Este é um microcosmo apartidário embora ideológico, pois «nenhuma escrita é ideologicamente neutra*»

*Roland Bartes

Intros: 1 2

sábado, 7 de outubro de 2017

Ainda o Discurso do Rei

Tenho lido por aí algumas críticas à comunicação (vulgo discurso) do Rei Filipe VI, relativamente às circunstâncias que se passam na Catalunha. Foi duro, insensível…dizem.

Contudo, esses que afirmam tais coisas, esquecem-se de aspetos fundamentais:

1.º) O Rei é o garante da União de Espanha e dos espanhóis, e foi o que fez.

2.º) O Rei é o garante da Constituição e da Legalidade, e foi o que fez.

3.º) O Rei não podia dar azo a um referendo ilegítimo e ilegal, com urnas de quiosque.

4.º) O Rei não está contra a Catalunha, como alguns energúmenos afirmaram, antes está pela Catalunha, pois as consequências, em especial as económicas, para todos os catalães, sublinho todos, podem ser devastadoras.

5.º) O Rei defende a União dos espanhóis, mas em especial, atendendo ao caso concreto, dos catalães, porquanto é preciso não esquecer as percentagens envolvidas naquele pseudo golpe de Estado disfarçado de democracia, bem como não esquecer, SOBRETUDO, aqueles catalães, em número muitíssimo expressivo, que não querem a independência.

Em suma, como referia, e muito bem, SAR o senhor Duque de Bragança no dia 5 p.p., que Filipe VI procedeu corretamente, o Governo, na questão da violência, nem tanto.

A solução para este delicado assunto parece-me ser a dada pelo senhor Dom Duarte naquele predito dia, em fórmula semelhante àquela que também defende para os Açores e Madeira, um estatuto de País inserido num Reino Unido.


Share |

Sem comentários:

Enviar um comentário

«Se mandarem os Reis embora, hão-de tornar a chamá-Los» (Alexandre Herculano)

«(…) abandonar o azul e branco, Portugal abandonara a sua história e que os povos que abandonam a sua história decaem e morrem (…)» (O Herói, Henrique Mitchell de Paiva Couceiro)

Entre homens de inteligência, não há nada mais nobre e digno do que um jurar lealdade a outro, enquanto seu representante, se aquele for merecedor disso. (Pedro Paiva Araújo)

Este povo antes de eleger um chefe de Estado, foi eleito como povo por um Rei! (Pedro Paiva Araújo)

«A República foi feita em Lisboa e o resto do País soube pelo telégrafo. O povo não teve nada a ver com isso» (testemunho de Alfredo Marceneiro prestado por João Ferreira Rosa)

«What an intelligent and dynamic young King. I just can not understand the portuguese, they have committed a very serious mistake which may cost them dearly, for years to come.» (Sir Winston Leonard Spencer-Churchill sobre D. Manuel II no seu exílio)

«Everything popular is wrong» (Oscar Wilde)

«Pergunta: Queres ser rei?

Resposta: Eu?! Jamais! Não sou tão pequeno quanto isso! Eu quero ser maior, quero por o Rei!» (NCP)

Um presidente da república disse «(...)"ser o provedor do povo". O povo. Aquela coisa distante. A vantagem de ser monárquico é nestas coisas. Um rei não diz ser o provedor do povo. Nem diz ser do povo. Diz que é o povo.» (Rodrigo Moita de Deus)

«Chegou a hora de acordar consciências e reunir vontades, combatendo a mentira, o desânimo, a resignação e o desinteresse» (S.A.R. Dom Duarte de Bragança)

«Depois de Vós, Nós» (El-Rei D. Manuel II de Portugal, 1909)

«Go on, palavras D'El-Rey!» (El-Rei D. Manuel II de Portugal)