e, neste ano, de Saramago.
Felizmente, para todos nós, há quem não se resigne e exponha a verdade nua e crua, e sem rodeios, e talvez por isso já começa a ser alvo de reconhecimentos, que poucos anos atrás, eram impensáveis.

Fotos - Direitos reservados aos seus legítimos autores.
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Mistérios de Lisboa

Delego, por assim dizer, a "critica cinéfila" de hoje em alguém que, neste caso, tem mais propriedade e até laços hereditários à obra original...
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Robert Glasper Trio . “Maiden Voyage / Everything In Its Right Place” (2007)

Da Blue Note! Enorme som! 
Inserido no JAZZORES'10, lá estarei Sábado, no Teatro, para assistir ao vivo ao concerto do Robert Glasper:
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Creedence Clearwater Revival . "Green River" (1969)

This sound flows like a (green) river...!
Coisas genéticas!

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quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Gosto sempre de relembrar por quem era o povo...



«D. Miguel era um homem de ideais católicos e tradicionalistas, os quais defendia com frontalidade. Era pouco popular entre a burguesia, mais aberta à influência do ideário liberal, mas gozava de grande popularidade entre o povo, que, caído na miséria após as guerras contra Espanha e França, via num rei forte a figura de um salvador. A isto acresce que era a Igreja quem muitas vezes matava a fome do elevadíssimo número de mendigos e deserdados de mais de 30 anos de guerras, pelo que a inimizade dos liberais face a esta instituição terá levado a que o povo se colocasse ainda mais do lado miguelista.

D. Miguel era também um admirador do chanceler Metternich da Áustria, embora afirmasse não ser adepto de uma monarquia absoluta mas apenas pretender libertar Portugal das influências estrangeiras, principalmente das ideias da Maçonaria, que considerava nefastas.»

Fonte - Wikipedia
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Daft Punk . "Veridis Quo" (2001)

Relembro que o álbum “Discovery” introduziu um novo e interessante conceito nos clips. Ele foi transposto, por/pelos temas, e de forma fraccionada, através de uma história de um grupo de amigos, que formam uma banda, tendo sido concebida em BD Manga.

Do todo, esta é apenas uma das partes: “Veridis Quo”.

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ABBA . "Honey Honey" (1974)

Dois curtos apontamentos:
1.º) Dizem elas na letra: «I wanted to know some more
And now I know what they mean, he's a love machine» ;-)
2.º) No vídeo o Björn Ulvaeus confunde-se com o Super-homem.

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oOoOO . "Hearts" (2010)

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terça-feira, 26 de outubro de 2010

Vencer ou Morrer

Primeiro livro de ficção de Mendo Castro Henriques.
Edição Objectiva
A ler!
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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Reflexão-Síntese: regime e governo

Da mesma forma que a Monarquia, se fosse agora instaurada, não resolveria os problemas governativos, também, com as devidas adaptações, os republicanos de 1910 tiveram tal auspiciosa convicção e…não resultou até hoje.
É de regime que falamos. A sua função é ser moderador nos bastiões do poder e defensor dos cidadãos. Neste capítulo a Monarquia demonstrou irrefutáveis provas de ser um sistema bastante melhor.
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Allen, Scarlett e...ténis!


Life and luck…in a simple moment.
Any player knows that…
« Does a man control his own fate?»

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The Stone Roses . "Breaking into Heaven" (1994)

Alguém já ouviu uma guitarra falar? O John Squire explica-nos, aqui em baixo, como se consegue:
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Carlos Ramos . "Não venhas tarde" (1958)

Isto (entenda-se fado) só mesmo cá. Não sou o maior apreciador, mas este tema é soberbo...
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The Cardigans . "Erase and Rewind" (1998)

Vindos das terras dos Abba...;-)
Sempre achei graça a este tema!

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Gus Gus . "Why?" (1997)

Guys, one more from 4AD...!
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sexta-feira, 22 de outubro de 2010

The Postmarks . "Let Go" (2007)

Estes eram novidade...para mim :-s
Mas a partir de quarta-feira passada deixaram de ser! Iniciou-se a análise... ;-)

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Yonderboi (2000)


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Fila Brazillia . "At Home In Space" (1995)

Foi-me oferecido num Natal...
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Goldie . "Innercity Life" (1995)

O movimento Jungle ?! Apresento-lhes o respectivo pai...
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terça-feira, 19 de outubro de 2010

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

5000

O Incúria (como gosto de o chamar) agradece a todos quantos, ao longo destes 15 meses, o têm visitado e, sobretudo, nele participado via comentários.

O n.º 4000 foi atingido há, sensivelmente, 2 meses atrás. Um recorde até ao momento! Até então o milhar dava-se à passagem do 3.º mês. Desta foi ao 2.º.

Tão elevado número em tão escasso tempo de existência, é significado e motivo de regozijo, motivação e sentido de aperfeiçoamento.

O Incúria espera ter tido, até ao presente momento, uma prestação útil.

Agradecimentos sinceros!

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Queres ser chefe de Estado?

Como apenas posso responder por mim, respondo não…eu não quero ser chefe de Estado!

E porque não quero?! Porque não almejo esse “posto”, porque entendo que existe alguém suficientemente representativo para esse efeito.

Sou mais ou menos partidário da máxima: “não há impossíveis”. Com trabalho, com empreendedorismo e com uma séria assunção de responsabilidades, todas as funções, actividades, compromissos, etc, são, com maior ou menor dificuldade, possíveis de alcançar…a todos. A chefia de Estado não! Não cabe nesse conjunto. É algo à parte, único.

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Foi assim há 175 anos...

Em pleno século XXI considero-me, curiosamente, um liberal moderado. Mas foi precisamente por altura das lutas liberais que um antepassado meu, por via paterna (pelo ramo da minha respectiva e querida avó), encontrava-se em similares condições aos aludidos funcionários, apenas por ser miguelista.
Eis o dado histórico geral:
Fonte - AO, de 15-10-2010, 1.ª página.
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domingo, 17 de outubro de 2010

Reflexão-Síntese: Melhor Monarquia, pior república...

Proposta de axioma:

Antes um mau Rei em Monarquia, do que um bom Presidente em república. No primeiro caso é sempre neutro e mais fácil mudar.
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Bee Gees . "More than a woman" (1977)

«(…)
More than a woman
More than a woman to me
(…)»


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Lamb . "Gold" (1997)

Tema extraído do único álbum que tenho e que gosto deles. Confesso que acho todos os outros fracotes…
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French Horn Rebellion . "This Moment" (2010)

O tema é excelente, o vídeo, no geral, bom, mas há aqui tiradas (propositadamente) péssimaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaas! :-)
Robert and David Perlick-Molinari two brothers were born and raised in Milwaukee, Wisconsin.
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Abba . "I have a dream" (1979)

I believe in angels and frienship 2!
Abba!? Eu sei... Não tenho culpa, vem no código genético proveniente dos progenitores ;-)
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quinta-feira, 14 de outubro de 2010

David Foster Wallace

Cerca de dois anos após o seu suicídio...

«Ténis e tornados

O ténis representou o protótipo desse combate em que a escrita resgata a insuficiência da vida entregue a si mesma, como descreve em "Tennis, trigonometry and tornadoes, a midwestern boyhood" [9], o texto em que David Foster Wallace revisita os anos de tenista adolescente, até descobrir as suas limitações para atingir a alta competição. O seu talento para fazer complicadas equações mentais considerando os acidentes do terreno e o vento para assim prever os efeitos das bolas não chegou para compensar a pequena estatura e a falta de força. Num parágrafo memorável, David Foster Wallace explica como um tornado "sem funil" decidiu o seu futuro. Treinava com o seu parceiro habitual, Gil Antitoi, e não queria parar; estava zangado com o seu corpo, queria magoá-lo, cansá-lo. Quando uma onda sacudiu a paisagem e passou pelo court, Foster Wallace mandou a bola ao ar para perceber a direcção do vento. Ao correr atrás da bola, ultrapassou-a e bateu-a num salto. Estava ainda com os pés no ar quando foi projectado contra a cerca. Antitoi descolou a retina e o quadriculado da cerca de arame ficou marcado no corpo de ambos. Amy, a irmã, disse-lhe que parecia um "waffle". "O ténis de Antitoi continuou a melhorar, mas o meu não."

Em 1996, publica um longo artigo na "Esquire" sobre Michael Joyce, promessa do ténis americano, que acompanha ao Open do Canadá, em Montréal. É um retrato em que sobrevêm as implicações do que implica lutar para ser um dos melhores. A sua melhor prosa, no contexto jornalístico, vai sempre parar às notas de rodapé: "É maravilhoso o ar dele quando fala daquilo que o ténis representa para si (...). Quando fala de ténis e da sua carreira fica de olhos arregalados, as pupilas dilatam-se e há amor no olhar. Não o amor que se sente pelo trabalho ou por uma amante ou não importa qual fogueira de paixão que a maioria de nós escolhe para dizer que ama. É o amor que lemos nos olhos das pessoas de idade casadas e felizes juntas há dezenas e dezenas de anos, ou naqueles crentes de tal maneira crentes ao ponto de dedicarem a sua existência à fé: um amor que se mede naquilo que custou, no que foi preciso renunciar por ele. Que tenha havido uma 'escolha' ou não deixa de ter importância... é precisamente a renúncia a si mesmo e ao poder de escolher que dá forma a esse amor."

Reparem como o olhar de Foster Wallace reconstrói uma infância sacrificada ao ténis: "Quando a direita de Joyce encontra a bola, a sua mão esquerda abre-se atrás dele, como se tivesse deixado cair qualquer coisa, num gesto ornamental que não afecta em nada a pancada. Michael Joyce ignora que a mão esquerda dele se abre durante o impacto: é um fenómeno inconsciente, um tique estético aparecido na infância que agora é inseparável de um gesto inconsciente de Joyce".

Estes temas explodem no mega-romance "Infinite Jest", o segundo que publicou em vida, em que Hal Incandenza é uma jovem promessa do ténis à beira do colapso. Aliás, é entre a expectativa de algo grandioso e o colapso, nessa lógica de competição predadora em que ser o melhor é deixar de ser humano, e ser humano é aceitar perder e desaparecer na multidão, que parece jogar-se vida e a obra de David Foster Wallace, mas também o seu fascínio pelo ténis: "Convido-os a tentarem imaginar como é que seria estar entre os cem melhores do mundo em alguma coisa. Seja no que for. Eu já tentei; é difícil.." Mas regressemos ao ténis. No seu último grande texto sobre o assunto, "Roger Federer as a religious experience", a propósito daquele que é considerado o maior jogo de todos os tempos (Federer vs. Nadal, Wimbledon, 9 de Julho de 2006), escreve: "Imagina que és uma pessoa com reflexos, coordenação e velocidade sobrenaturais, e que jogas um ténis de alto nível. A tua experiência, quando jogas, não é a de quem possui reflexos e velocidade fenomenais; aquilo que te vai parecer é que a bola é enorme, e que tens muito tempo para batê-la. Ou seja, não vais ter nada que se pareça com a experiência (empiricamente real) de rapidez e habilidade que o público te atribui".

O super-herói do ténis serve de metáfora da superescrita. A literatura implica o rigor da linguagem e o golpe de um olhar poético. Só esta mistura produz uma impressão de magia. Uma boa jogada, vista na televisão, é impressionante, mas descrita por Foster Wallace tem outra beleza: as jogadas constroem o resultado (vencedor, derrotado), mas as suas descrições vão criando uma trama que no final reunirá (em nota de rodapé) dois super-atletas, um condutor de autocarro e a criança de sete anos com cancro no fígado que no início do jogo enviou a moeda ao ar.

David Foster Wallace perseguia a grandiosidade. Humanizado pelo ténis ainda na adolescência, a via heróica entrou em latência: seguiram-se os anos de Matemática e Filosofia.

A literatura haveria de tornar-se o seu grande, grande slam. "Ele parecia que ia aspirar tudo". A frase da mãe soa tão esquisita quanto sintomática: o brilhantismo de Foster Wallace é perturbador, aflitivo. A grandiosidade da sua escrita reside na atenção e no detalhe com que sonega a banalidade daquilo que nos é comum. Ele parece aspirar tudo. Quem sabe da dificuldade de conseguir escrever uma frase com uma impressão mínima de real lá dentro percebe que há nisto algo de super-humano: a vida aspirada para dentro da escrita, e a pulsar.

A questão é: o que ficou de sobra nos bolsos, para viver fora da escrita, para além de confusão e medo? "Flashback".»

Fonte e foto - Ípsilon / Público
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mine Vaganti

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quarta-feira, 13 de outubro de 2010

O Patriotismo impulsionador de progresso | O Presidente dos EUA e o Rei

Em tempos escrevi e subscrevo – “Os Estados Unidos da América (EUA), constituídos ex novo, aquando da sua independência do Império Britânico, criaram o seu próprio modelo constitucional, republicano e presidencialista, com base maçónica e jacobina, é verdade (veja-se, por exemplo, o verso da nota de um dollar [...]), mas não menos “dinástico” dado o relevo de algumas “casas” como as dos Clinton, dos Bush, dos Kennedy, etc, que não tardarão estar, dentro de alguns anos, novamente no “trono”. É talvez a este propósito que o politólogo e sociólogo francês Maurice Duverger de esquerda refere que os EUA é última monarquia que subsistia, enquanto sistema presidencialista puro, por se equiparar e ser seu sucedâneo do sistema monárquico tradicional. De salientar que, desde há muito, Portugal, em Monarquia, havia evoluído de um sistema tradicional para um liberal. Apesar de tudo isto, temos de admitir, que dadas as circunstâncias históricas, a época e a geografia onde se inserem os EUA, o seu modelo de Estado apresenta alguma coerência.”

Mais do que coerência é justo dizer-se que apresentaram desenvolvimento. É o sonho americano…
Mas esse “sonho” tem uma explicação, em parte baseada naquilo que foi referido no intróito, mas também pela liberdade e autodeterminação existentes entre estados (ao contrário do que acontece com o doente modelo europeu). O modelo norte americano é gerido pelo Senado e moderado pelo poder presidencial. Porém, não obstante o poder efectivo encontrara-se na esfera daquele órgão plural (veja a enredada matéria da Saúde que recentemente acabou por ser uma vitória da administração Obama), o Presidente dos EUA, nos termos em que foi referido, e com as devidas adaptações, encontra-se próximo da representatividade de um Rei, é um símbolo! E é precisamente esse símbolo que indesmentivelmente é a resposta para o são patriotismo que motivou e potenciou o desenvolvimento daquela Nação com 234 anos. O Povo Americano patrioticamente gosta do seu chefe de Estado.

O mesmo acontecerá hoje em Portugal ? Obviamente que não! O outro dia assistia, na SIC, a uma interessante reportagem sobre alunos de uma Universidade Sénior no contexto das celebrações do centenário da república. Todos os testemunhos revelaram conhecer os nomes dos seus Reis e até os respectivos cognomes. Impressionante! Quanto aos presidentes da república os semblantes de incerteza instalaram-se. Não sabiam ao certo, não sabiam pura e simplesmente ou tinham dúvidas quanto aos seus nomes, tudo isto apesar de ser um regime recente, com apenas 100 anos, teoricamente mais fácil de memorizar.

A realidade é esta: os portugueses, no geral, não se revêem estruturadamente na república e, consequentemente, no seu presidente. Esse é o problema basilar de Portugal! Se no topo da pirâmide não temos alguém em quem acreditamos, gostamos ou nos revemos (ou na melhor das hipótese nos diz pouco), como vamos ter força patriótica para combater as adversidades que ciclicamente se instalam? Não é à toa que as nossas três repúblicas foram sinónimo directo de três revoluções. Perdeu-se tempo! Temos de recuperar alegria e o são patriotismo! Esses compósitos só a nossa Família Real consegue nos restituir, com uma nova e moderna Monarquia a instaurar em Portugal…por vontade dos portugueses.

Foto - Barack Obama / Yahoo
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Nuyorican Soul (Feat. Jocelyn Brown) . "It's Alright, I Feel It!" (1997)

Não consigo expressar o quanto já gostei deste tema...
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segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Li na Única...

Ficam aqui alguns excertos que subscrevo:

«Uma das vantagens da monarquia é que não se é chefe de Estado por acidente, ou por uma campanha eleitoral ter corrido muito bem, essa função é conhecida desde pequenino e as crianças são preparadas para tal» Francisco van Uden

«"Não vejo como é que os republicanos conseguem comemorar uma iniciativa, com ideias e entusiasmo, mas onde tudo correu mal. Os primeiros anos foram de perseguição, radicalismo e mortes. O povo estava tão fato que apoiou o golpe militar de 1926. Do ponto de vista económico e social correu muito melhor, mas política e democraticamente foi péssimo. Com o 25 de Abril veio a terceira revolução republicana que deu enorme atraso à economia portuguesa, desgraçou os povos africanos e os portugueses que viviam no ultramar, atrasando em dez anos o nosso desenvolvimento. Hoje estamos numa crise profunda. Deveríamos fazer luto e autocrítica colectiva."» D. Duarte de Bragança

«A causa dos monárquicos em Portugal está mais ativa do que nunca. Sucedem-se os encontros, os debates, as palestras nas escolas, as discussões nas redes sociais e aumentam todos os meses o número de pessoas que se querem filiar na Causa Real, (…) que luta pela instauração da monarquia. “Uma monarquia democrática, constitucional, liberal e moderna”, defende Paulo Teixeira Pinto.»

«(…) “o rei é o símbolo da nação, a figura que permite maior estabilidade da vida política. É um árbitro, independente, nem de esquerda nem de direita, e por isso poderia evitar o frequente conflito político a que Portugal está habituado. Como é que se aceita que o supremo árbitro da vida política pertença a um dos clubes que está em jogo?"» D. Duarte de Bragança.

«”Na nossa república o povo é tratado como ignorante. A nossa democracia limita o direito de escolha ao não permitir que se pronuncie sobre o tipo de chefia de Estado que queremos."» Paulo Teixeira Pinto

«”A monarquia não é um programa político, não é uma ideologia, não se antepõe a nenhum dos outros partidos. Pelo contrário. O que se pretende é uma monarquia diferente da de 1910, (…) mais moderna."» Paulo Teixeira Pinto

«”Em Portugal assistiu-se a uma construção histórica de 800 anos, em que o rei encarnava o colectivo. A monarquia é uma projecção do passado no presente em direcção ao futuro. E isso estava interiorizado e personificado pelo rei. É o reconhecimento de uma lealdade, não uma opção ideológica. Os monárquicos não são contra a república. A diferença está apenas na designação do chefe de Estado. Nos países nórdicos fala-se agora em repúblicas coroadas, e ninguém põe em causa que são das democracias mais desenvolvidas do mundo. Não há caso de uma monarquia que não seja uma democracia. Pelo contrário, há repúblicas não-democráticas, como nós fomos durante muitos anos.”» Paulo Teixeira Pinto

«”Os monárquicos devem fazer exercício político nos diversos partidos políticos, não como partido político ao mesmo tempo. Ser monárquico não é algo distintivo de social democrata, socialista, conservador ou liberal.» Paulo Teixeira Pinto

Fonte – Revista Única, de 02/10/2010, páginas 42 a 50.
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This Mortal Coil . "You And Your Sister" (1991)

De ressalvar que este tema é interpretado por Kim Deal, a mesma que fez parte dos Pixies. Esteve à frente dos The Breeders, onde fez par com sua irmã Kelley Deal...de quem é gémea. Actuou ainda como vocalista, compositora e guitarrista nos The Amps.
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The Wolfgang Press . "Chains" (1995)

Também da 4AD. Sempre gostei do nome atribuído a este álbum, embora o associe, não sei bem porquê, ao JK dos Jamiroquai.
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sábado, 9 de outubro de 2010

Não tenho em conta Rui Ramos como monárquico…

…mas tenho-o como um dos melhores historiadores portugueses da actualidade, daí passarmos à verdade factual:

A república não «(...) significou uma maior participação da população. Sob o domínio do Partido Republicano, houve menos eleitores e menos votantes do que antes de 1910. Nos cadernos eleitorais da república, em relação à monarquia, diminuíram os trabalhadores manuais. De resto, pouco mudou. (…). A polícia tratou sempre a população mais pobre com brutalidade. Às mulheres, o regime negou sempre qualquer estatuto político.
A I República, sem sufrágio universal, sem eleições justas e sem rotação pacífica no poder, não faz parte da linhagem da actual democracia.
Foi sob a república que emergiu uma nova cultura de nacionalismo tradicionalista, não existia com significado antes de 1910 (…).»

Rui Ramos, Historiador e Investigador do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa.

Fonte - Revista Atual, n.º 1979, de 2-10-2010, páginas 36-38.
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quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Tamara Drew

De Stephen Frears, realizador de "Ligações Perigosas", "Alta Fidelidade" e "A Rainha".

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quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Os Britânicos tiveram 7 anos de República. Será que antes dos 100 anos ainda teremos a nossa ?

É sob a égide do dever de informação que comunico o terminus da rubrica deste blogue designada: Os Britânicos tiveram 7 anos de República. Será que antes dos 100 anos ainda teremos a nossa?




Criada desde do início do Incúria da Loja, e ainda do tempo da Acção 288 b, chegou ontem ao seu fim. Porém, a república (ainda) não.

Contudo, é medianamente inteligível que, entre o dia 23-07-2009 (data da criação da aludida rubrica) e 05-10-2010, e a cada dia que passa, se questiona o presente regime e se fala da reposição de uma Monarquia. Muito se explanou isso neste espaço e, sobretudo, noutros espaços. A república (ainda) não terminou em Portugal, já vamos em 100 anos e um dia, mas com mais formação, instrução, educação, cultura, civismo, melhor democracia e tempo, os portugueses irão finalmente expressar-se e, deste modo, repor aquilo que lhes foi tirado sem quererem e serem questionados…até hoje. Os ingleses em 7 anos rapidamente entenderam que república sim, mas para o Governo. Coisa diferente é a chefia de Estado que deve ser aglutinadora e por isso nada melhor que a Monarquia.

Viva o Rei! Viva uma nova e moderna Monarquia! Viva Portugal! Viva aos Açores! Viva a Madeira! Vivas a todos os portugueses da diáspora!
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Gostava de voltar a ter um Rei como Chefe de Estado em Portugal ?

É igualmente sob a égide do dever de informação que comunico o terminus da sondagem deste blogue designada: Gostava de voltar a ter um Rei como Chefe de Estado em Portugal ?

Criada, de igual modo, a partir do início do Incúria da Loja, e ainda do tempo da Acção 288 b, chegou ontem ao seu fim com resultados reveladores.

Perante a questão colocada, os resultados foram os seguintes:
Conforme se pode atestar os resultados foram retumbantes e conclusivos. Os que manifestaram que sim, gostarem de ter um Rei como Chefe de Estado em Portugal, venceram com 90% dos votos. Resta ao Estado, se tiver decência histórico-constitucional, questionar, de facto e de direito, os portugueses neste exacto sentido…!

Viva o Rei! Viva uma nova e moderna Monarquia! Viva Portugal! Viva aos Açores! Viva a Madeira! Vivas a todos os portugueses da diáspora!
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“Era uma vez Manuel”

Às 21h, hora do continente, a RTP 1 vai transmitir hoje uma interessante reportagem sobre El-Rei D. Manuel II, o Rei Traído, no programa Linha da Frente.

Sinopse - «“Era uma vez Manuel” é uma viagem ao local de exílio do último rei de Portugal. Conta a história de D. Manuel II a partir das marcas e dos afectos que o monarca deixou na comunidade de Twickenham, nos arredores de Londres.

Quando se comemora o centenário da mudança de regime no país, o Linha de Frente narra os acontecimentos do outro lado do espelho, do lado dos vencidos, e regista os últimos testemunhos vivos de quem ainda conviveu com o rei. Nesta reportagem desvenda-se o homem que os portugueses esqueceram mas cuja memória os ingleses preservam.

“Era uma vez Manuel” é uma reportagem de Eduarda Maio, com imagem de Luís Flores e edição de imagem de Marcelo Sá Carvalho.»

Fonte - RTP
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terça-feira, 5 de outubro de 2010

O Montepio hoje | A república de 100 anos | A Monarquia e o seu ‘branqueamento’

Tive a triste infelicidade de ler um artigo na Revista do Montepio, instituição com 170 anos, sob o título: «Portugal celebra 100 anos de república». O mesmo foi escrito por um tal de Mário Branco, no n.º 67 (Outono 2010), a páginas 10 e 11, daquela edição.

Logo de início a mais comum questão se coloca: mas o que estamos a celebrar em 100 anos de república ?

Posto o intróito, importa referir que aquele articulador “informou-me” acerca de um rol de novidades relativas à Monarquia Liberal e Constitucional que desconhecia até ao dia em que coloquei os meus olhos naquele dito texto. No mesmo texto também se extraem outras preciosidades históricas acerca do bando que implantou a república.

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Eis o meu feriado...

...de 5 de Outubro!
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segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Cocteau Twins and Harold Budd . "Ooze Out and Away, Onehow" (1986)


Neste magnífico álbum destacaria ainda dois temas:
1.º) "Why Do You Love Me?" (3);
2.º) "She Will Destroy You" (5).
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Johnny Cash . "Hurt" (2003)

Honestidade...!

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Zeca Afonso . "As sete mulheres do Minho" (1979)


"Viva a Maria da Fonte, viva a Maria da Fonte!". 
Esta interpretação do Zeca relembra-me sempre o porquê da nossa Monarquia... Rei-Povo...este era o elo durante 8 séculos. Por isso acreditávamos e éramos, de facto, melhores que hoje.
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«Se mandarem os Reis embora, hão-de tornar a chamá-Los» (Alexandre Herculano)

«(…) abandonar o azul e branco, Portugal abandonara a sua história e que os povos que abandonam a sua história decaem e morrem (…)» (O Herói, Henrique Mitchell de Paiva Couceiro)

Entre homens de inteligência, não há nada mais nobre e digno do que um jurar lealdade a outro, enquanto seu representante, se aquele for merecedor disso. (Pedro Paiva Araújo)

Este povo antes de eleger um chefe de Estado, foi eleito como povo por um Rei! (Pedro Paiva Araújo)

«A República foi feita em Lisboa e o resto do País soube pelo telégrafo. O povo não teve nada a ver com isso» (testemunho de Alfredo Marceneiro prestado por João Ferreira Rosa)

«What an intelligent and dynamic young King. I just can not understand the portuguese, they have committed a very serious mistake which may cost them dearly, for years to come.» (Sir Winston Leonard Spencer-Churchill sobre D. Manuel II no seu exílio)

«Everything popular is wrong» (Oscar Wilde)

«Pergunta: Queres ser rei?

Resposta: Eu?! Jamais! Não sou tão pequeno quanto isso! Eu quero ser maior, quero por o Rei!» (NCP)

Um presidente da república disse «(...)"ser o provedor do povo". O povo. Aquela coisa distante. A vantagem de ser monárquico é nestas coisas. Um rei não diz ser o provedor do povo. Nem diz ser do povo. Diz que é o povo.» (Rodrigo Moita de Deus)

«Chegou a hora de acordar consciências e reunir vontades, combatendo a mentira, o desânimo, a resignação e o desinteresse» (S.A.R. Dom Duarte de Bragança)

«Depois de Vós, Nós» (El-Rei D. Manuel II de Portugal, 1909)

«Go on, palavras D'El-Rey!» (El-Rei D. Manuel II de Portugal)