Este é um microcosmo apartidário embora ideológico, pois «nenhuma escrita é ideologicamente neutra*»

*Roland Bartes

Intros: 1 2

sábado, 28 de outubro de 2017

"Um sentimento de união dos portugueses em volta de Marcelo"

Hoje de manhã, por altura do pequeno almoço, debatia com a minha mulher a vinda do Prof. Marcelo Rebelo de Sousa à Região Autónoma dos Açores.

Não sendo a minha mulher monárquica, respeitavelmente com muita pena minha, todavia referiu algo que, desde que a conheço dos tempos do Liceu, há mais de 23 anos, nunca tinha ouvido em relação a qualquer outro Chefe de Estado: "já reparaste que existe um sentimento de união dos portugueses em volta de Marcelo".

Eu respondi-lhe que sim, que realmente era assinalável e, desde que me recordo, nunca tinha visto algo assim. De facto, estamos a assistir a um fenómeno impar, um político que, de forma rara, em república, se transformou, excecionalmente, num representante de muitos mais portugueses que os seus antecessores representavam para além da redação estanque e formal da Constituição que fala em totalidade.

É precisamente esse sentimento de união em volta de uma pessoa que nunca havíamos sentido na III república, algo que para quem é monárquico não é novidade mas que está a verificar, pela primeira vez, em república. Porém, e conforme já aqui escrevi, tal preenchimento pode gerar, subsequentemente, um estádio de vazio, pois este caso - de Marcelo - é único e um Presidente nunca é igual a outro, por isso o sistema republicano divergir, também neste campo, para o monárquico, porque não tem as preocupações e o procedimento na formação, na preparação e na transição para o futuro representante da mais alta Magistratura.

Estou perfeitamente convencido, e disse à minha mulher, que este é já um pálido mas significativo exemplo daquilo que seria viver numa Monarquia, conforme vivem outras nações como a Noruega, a Suécia, a Dinamarca, a Holanda, a Inglaterra, o Canadá, a Austrália, o Japão, etc.

Estou igualmente convencido que se vivêssemos em Monarquia, onde o Chefe de Estado é de essência independente de partidos, legitimado pela Lei Constitucional, pelo Povo e pelas origens e pela História da Nação, estaríamos hoje bem melhor que aquilo que estamos, estaríamos ideologicamente mais equilibrados e livres de determinadas tendências partidárias excessivas que nos condicionaram entre 1910 e 2017. Teríamos mais País e menos partidarismo e isso é necessariamente bom.
Marcelo tem sido bom, mas uma Monarquia seria ainda melhor!


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sábado, 14 de outubro de 2017

Victoria and Abdul


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"Porque sou Monárquico"

«Raio de cabeça, continuo a "meditar" noutras coisas: "A contribuição do povo português, como nação e organizado como estado, para o progresso da humanidade só foi possível devido à integração da monarquia histórica na vontade, cultura e maneira de ser de uma população, para mais acantonada num território de características ecológicas muito diversificadas que justificavam a vivência de comunidades autónomas, vincadamente individualizadas, mas ligadas por uma cultura e interessadas na construção de uma pátria comum. A sistemática destruição dos valores culturais e das estruturas morais, sociais e políticas da nação pelo iluminismo, racionalismo e positivismo conduziram à República.»

Gonçalo Ribeiro Telles

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Visita dos Reis dos Países Baixos


«Quase que não é notícia em Portugal, mas os Reis dos Países Baixos encontram-se em Visita de Estado ao nosso país.
Aqui fica um registo tomado ontem no Jantar de Estado oferecido no Palácio da Ajuda: S.A.R. o Senhor D. Duarte Pio, Duque de Bragança, cumprimenta SS.MM. os Reis Willem-Alexander e Máxima dos Países Baixos.»

Real Associação do Porto.

*Fonte: Presidência da República.

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Perspetivas

Apesar do indubitável e inegável avanço da Madeira em termos turísticos, contudo a maior capacidade de expansão portuária e aeroportuária dos Açores, aliadas a investimento e a uma boa gestão económica, podem legitimar uma aspiração da Região (açoriana), a longo prazo, de poder atingir, neste âmbito, um patamar superior ao do nosso arquipélago irmão.


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WEEK SOUNDZZZzzz!


Made in Portugal


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sábado, 7 de outubro de 2017

Ainda o Discurso do Rei

Tenho lido por aí algumas críticas à comunicação (vulgo discurso) do Rei Filipe VI, relativamente às circunstâncias que se passam na Catalunha. Foi duro, insensível…dizem.

Contudo, esses que afirmam tais coisas, esquecem-se de aspetos fundamentais:

1.º) O Rei é o garante da União de Espanha e dos espanhóis, e foi o que fez.

2.º) O Rei é o garante da Constituição e da Legalidade, e foi o que fez.

3.º) O Rei não podia dar azo a um referendo ilegítimo e ilegal, com urnas de quiosque.

4.º) O Rei não está contra a Catalunha, como alguns energúmenos afirmaram, antes está pela Catalunha, pois as consequências, em especial as económicas, para todos os catalães, sublinho todos, podem ser devastadoras.

5.º) O Rei defende a União dos espanhóis, mas em especial, atendendo ao caso concreto, dos catalães, porquanto é preciso não esquecer as percentagens envolvidas naquele pseudo golpe de Estado disfarçado de democracia, bem como não esquecer, SOBRETUDO, aqueles catalães, em número muitíssimo expressivo, que não querem a independência.

Em suma, como referia, e muito bem, SAR o senhor Duque de Bragança no dia 5 p.p., que Filipe VI procedeu corretamente, o Governo, na questão da violência, nem tanto.

A solução para este delicado assunto parece-me ser a dada pelo senhor Dom Duarte naquele predito dia, em fórmula semelhante àquela que também defende para os Açores e Madeira, um estatuto de País inserido num Reino Unido.


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quinta-feira, 5 de outubro de 2017

"Respeitosa atitude de toda a população da Ericeira"

Sobre um bando de pistoleiros, arruaceiros, cobardes, malfeitores e idiotas, impôs-se a dignidade e a coragem dos pescadores da Ericeira em proteger e ajudar Aqueles que Nos Serviram por mais de 7 séculos.

Bravos!


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EM SUMA: 5-10-1910

«Se gostam do monturo, perseverem

Hoje é 5 de Outubro. Comemora-se o revolverismo de que falava Homem Cristo (Pai); celebra-se a Carbonária e seus dinamitistas; evocam-se os bravos regicidas de 1908, mais os matadores de polícias, mais as prisões particulares em que, de 1911 a 1915, milhares de monárquicos e católicos estiveram detidos sem mandado, sem acusação e sem julgamento; exulta-se pela carnificina do 14 de Maio de 1915, pelos assaltos das populações esfomeadas às padarias e mercearias e pela entrada aos empurrões de Portugal na Grande Guerra.

Hoje é dia de festividades. Festeja-se as tonsuras e medições frenológicas aos Jesuítas e outros regulares; festeja-se a nomeação política dos magistrados judiciais pelo democratíssimo governo de Afonso Costa; festeja-se o encurtamento do universo eleitoral, o saque e queima de redacções de jornais e revistas da oposição, os pronunciamentos militares e o terrorismo da Legião Vermelha, bem como a camioneta da morte da Noite Sangrenta de 21 de Outubro de 1921. E, em maré de comemorativismos, porque não celebrar, também, o corte definitivo da sociedade portuguesa com a Europa civilizada, a ditadura dos professores primários, o triunfo de um republicanismo quase boçal, eriçado de superstições positivistas, os milhares de emigrados, as manifestações europeias pedindo a intervenção das potências num país que era comparado ao insolvente México de Pancho Vila, a bancarrota por duas vezes declarada, o regresso do presidente António José de Almeida do Brasil a bordo de um cargueiro britânico, dado o paquete português que o havia levado ao Novo Mundo haver sido confiscado ao Estado português por incumprimento do pagamento de dívidas ?

A república é, verdadeiramente, uma caixa de surpresas. Percorremos a galeria das criaturinhas e espanta-nos que tenha sobrevivido por 107 anos.

Sosseguem os republicanos e todos os amantes da liberdade, pois nós não somos como os homens do 5 de Outubro: nós não recorreremos a pistoleiros e bombistas, não assassinaremos Chefes-de-Estado, não armaremos paisanos, não faremos tábua-rasa de resultados eleitorais, não faremos medições frenológicas nem desterraremos opositores, não teremos prisões privativas nem juízes nomeados pelo governo, não faremos assaltos à imprensa livre, não viciaremos resultados eleitorais, não proibiremos partidos políticos, não empurraremos ninguém para o exílio, não lançaremos a polícia sobre os sindicatos, não teremos Olímpios nem Camionetas Fantasma.

Se a Restauração vier, virá para aprofundar a liberdade e a união de todos os portugueses. Foram cem anos perdidos, de bagunça seguida de ditadura e ditadura seguida de bagunça.»

Miguel Castelo Branco.

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Proclamação

Alguém que não se conformou perante um ataque usurpador contra uma democracia e um Portugal com mais de 7 séculos.

«Proclamação de Paiva Couceiro na véspera da 1.ª Incursão Monárquica de 5 de Outubro de 1911:

‘AO POVO!

Portugueses!

Esses homens que, sob o falso nome de republicanos, se proclamaram, - por entre bombas de dinamite e tiroteios, - governantes da nossa gloriosa Pátria, estão-nos enganando!
Liberdade, Igualdade, Fraternidade nos prometeram eles! Tirania, privilégios de seita, delações e vinganças – foi o que nos deram!
O nosso País era dantes aquele em que as claridades do sol quase perene, e a limpidez azul de um céu sem mancha, fielmente retratavam os primores de carácter, e as humanas tendências de um povo afectuoso e nobre!
Azul e branco tínhamos por cores.
O nosso País é hoje um outro muito diverso, - de desconfiança e de ódios verdes, que envenenam o mesmo ar que se respira, - de pistolas Browning a atestarem, de dentro do bolso a cada português, as paixões vermelhas de sangue, que nos conturbam o espírito nacional!
Verde e vermelho temos agora por emblema; e, à força, verdes e vermelhos nos querem fazer!
Bandeira, religião e tradições, tudo, - sem dó nem respeito, - nos ofenderam, espezinharam ou destruíram!
Em nome do Povo, dizem eles.
Decerto não falam, nem obram, em nome do Povo, esses mesmos para quem o Povo não passa de uma retórica de fórmulas aparentes, mas que mascaram o mais opressor dos fundos jacobinos!
Portugueses, fomos enganados!
Viva a Pátria e a Liberdade, com a nossa velha Bandeira Azul e Branca!’

- Henrique de Paiva Couceiro

Recolha - Plataforma de Cidadania Monárquica

Fonte - Miguel Villas-Boas (Plataforma de Cidadania Monárquica).

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Ano a ano, repetidamente a mesma coisa

Focando-nos no essencial, ou seja na adesão do povo, e tomando por comparação este evento com outros similares em monarquias modernas (e também a nossa antes de 1910), estes festejos são uma lastimável vergonha nacional.
Revela o distanciamento do povo em relação à república. Aquilo que é imposto, mesmo que tenha sido há 107 anos, nunca será esquecido no verdadeiro âmago e espírito dos portugueses, independentemente de alguns nunca o assumirem.
Uma festa de políticos, sem povo. 
Onde há Rei, há povo...pois em Portugal, esta multi secular Nação, Rei significa Povo personificado e Povo significa Rei.

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Comemorar um regime, em detrimento da fundação da nacionalidade

Viva o 5 de Outubro de 1143! 874 anos. TRATADO DE ZAMORA - DIA DA INDEPENDÊNCIA DE PORTUGAL!

Num País que fosse conduzido de forma decente, este seria o feriado nacional.
Lastimável que, independentemente do regime vigente, o óbvio não seja praticável, um dia que nos representa a todos, um dia verdadeiramente de união e festejo.
As pessoas que se deslocam às "celebrações" à Praça do Município são a maior evidencia e prova daquilo que aqui afirmo. Há mais políticos que cidadãos nas ruas. No 1.º dia (5/10/1910) foi a mesma coisa.

Imagem (obtida via) - Luís Filipe Afonso.



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quarta-feira, 4 de outubro de 2017

O Rei falou

«Firme, disposto a defender o Estado, a lei, as instituições e a sociedade, S.M. não vai deixar que uma minoria embriagada de ideologia ponha em risco a unidade e liberdade de Espanha. Os espanhóis têm Rei. Que falta nos faz uma monarquia.

"Juro desempeñar fielmente mis funciones, guardar y hacer guardar la Constitución y las leyes y respetar los derechos de los ciudadanos y de las comunidades autónomas".

S.M. cumpre, pois, integralmente o juramento que fez no acto da investidura.»

Miguel Castelo Branco.


Ainda cabe ao Rei, em pleno século XXI, o papel institucional mais decisivo nas grandes questões, nas mais delicadas.
Ainda hoje 'O Discurso do Rei' é ouvido com atenção por todos.

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terça-feira, 3 de outubro de 2017

História comparada

Assistindo ao que se passa na Catalunha, mais me convenço que Afonso Henriques foi um político de génio.

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domingo, 1 de outubro de 2017

In Memoriam | Dr. João Almiro

Nenhum de nós conheceu presente e presencialmente Cristo. Mas alguns de nós conheceram este farmacêutico e fomos seus contemporâneos. O segundo lembra o Primeiro.

Deixo-vos o exemplo do Dr. João Almiro de Melo Meneses e Castro, João Almiro como gostava de ser tratado, que, vindo de uma família de médicos, seguiu farmácia na Universidade de Coimbra e criou um laboratório - Labesfal. Todavia, entendeu que havia algo mais importante do que sua afirmação pessoal, sendo necessário fazer algo maior. E fez! Tendo ganho muito dinheiro, investiu-o todo e diz que hoje é rico, que a riqueza dele são as pessoas que ajudou e que o circundam.

Esta semana, quase no anonimato, desapareceu do nosso convívio João Almiro, um dos melhores (senão o melhor) portugueses dos nossos tempos. Meses atrás, por fonte da revista Saúda, falei dele aqui, foi um caso que me tocou e foi com consternação que soube do seu falecimento. Fica o seu importante e enormíssimo exemplo.


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«Se mandarem os Reis embora, hão-de tornar a chamá-Los» (Alexandre Herculano)

«(…) abandonar o azul e branco, Portugal abandonara a sua história e que os povos que abandonam a sua história decaem e morrem (…)» (O Herói, Henrique Mitchell de Paiva Couceiro)

Entre homens de inteligência, não há nada mais nobre e digno do que um jurar lealdade a outro, enquanto seu representante, se aquele for merecedor disso. (Pedro Paiva Araújo)

Este povo antes de eleger um chefe de Estado, foi eleito como povo por um Rei! (Pedro Paiva Araújo)

«A República foi feita em Lisboa e o resto do País soube pelo telégrafo. O povo não teve nada a ver com isso» (testemunho de Alfredo Marceneiro prestado por João Ferreira Rosa)

«What an intelligent and dynamic young King. I just can not understand the portuguese, they have committed a very serious mistake which may cost them dearly, for years to come.» (Sir Winston Leonard Spencer-Churchill sobre D. Manuel II no seu exílio)

«Everything popular is wrong» (Oscar Wilde)

«Pergunta: Queres ser rei?

Resposta: Eu?! Jamais! Não sou tão pequeno quanto isso! Eu quero ser maior, quero por o Rei!» (NCP)

Um presidente da república disse «(...)"ser o provedor do povo". O povo. Aquela coisa distante. A vantagem de ser monárquico é nestas coisas. Um rei não diz ser o provedor do povo. Nem diz ser do povo. Diz que é o povo.» (Rodrigo Moita de Deus)

«Chegou a hora de acordar consciências e reunir vontades, combatendo a mentira, o desânimo, a resignação e o desinteresse» (S.A.R. Dom Duarte de Bragança)

«Depois de Vós, Nós» (El-Rei D. Manuel II de Portugal, 1909)

«Go on, palavras D'El-Rey!» (El-Rei D. Manuel II de Portugal)