Este é um microcosmo apartidário embora ideológico, pois «nenhuma escrita é ideologicamente neutra*»

*Roland Bartes

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domingo, 22 de janeiro de 2012

O dia da viragem…

É sintomático, se calhar mais do que isso: O princípio do fim… Não tenho memória de um representante de Estado ser vaiado. Pior: num segundo mandato. É indiscutivelmente o toque no fundo: a mais preocupante e grave das ausências de referências nacionais. Estamos mal mesmo, é a confirmação. Mas atente-se, o PR não foi vaiado num local qualquer…estava muito menos próximo do Terreiro do Paço que, em tempos, ditou a morte de Reis e do nosso regime estrutural para o povo durante 767 anos: a Monarquia.

Ele foi vaiado na cidade berço, a cidade onde nasceu Portugal. Uma cidade onde Portugal é um assunto importante, onde a cultura, a nossa cultura, é mais do que tudo. Precisamente onde esse é o reflexo e o reconhecimento, daí ser em 2012 a cidade da Cultura na Europa (que aliás não duvido que seja um sucesso pois os vimaranenses sempre deram espaço continuo a iniciativas destas ao longo da História [e não me refiro apenas ao Guimarães Jazz]), foi o local lógico para fazer um ponto de ordem em relação a quem nos representa: a ré pública. Portugal não é um grupo restrito! Na terra do nosso primeiro Rei e de Reis, no Ducado de Bragança, era preciso o povo dizer basta! E disse-o!

Portugal não é só o Terreiro do Paço. Portugal somos nós, o povo e todas as suas regiões! Portugal são 8 séculos! Portugal é um País de futuro como as nossas ex-congéneres Suécia, Dinamarca, Noruega, Bélgica, Inglaterra, Espanha, Canadá, Austrália, Japão, etc, que foi arremessado para um atraso em que tudo estamos a perder por esta ré pública ilegítima, que se fundou em sangue de outros contra uma Democracia. Sem referendo: ilegítima…ainda hoje! Aos portugueses que gostam de Portugal é preciso saber isto de uma vez por todas…sob pena de perdemos o nosso estimado País.

Nestas fotos anexas e contrastantes com o faustoso aparato de ontem no Largo do Toural, vê-se a recepção do povo, ao qual faço parte com muito orgulho, o povo genuíno, a quem reconhece não ser actor e que, acima de tudo, gosta de nós: o senhor Duque de Bragança o herdeiro (e não pretendente a coisíssima nenhuma) ao Trono de Portugal, descendente dos nossos Reis. Um homem que pensa por si, um bom homem, um homem genuíno e discreto. Um de nós! Um homem que se calhar nem quer ser Rei (como aconteceu com D. João IV), mas que todos os dias, incessantemente, muitos o chamam. Um homem que nada tem a ganhar, mas que todos os dias, tirando tempo do seu tempo, estende-se, sem apoios de Estado, para estar com os portugueses comuns, em todas as regiões e em todas as respectivas dimensões culturais que eles defendem e representam. Um homem que tem o seu jovem filho, com o inerente sofrimento de pai, a preparar-se, em tenra idade e longe do seu lar, por nós: o nosso Príncipe da Beira, o da Boa Nova.

Nós não conseguiremos dar a reviravolta aos problemas estruturais que assolam Portugal, neste actual figurino. Disso não haja a menor dúvida. Para sairmos deles e reestruturarmos Portugal temos de ter um regime neutral e apartidário, como só a Monarquia Constitucional nos consegue proporcionar, de modo a encetarmos as verdadeiras reformas estruturais que finalmente colocarão Portugal num eixo de progresso contínuo, de exemplo como já foi e não meramente numa lógica de tapa buracos. O pouco de bom que tivemos nos últimos 101 anos foi isso: ficamos felizes com buracos tapados. Quero mais, devemos querer mais! Não vivemos 150 para perceber o que fomos. Dê-se, ao menos, o benefício da dúvida...isso para os ainda cépticos. É preciso acreditar em nós mesmos, em Portugal!

Por tudo isto brado sem complexos: Viva Portugal, Viva a nossa Cultura, Viva Guimarães, Viva os Duques de Bragança e Viva uma moderna e progressista Monarquia Constitucional!

Post Scriptum: Gostaria de deixar um reconhecimento fraterno e especial a essa grande mulher: a Sra. Merceeira de Guimarães. Um exemplo para mim. Como sempre convicto, serão as mulheres que irão ser capitais para a reposição da Monarquia Constitucional em Portugal. À semelhança de mulheres como foram a: Padeira de Aljubarrota, D. Luísa de Gusmão, Maria da Fonte, D. Maria I, D. Maria II, D. Amélia, etc, etc… Viva às mulheres portuguesas!


Fotos: Gentilmente obtidas por via do Sr. Dr. David Garcia e no Netcafé Monarquia Moderna. 
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«Se mandarem os Reis embora, hão-de tornar a chamá-Los» (Alexandre Herculano)

«(…) abandonar o azul e branco, Portugal abandonara a sua história e que os povos que abandonam a sua história decaem e morrem (…)» (O Herói, Henrique Mitchell de Paiva Couceiro)

Entre homens de inteligência, não há nada mais nobre e digno do que um jurar lealdade a outro, enquanto seu representante, se aquele for merecedor disso. (Pedro Paiva Araújo)

Este povo antes de eleger um chefe de Estado, foi eleito como povo por um Rei! (Pedro Paiva Araújo)

«A República foi feita em Lisboa e o resto do País soube pelo telégrafo. O povo não teve nada a ver com isso» (testemunho de Alfredo Marceneiro prestado por João Ferreira Rosa)

«What an intelligent and dynamic young King. I just can not understand the portuguese, they have committed a very serious mistake which may cost them dearly, for years to come.» (Sir Winston Leonard Spencer-Churchill sobre D. Manuel II no seu exílio)

«Everything popular is wrong» (Oscar Wilde)

«Pergunta: Queres ser rei?

Resposta: Eu?! Jamais! Não sou tão pequeno quanto isso! Eu quero ser maior, quero por o Rei!» (NCP)

Um presidente da república disse «(...)"ser o provedor do povo". O povo. Aquela coisa distante. A vantagem de ser monárquico é nestas coisas. Um rei não diz ser o provedor do povo. Nem diz ser do povo. Diz que é o povo.» (Rodrigo Moita de Deus)

«Chegou a hora de acordar consciências e reunir vontades, combatendo a mentira, o desânimo, a resignação e o desinteresse» (S.A.R. Dom Duarte de Bragança)

«Depois de Vós, Nós» (El-Rei D. Manuel II de Portugal, 1909)

«Go on, palavras D'El-Rey!» (El-Rei D. Manuel II de Portugal)