Este é um microcosmo apartidário embora ideológico, pois «nenhuma escrita é ideologicamente neutra*»

*Roland Bartes

Intros: 1 2

quinta-feira, 29 de março de 2012

Em Belém vivem pavões…

O presidente ainda mal iniciou o 2.º mandato e já se fala, à desgarrada, de quem serão os próximos candidatos a substituí-lo. Inconsistência sistémica…é o que é!
Questionamo-nos: Que motivo levaria o cidadão comum (como eu) a querer chegar ao topo da hierarquia, à Presidência? Trabalhar para outros/Serviço público?! Isso, qualquer um pode fazer sem ambicionar chegar a esse posto, existem muitas formas de trabalhar para os outros. Mandar?! Essa é uma função estrita do Governo. O que será então…? Nunca se questionaram sobre isso…? Sei que nos jardins de Belém vivem pavões… 


O cidadão incomum, pois ele é objectivamente assim, o Rei, é o moderador universal, aquele que nasce para se sujeitar a um regime preparativo para, assim, durante toda a vida, representar os seus concidadãos. Não há mais incomum e maior fardo! Ele é o símbolo vivo do País. Não nasce para ser qualquer coisa…é eleito pela História para representar o seu País. Ele é a própria coisa pública…a res pública personificada.

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«Se mandarem os Reis embora, hão-de tornar a chamá-Los» (Alexandre Herculano)

«(…) abandonar o azul e branco, Portugal abandonara a sua história e que os povos que abandonam a sua história decaem e morrem (…)» (O Herói, Henrique Mitchell de Paiva Couceiro)

Entre homens de inteligência, não há nada mais nobre e digno do que um jurar lealdade a outro, enquanto seu representante, se aquele for merecedor disso. (Pedro Paiva Araújo)

Este povo antes de eleger um chefe de Estado, foi eleito como povo por um Rei! (Pedro Paiva Araújo)

«A República foi feita em Lisboa e o resto do País soube pelo telégrafo. O povo não teve nada a ver com isso» (testemunho de Alfredo Marceneiro prestado por João Ferreira Rosa)

«What an intelligent and dynamic young King. I just can not understand the portuguese, they have committed a very serious mistake which may cost them dearly, for years to come.» (Sir Winston Leonard Spencer-Churchill sobre D. Manuel II no seu exílio)

«Everything popular is wrong» (Oscar Wilde)

«Pergunta: Queres ser rei?

Resposta: Eu?! Jamais! Não sou tão pequeno quanto isso! Eu quero ser maior, quero por o Rei!» (NCP)

Um presidente da república disse «(...)"ser o provedor do povo". O povo. Aquela coisa distante. A vantagem de ser monárquico é nestas coisas. Um rei não diz ser o provedor do povo. Nem diz ser do povo. Diz que é o povo.» (Rodrigo Moita de Deus)

«Chegou a hora de acordar consciências e reunir vontades, combatendo a mentira, o desânimo, a resignação e o desinteresse» (S.A.R. Dom Duarte de Bragança)

«Depois de Vós, Nós» (El-Rei D. Manuel II de Portugal, 1909)

«Go on, palavras D'El-Rey!» (El-Rei D. Manuel II de Portugal)