Os liberais estão, inequivocamente, de volta a Portugal.

Depois de terem destruído a nossa Monarquia, bem como as Monarquias da Europa, sim, sem descurar das repúblicas disfarçadas hoje de Monarquias, eis que se apresentam, novamente, sem reservas, controlo ou pudor. Até mesmo os pilares do government do Vaticano conseguiram fazer tombar, embora mais tarde (meados do século XX - 1958), mas conseguiram alcançar e atingir o seu principal alvo. Objetivo cumprido.
Apesar de termos atravessado momentos menos bons com o PREC, temos de ser justos e dizer que os únicos que, em Portugal, além de D. Maria I e D. Miguel I, ousaram travar o pior de todos os males, o Liberalismo, iniciático na sua ação avassaladora pela dominadora Europa do século XVIII, e já no século XX, foi o Prof. Salazar e, também, em toda verdade, os comunistas que, dentro do possível, foram adormecendo o monstro, tal como estava entranhado por muitos partidos do espectro político.
Infelizmente estou preocupado com o vírus liberal que está assumidamente de regresso e que, temo, irá crescer às custas do definhamento da esquerda tradicional que ainda íamos tendo. Embora rural, de foices e martelos, popular, mas acima de tudo tradicional. Hoje reconheço, perante a leitura hodierna que faço do cenário político, que essa esquerda tradicional, apesar de não ser boa, não era necessariamente má face ao mal maior do dissimulado Liberalismo, que mais do que matar... corrompe espíritos e consciências.

No presente, talvez um Salazar não estivesse já tão distante de um Cunhal, mas num futuro vamos caminhar para um modelo do tipo norte americano, ou do norte da Europa, que de um lado temos conservadores e do outro perigosos liberais que querem, entre outras coisas, exterminação de fetos aos 9 meses, com o forte e sedutor dinheiro fácil para comprar almas. O PCP foi contra a eutanásia e determinante em outras causas humanistas. Esperemos que os conservadores, sejam eles de direita ou de esquerda, estejam solidamente unidos para o que por aí vem. Muitos liberais vão se reconfigurar ao próximo contexto, deixando os seus anteriores casulos de disfarce, fossem em partidos de esquerda progressista ou nas muitas sociais democracias partidárias que por aí existem, deixando de haver um conceito de esquerda e direita, mas antes mais próximo de conservadores e liberais. Deus queira que o que resta dos pilares tradicionais e conservadores consigam suster o impacto que nos cobre com a sua ameaçadora sombra. Duvido, mas quero ter esperança.

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