in Expresso, 14 de Novembro de 2009, Primeiro Caderno, página 07.
Aproveitando este âmbito, incluiríamos o que afirmou Medina Carreira, uns dias atrás, em entrevista à Revista Única, em que apresentava a seguinte solução: «O que saiu das eleições de 27 de Setembro não permite fazer um Governo capaz. A situação financeira é muito complexa, o desemprego é enorme e o endividamento é extremo. Perante este cenário, qualquer pessoa com juízo não está para ser ministro. É de presumir que se escolha gente que ainda não viu em que situação o país está. Por delegação feita pelo PS e pelo PSD, o Presidente deveria ter autonomia para procurar qualidade e seriedade. Isso poderia elevar o nível de exigência e de aceitação. Daria um suporte institucional e de independência que poderia atrair gente boa e séria.» (Sombreado nosso)
Ora, posto tudo isto, é medianamente inteligível que Portugal não está (efectivamente) de boa saúde. Em essência, quatro aspectos precisam-se: idoneidade, transparência, rigor e justiça…para, subsequentemente, atingirmos o objectivo do desenvolvimento sócio-económico. Ou seja, no estado em que a saúde do regime se encontra (e que vem a decair progressivamente desde 1910), revela-se cada vez mais oportuno referendá-lo. Há que ponderar novos modelos. Seguir os países europeus que, efectivamente, são os mais avançados no Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), e estes, meus amigos, são os que têm Monarquia. Temos de reaprender com eles. Noruega o 1.º em desenvolvimento humano. Nos 10 primeiros, 6 são monarquias. Coincidências? Julgamos que não… Há que regressar ao básico para que possamos ser correctamente catapultados para o complexo. Há um caminho a refazer. A república entrou em Portugal mal e abruptamente. Neste contexto, resta-nos frisar aquilo que há muito debatemos neste sítio. Para um País que se quer desenvolvido, alterar o regime, passa por ter um Rei (ou Rainha) que idoneamente possa por cobro à representatividade das nossas principais (mas decadentes) instituições. Só um soberano imbuído num espírito de profunda democracia e independência (como foram os nossos soberanos constitucionais), pode dar a Portugal aquilo de que ele carece. Em sistema republicano, está mais que demonstrado que a res publica não funciona na sua plenitude, como, antes de 1910, funcionava. Os contornos são mais salientes, especialmente em Portugal, uma vez que este País foi criado, moldado e continuado (durante oito séculos) para ser uma Monarquia. A república não encaixa no molde e está a gerar pressão na estrutura da máquina regimental. Daí que, no tempo dos Reis D. Carlos e D. Manuel II, era inegável a existência de pobreza e analfabetismo, pontos que nem mesmo a rígida escola teórica do salazarismo conseguiu erradicar, contudo, havia mais democracia* e melhor economia, pois Portugal era, neste último índice, um país médio da Europa e hoje está na sua cauda. Por fim, e em conclusão, estamos em absoluta concordância em dois aspectos com Miguel Sousa Tavares: 1.º) A Polícia Judiciária é a entidade de Justiça que nos merece estruturalmente respeito e bem-haja o seu investigador de Aveiro; 2.º) Cheira a fim de regime e ainda bem que já se começa a sentir o “odor”, pois Portugal precisa de MUDAR.
Viva o Rei ! Viva uma moderna e nova Monarquia para Portugal !
* Veja-se durante 64 anos (1910-1974) quem/quantos votava(m) e quem/quantos votava(m) antes de 05/10/1910?! Estes são os factos.
O Regime parece aproximar-se, de facto, de um fim inexorável. Há muito que defendo esta tese entre amigos próximos, com quem falo de política.
ResponderEliminarAliás, parece-me um cenário comparável ao verificado nos últimos anos de Monarquia: dois partidos de Governo (Regeneradores e Progressistas em 1910/Social-Democratas e Socialistas agora) que parecem de todo afastados dos reais problemas do País.
Há quase 100 anos foi o Chefe de Estado - O Rei D. Carlos - que tomou, com enorme coragem e sentido de Estado, a responsabilidade de terminar com um «rotativismo» incapaz de fazer progredir Portugal.
Todos sabemos como a História terminou em 1 de Fevereiro de 1908: o Rei tombou perante as balas assassinas de dois cobardes sem nome, retirados pela carbonária, da pior escória da capital. Perdeu mas lutou. Agora esse perigo não parece existir; visto termos um Chefe de Estado que se comporta como uma avestruz, que todos os dias mete a cabeça na areia para não ver o que se passa em Portugal. Já perdeu e nem sequer mexeu uma palha...!
100%. Viva El-Rey !!! E Viva a S.A.R. a Senhora D. Isabel de Bragança, futura Rainha constitucional de Portugal, que hoje festeja o dia do seu aniversário.
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