Este é um microcosmo apartidário embora ideológico, pois «nenhuma escrita é ideologicamente neutra*»

*Roland Bartes

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quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Para resgatar Portugal da absoluta descrença já só acreditamos no Senhor D. Duarte de Bragança


As notícias trazidas ontem pelo jornal Público, relativas a supostas escutas do Governo sobre a Presidência da República Portuguesa (ou «algo de anormal se passou», nas palavras do conselheiro de Estado António Capucho), por um lado, e, por outro, um suposto uso de assessores da Presidência para elaboração do programa de governo de um partido político, são demasiado graves para acreditar. Por (muito, muito) menos a Monarquia sucumbiu ante revolucionários avessos à vontade do povo. Contudo, em verdadeira democracia, mesmo que conceptualmente exista esta suspeita sobre "espionagem" e penumbra entre a Presidência e um partido, é de si só extremamente grave a mais leve dúvida.

Assim, neste domínio, não deixa de estar em jogo o prestígio e o bom-nome do jornal Público, diário que contribui para opinião, verdade e informação dos portugueses. Compete à sua Administração não lagar esta matéria "em mãos alheias" e demonstrar, afinal, se o afirmado é ou não verdade. Que não se deixem entorpecer por supostos nevoeiros camuflados de "Silly Season". Não bastasse a absoluta desgraça em que Portugal submergiu com as duas primeiras repúblicas, se realmente for comprovado o que veio a público, é muito grave e é a absoluta demonstração como (também) a 3.ª república não funciona, provando, assim, a necessidade de repensar o regime com base na vontade dos portugueses.

Exige-se, pois, que a Presidência da República preste um cabal esclarecimento aos portugueses. Não sendo prestado...é motivo mais que suficiente para questionar toda a «dignidade da democracia» (como disse, e bem, o deputado Manuel Alegre) e, inerentemente, o regime implantando. Alteração ao artigo 288.º alínea b) da CRP. Impor-se-á o referendo. Perca-se o medo de dar a escolher aos portugueses, aquilo que lhes foi tirado à força das armas em 1910. Acabe-se, de uma vez por todas, com a hipótese de sequer dar azo a estas supostas (e graves) irregularidades entre órgãos de Soberania. Porque não: o poder ao Governo e a representação, o prestígio além fronteiras e a actividade moderadora ao Rei ?

É neste contexto, em razão da política que temos hoje e dos seus respectivos agentes, que para resgatar Portugal de todo este descrédito, já só acreditamos no Senhor D. Duarte, actual Duque de Bragança, descendente directo S.M. El-Rey D. Miguel I, por via de seu avô D. Miguel II e, ainda, em especial, por seu distinto pai, de boa memória, D. Duarte Nuno, nunca descurando que sua mãe descendia directamente do ramo liberal dos Bragança.
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«A República foi feita em Lisboa e o resto do País soube pelo telégrafo. O povo não teve nada a ver com isso» (testemunho de Alfredo Marceneiro prestado por João Ferreira Rosa)

«What an intelligent and dynamic young King. I just can not understand the portuguese, they have committed a very serious mistake which may cost them dearly, for years to come.» (Sir Winston Leonard Spencer-Churchill sobre D. Manuel II no seu exílio)

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«Pergunta: Queres ser rei?

Resposta: Eu?! Jamais! Não sou tão pequeno quanto isso! Eu quero ser maior, quero por o Rei!» (NCP)

Um presidente da república disse «(...)"ser o provedor do povo". O povo. Aquela coisa distante. A vantagem de ser monárquico é nestas coisas. Um rei não diz ser o provedor do povo. Nem diz ser do povo. Diz que é o povo.» (Rodrigo Moita de Deus)

«Chegou a hora de acordar consciências e reunir vontades, combatendo a mentira, o desânimo, a resignação e o desinteresse» (S.A.R. Dom Duarte de Bragança)

«Depois de Vós, Nós» (El-Rei D. Manuel II de Portugal, 1909)

«Go on, palavras D'El-Rey!» (El-Rei D. Manuel II de Portugal)