Este é um microcosmo apartidário embora ideológico, pois «nenhuma escrita é ideologicamente neutra*»

*Roland Bartes

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domingo, 18 de março de 2012

A insana utopia da república

Aquilo que a república apregoava fazer, falhou. Continua a falhar. Pior, estamos muito mais fracos hoje do que estávamos em 1910.
Temos hoje uma Cultura fraca e o progressismo, bom o progressismo, não existe. Limitámo-nos a copiar os outros…e mal.

Presentemente é factual a nossa necessidade de mudança. À luz dos índices do presente e da realidade republicana de 101 anos, esta insanidade regimental masoquista já traduz uma maior utopia em manter a república do que regressarmos a Monarquia. Esta realidade já assume contornos responsabilizadores até dos próprios cidadãos que deviam estar mais atentos aos novos ventos vindos da Europa e até do mundo árabe…

Quando digo que Portugal não foi edificado para funcionar neste actual modelo (e por isso nunca funcionará) não se trata de mera retórica. Durante 767 anos Portugal assentou sobre a égide de um árbitro. A partir de 5-10-1910 substituímo-lo por um jogador. Esse jogador nunca terá a necessária preparação de árbitro. Um jogador como os demais…

Já em época de “jogadores”, são os indicadores que nos vêm dizer que nunca tivemos tanta corrupção como hoje. Ela estende-se desde da sociedade civil, a passar pela política, pelos agentes do Estado indo até ao tecido empresarial. Mas afinal qual é o problema? O problema desse aumento desmesurado que nos leva ao fundo e à improdutividade, relaciona-se com o facto das nossas instituições já não terem uma referência séria e sólida, estruturada na neutralidade do topo. Exemplificando com a ficção: Os do 1.º grau dizem que podem acumular funções com as que exercem a título principal para o povo, pois os acima têm empresas. Os do 2.º grau estão a marimbar-se para tudo, pois os que ocupam o topo da hierarquia já foram um deles e por isso ou: vendem coisas antes dos outros por dica estreita; colocam filhos em multinacionais ou em lugares públicos; compram e vendem diamantes no estrangeiro.
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«Se mandarem os Reis embora, hão-de tornar a chamá-Los» (Alexandre Herculano)

«(…) abandonar o azul e branco, Portugal abandonara a sua história e que os povos que abandonam a sua história decaem e morrem (…)» (O Herói, Henrique Mitchell de Paiva Couceiro)

Entre homens de inteligência, não há nada mais nobre e digno do que um jurar lealdade a outro, enquanto seu representante, se aquele for merecedor disso. (Pedro Paiva Araújo)

Este povo antes de eleger um chefe de Estado, foi eleito como povo por um Rei! (Pedro Paiva Araújo)

«A República foi feita em Lisboa e o resto do País soube pelo telégrafo. O povo não teve nada a ver com isso» (testemunho de Alfredo Marceneiro prestado por João Ferreira Rosa)

«What an intelligent and dynamic young King. I just can not understand the portuguese, they have committed a very serious mistake which may cost them dearly, for years to come.» (Sir Winston Leonard Spencer-Churchill sobre D. Manuel II no seu exílio)

«Everything popular is wrong» (Oscar Wilde)

«Pergunta: Queres ser rei?

Resposta: Eu?! Jamais! Não sou tão pequeno quanto isso! Eu quero ser maior, quero por o Rei!» (NCP)

Um presidente da república disse «(...)"ser o provedor do povo". O povo. Aquela coisa distante. A vantagem de ser monárquico é nestas coisas. Um rei não diz ser o provedor do povo. Nem diz ser do povo. Diz que é o povo.» (Rodrigo Moita de Deus)

«Chegou a hora de acordar consciências e reunir vontades, combatendo a mentira, o desânimo, a resignação e o desinteresse» (S.A.R. Dom Duarte de Bragança)

«Depois de Vós, Nós» (El-Rei D. Manuel II de Portugal, 1909)

«Go on, palavras D'El-Rey!» (El-Rei D. Manuel II de Portugal)