Este é um microcosmo apartidário embora ideológico, pois «nenhuma escrita é ideologicamente neutra*»

*Roland Bartes

Intros: 1 2

sábado, 14 de novembro de 2015

Obrigado Dr. António Costa!

Poucos acreditarão que aquilo que irei proferir é desprovido de ironia, mas quero agradecer ao Dr. António Costa pelo que concretizou no Parlamento no passado dia 10 de Novembro. Todos sabem que a minha maior aspiração de regime (e de cariz não partidário) é restituir o Trono de Portugal a quem de direito. Contudo, e como é amplamente sabido, não foi isso que aconteceu naquele dia. Aconteceu, porém, a minha segunda maior aspiração: o fim do centro político em Portugal e a definição clara para o futuro entre a esquerda e a direita. Quis a história que fosse António Costa o responsável por esse ‘upgrade’ democrático, o mesmo que deverá gerar, pela postura assumida perante todos, novas forças de direita que há tanto careciam de existir para que se estabelecesse um verdadeiro equilíbrio democrático em Portugal.

A forma como António Costa criou aquele fosso, levou muitos, na imprensa, na blogosfera e nas redes sociais, a usarem epítetos políticos, relativamente ao líder do Partido Socialista, tais como: “usurpador”, “cínico”, “ambicioso", "arrogante", etc. Não julgo ser correcto ir por esse caminho …é obviamente deselegante. Apesar disso, continuo a entender que Costa e os seus amigos (sem contar com os novos [do BE e PCP]) não podem ter apenas uma ambição de poder pelo poder. Devem antes ter um propósito muito mais sério para executar o plano que executaram (e que se iniciou com o derrube de António José Seguro), pois ninguém coloca em risco o futuro e a própria existência do seu partido em vão. Algo muito poderoso os move. Sei, contudo, que essa motivação não está centrada tão-somente nos (superiores) interesses do povo e do País. Os dias demonstrarão (ou não) aquilo que será e que, por ora, apenas suspeito. Veremos em tempo.

Neste âmbito, o Parlamento fez cair o Governo eleito pelo povo dando azo a um dia histórico na já muito confusa e ainda mais desacreditada democracia portuguesa. Naquele 10 de Novembro algo novo surgiu no espectro politico português. A partir daquele dia nada mais será igual e, provavelmente, tal como antevi em 2004, passaremos a ter duas forças políticas realmente diferentes e cuja dinâmica, fora do “centrão” (curiosamente existente no fim da monarquia constitucional e na III república), será potencialmente mais proveitosa e produtiva para os cidadãos portugueses. Esta nova variável poderá levar ao fim deste regime e abrir caminho para outro. Apenas espero que aquele não venha, uma vez mais, na fórmula mais que gasta de república (a IV), mas antes sim à semelhança dos regimes realmente avançados e que compõem os países mais desenvolvidos do mundo em índices como democracia, desenvolvimento humano, liberdade, alegria e outros (vide Noruega, Suécia, Dinamarca, Holanda, Bélgica, Inglaterra, Canadá, Austrália, Japão, etc), ou seja Monarquia!

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