Este é um microcosmo apartidário embora ideológico, pois «nenhuma escrita é ideologicamente neutra*»

*Roland Bartes

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sexta-feira, 20 de novembro de 2020

2020 NÃO É 1996

O Presidente do Governo Regional indigitado disse, e muito bem, querer uma transição tranquila e colaborante.

Ora, 2020 não é 1996. Com a presente realidade pandémica a crescer, uma economia açoriana para assegurar/recuperar, na qual, por exemplo, a política de emprego, sempre muito específica e técnica, é fulcral e, ainda, os dossiers da Saúde e da SATA, bem como sem descurar que o ritmo de trabalho hoje na Administração Pública Regional (AP Regional) é muito mais elevado, mas também mais técnico, tecnológico e complexo que há 24 anos atrás, a tarefa governativa em 2020 é absolutamente diferente e mais exigente que em 1996 quando tudo era tranquilo e simplificado.

Ou seja, a posição assumida por José Manuel Bolieiro de uma transição tranquila e colaborante não só é de bom senso, como é objetiva e, sobretudo, a única hipótese desta Coligação sobreviver.

A grande realidade é que esta Coligação não tem sequer tempo para arrancar, não tem estado de graça como teve o Partido Socialista em 1996, porquanto um arranque tardio pode significar um enorme prejuízo político para ela e, consequentemente, para os açorianos.

Esta Coligação, para sobreviver, não pode generalizadamente politizar a sua gestão, mas também não deve procurar manter socialistas só por manter. Deve, acima de tudo, e muito importante, procurar quadros especializados, com vasta experiência, conhecedores dos meandros e das múltiplas leis que organizam a AP Regional e até revelem traquejo nas responsabilidades dos compromissos financeiros e, principalmente, que nunca se tenham vincado ou vergado à ideologia socialista, homens ou mulheres de confiança que podem conduzir a Coligação para bom porto. Eles estão aí, são conhecidos, conhecem-se, basta se articularem para que possam assessorar, dar suporte aos gabinetes, inclusive ao Presidente em matérias de específicas governativas, etc, só assim os novos membros governativos, mesmo que politizados, podem sobreviver nesta XIII legislatura.

Se não for por esta via, conforme referido no parágrafo precedente, os novos nomes que quase ou nenhuma experiência tiverem, sejam secretários ou especialmente diretores regionais, serão como carneiros enviados para o matadouro, face a uma Administração que sai de mais de duas décadas de governação socialista. Isto é, estarão numa situação frágil, muito frágil, e durarão pouco, perante uma oposição muito forte, preparada e que conhece profundamente os dossiers e, assim, colocando Vasco Cordeiro à espreita, já com o “reset” concluído para fazer 3 novos mandatos, para regressar rápido ao poder dado ser um experiente e incisivo parlamentar.

Para finalizar, importa focar as palavras do candidato da Iniciativa Liberal que foi o único que entendeu, politicamente, o problema e tocou na ferida, a 2/11/2020:
“(…) há na Administração Pública Regional gente muito válida, gente que tem lugares de chefia que não é do Partido Socialista e com essa gente não se pode mexer para por lá outros que não sejam competentes e que tenham um cartão partidário de cor diferente (…)”*.

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quarta-feira, 11 de novembro de 2020

Direita, Hip, hip, Úria!

Hoje fiquei, altamente, surpreendido ao saber que o Samuel Úria é de Direita.

Pensei que nesta república proto PREC isso não fosse já possível.

Contudo, sempre há em Portugal, como na Inglaterra existem aos pontapés, artistas de ideias anti comunistas, sendo estes hoje a verdadeira rebeldia e irreverência fora do rebanho esquerdista, já chato, bolorento e comercialmente infindável.

Bravo Úria.



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«Se mandarem os Reis embora, hão-de tornar a chamá-Los» (Alexandre Herculano)

«(…) abandonar o azul e branco, Portugal abandonara a sua história e que os povos que abandonam a sua história decaem e morrem (…)» (O Herói, Henrique Mitchell de Paiva Couceiro)

Entre homens de inteligência, não há nada mais nobre e digno do que um jurar lealdade a outro, enquanto seu representante, se aquele for merecedor disso. (Pedro Paiva Araújo)

Este povo antes de eleger um chefe de Estado, foi eleito como povo por um Rei! (Pedro Paiva Araújo)

«A República foi feita em Lisboa e o resto do País soube pelo telégrafo. O povo não teve nada a ver com isso» (testemunho de Alfredo Marceneiro prestado por João Ferreira Rosa)

«What an intelligent and dynamic young King. I just can not understand the portuguese, they have committed a very serious mistake which may cost them dearly, for years to come.» (Sir Winston Leonard Spencer-Churchill sobre D. Manuel II no seu exílio)

«Everything popular is wrong» (Oscar Wilde)

«Pergunta: Queres ser rei?

Resposta: Eu?! Jamais! Não sou tão pequeno quanto isso! Eu quero ser maior, quero por o Rei!» (NCP)

Um presidente da república disse «(...)"ser o provedor do povo". O povo. Aquela coisa distante. A vantagem de ser monárquico é nestas coisas. Um rei não diz ser o provedor do povo. Nem diz ser do povo. Diz que é o povo.» (Rodrigo Moita de Deus)

«Chegou a hora de acordar consciências e reunir vontades, combatendo a mentira, o desânimo, a resignação e o desinteresse» (S.A.R. Dom Duarte de Bragança)

«Depois de Vós, Nós» (El-Rei D. Manuel II de Portugal, 1909)

«Go on, palavras D'El-Rey!» (El-Rei D. Manuel II de Portugal)