Este é um microcosmo apartidário embora ideológico, pois «nenhuma escrita é ideologicamente neutra*»

*Roland Bartes

Intros: 1 2

sexta-feira, 28 de maio de 2010

«Virtudes e malefícios do Sufrágio Universal»

Sinopse - «Na sessão de 4 de Agosto de 1911, o deputado Faustino da Fonseca expunha uma opinião que começava a conquistar adeptos naquela democrática assembleia:

Tem-se falado em suffragio universal, com o proposito de conceder o voto ao analfabeto.
Não pode ser.
O suffragio universal é reclamado contra o voto censitario; tem por fim dar ao operario, que só possue o braço, o direito eleitoral, limitado, em certos  paises, aos contribuintes e proprietarios.
Ninguem podia prever nos paises cultos que se reclamasse o suffragio universal para os analfabetos, quando tem bastado os ruraes, embora saibam ler, para contrariar, na Suissa e na França, diversas medidas de progresso.
Ora, se não podemos conceder o voto aos trabalhadores que não sabem ler, não podemos conceder o voto plural aos burgueses, que mal sabem ler e que afinal nada lêem.
A grande fatalidade da terra portuguesa é não existir o habito da leitura; os proprios politicos não se regulam pela que lêem, mas pelo que ouvem na tabacaria, no café ou no centro”.»
Por Carlos Bobone
Share |

Sem comentários:

Enviar um comentário

«Se mandarem os Reis embora, hão-de tornar a chamá-Los» (Alexandre Herculano)

«(…) abandonar o azul e branco, Portugal abandonara a sua história e que os povos que abandonam a sua história decaem e morrem (…)» (O Herói, Henrique Mitchell de Paiva Couceiro)

Entre homens de inteligência, não há nada mais nobre e digno do que um jurar lealdade a outro, enquanto seu representante, se aquele for merecedor disso. (Pedro Paiva Araújo)

Este povo antes de eleger um chefe de Estado, foi eleito como povo por um Rei! (Pedro Paiva Araújo)

«A República foi feita em Lisboa e o resto do País soube pelo telégrafo. O povo não teve nada a ver com isso» (testemunho de Alfredo Marceneiro prestado por João Ferreira Rosa)

«What an intelligent and dynamic young King. I just can not understand the portuguese, they have committed a very serious mistake which may cost them dearly, for years to come.» (Sir Winston Leonard Spencer-Churchill sobre D. Manuel II no seu exílio)

«Everything popular is wrong» (Oscar Wilde)

«Pergunta: Queres ser rei?

Resposta: Eu?! Jamais! Não sou tão pequeno quanto isso! Eu quero ser maior, quero por o Rei!» (NCP)

Um presidente da república disse «(...)"ser o provedor do povo". O povo. Aquela coisa distante. A vantagem de ser monárquico é nestas coisas. Um rei não diz ser o provedor do povo. Nem diz ser do povo. Diz que é o povo.» (Rodrigo Moita de Deus)

«Chegou a hora de acordar consciências e reunir vontades, combatendo a mentira, o desânimo, a resignação e o desinteresse» (S.A.R. Dom Duarte de Bragança)

«Depois de Vós, Nós» (El-Rei D. Manuel II de Portugal, 1909)

«Go on, palavras D'El-Rey!» (El-Rei D. Manuel II de Portugal)