Este é um microcosmo apartidário embora ideológico, pois «nenhuma escrita é ideologicamente neutra*»

*Roland Bartes

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sexta-feira, 27 de abril de 2012

Quem assassinou Sissi?

Vinha assim na página 25 do Público de 20-4-2012:

«Breivik admite que ataque à ilha de Utoya foi “plano B”

Terrorista planeava detonar três bombas em Oslo e decapitar antiga primeira-ministra Gro Harlem Brundtland

O extremista Anders Behring Breivik pretendia fazer explodir três bombas para destruir as sedes do Governo da Noruega, do Partido Trabalhista, que compõe a maioria parlamentar, e ainda o Palácio Real em Oslo. Mas, ao constatar a dificuldade em fabricar os engenhos para provocar o grau de destruição que planeara, decidiu avançar com um “plano B”: um ataque a tiro, para o qual se treinou intensivamente praticando jogos de guerra.
(…)»
Anders Behring Breivik maçónico, extremista e republicano, tentava atacar a Casa Real…curiosamente a Monarquia que representa o País mais desenvolvido do planeta. Além disso, queria “decapitar antiga primeira-ministra Gro Harlem Brundtland”.

Há 101 anos também foi assim em Portugal. Hoje, sem consulta democrática, vai prevalecendo a “legitimidade” da força, a "legitimidade" das armas. Foi assim em 5-10-1910, foi assim em 28-5-1926 e foi assim em 25-4-1974. Ficamos a aguardar a próxima?

Conforme referia há uns tempos é factualmente inegável, implantadas as democracias constitucionais ocidentais, a proliferação do radicalismo republicano…ainda hoje. De focar que as rotineiras revoluções republicanas que pensávamos só terem existido num ou noutro país da Europa no séc. XIX ou XX, nos países da América latina, África ou Árabes, afinal, continuam a manifestar-se nas mais evoluídas civilizações, caso da Norueguesa com Breivik. Afinal, quem assassinou Sissi? Afinal, quem assassinou D. Carlos I? Afinal, quem assassinou o Príncipe Real D. Luís Filipe? Afinal, quem  assassinou o arquiduque Francisco Fernando, herdeiro do Império Austro-Húngaro? Afinal, quem assassinou os Romanov? Afinal, quem assassinou Mahatma Gandhi? Afinal, quem assassinou Kennedy? Resposta: Os filhos das repúblicas.

Napoleão, Hitler, Lenine, Estaline, Kadafi, Saddam, Bashar al-Assad, etc, etc, etc, tinham/têm um claro aspecto em comum: republicanos. Dito de outra forma, defendiam a republica…só assim chegaram ao ponto a que chegaram.

Eu não quero mais viver numa república, mas sobretudo quero que a república me dê o direito de poder escolher abertamente o regime que julgo ser melhor para os meus filhos. Quero que eles (bem como os filhos dos outros) tenham a alegria que nunca senti neste domínio formal.
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