Este é um microcosmo apartidário embora ideológico, pois «nenhuma escrita é ideologicamente neutra*»

*Roland Bartes

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terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

100 anos de república: comemorações. Mas...comemorar o quê ?!

Mas para que servem todas estas iniciativas das comemorações dos 100 anos da república, em especial, ou particularizando, as exposições de fotografia ? Que fazemos nessas exposições? Ver os portugueses que foram levados para as trincheiras para morrer, apenas para que a embrionária república de Afonso Costa se pudesse mostrar e pavonear perante o Mundo? Ver fotos de um Portugal novamente empobrecido, contrariando o trabalho de recuperação encetado por D. Carlos a partir de 1891, e que, com a ida para a guerra, aproveitou para matar (literalmente) as "angústias" de muitos concidadãos nossos? Coitados dos “joguetes” às mãos daqueles revolucionários assassinos…

Festejamos 100 anos de quê ? 16 anos de I república fratricida, de caos e labregos nas proximidades do poder? 48 de Ditadura, falta de liberdade, atraso, etc ? Ou serão 36 anos de Casas Pias, Freeports, Faces Ocultas, de uma péssima Justiça, de uma péssima economia, etc...?

À parte do bom Portugal constitucional que tivemos antes de 1910, particularmente sinónimo de progresso em direitos humanos (reinados de D. Maria II, de D. Luís I, etc), à parte do prestígio de um D. Carlos, à parte dos países mais desenvolvidos do mundo em Índice de Desenvolvimento Humano serem monarquias, digam o que temos a festejar (de 100 anos à escolha), para que possamos ir à exposições que são recomendadas...?!


Nota - O presente post foi adaptado, mediante autorização prévia, de um texto/comentário elaborado por um amigo aqui do Incúria. 
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«Se mandarem os Reis embora, hão-de tornar a chamá-Los» (Alexandre Herculano)

«(…) abandonar o azul e branco, Portugal abandonara a sua história e que os povos que abandonam a sua história decaem e morrem (…)» (O Herói, Henrique Mitchell de Paiva Couceiro)

Entre homens de inteligência, não há nada mais nobre e digno do que um jurar lealdade a outro, enquanto seu representante, se aquele for merecedor disso. (Pedro Paiva Araújo)

Este povo antes de eleger um chefe de Estado, foi eleito como povo por um Rei! (Pedro Paiva Araújo)

«A República foi feita em Lisboa e o resto do País soube pelo telégrafo. O povo não teve nada a ver com isso» (testemunho de Alfredo Marceneiro prestado por João Ferreira Rosa)

«What an intelligent and dynamic young King. I just can not understand the portuguese, they have committed a very serious mistake which may cost them dearly, for years to come.» (Sir Winston Leonard Spencer-Churchill sobre D. Manuel II no seu exílio)

«Everything popular is wrong» (Oscar Wilde)

«Pergunta: Queres ser rei?

Resposta: Eu?! Jamais! Não sou tão pequeno quanto isso! Eu quero ser maior, quero por o Rei!» (NCP)

Um presidente da república disse «(...)"ser o provedor do povo". O povo. Aquela coisa distante. A vantagem de ser monárquico é nestas coisas. Um rei não diz ser o provedor do povo. Nem diz ser do povo. Diz que é o povo.» (Rodrigo Moita de Deus)

«Chegou a hora de acordar consciências e reunir vontades, combatendo a mentira, o desânimo, a resignação e o desinteresse» (S.A.R. Dom Duarte de Bragança)

«Depois de Vós, Nós» (El-Rei D. Manuel II de Portugal, 1909)

«Go on, palavras D'El-Rey!» (El-Rei D. Manuel II de Portugal)