Este é um microcosmo apartidário embora ideológico, pois «nenhuma escrita é ideologicamente neutra*»

*Roland Bartes

Intros: 1 2

sábado, 3 de julho de 2021

Os comentários são reveladores e comoventes

«(...) amo o pobre, amo o rico, amo a todos no Senhor (...)»

Monsenhor João Maurício de Amaral Ferreira, numa das suas últimas Cartas.

Parabéns ao 'Olhar Povoacense' por este justo e objetivo artigo acerca dos 44 anos sobre o falecimento do meu muito prezado, estimado e querido tio. Ontem completaram-se 44 anos sobre esse fatídico dia, quando já era Reitor do Santuário do Senhor Santo Cristo.

Este homem tinha quatro imperativos caracterizantes, os quais podem ter contribuído para o seu falecimento precoce, contudo, esses, eu sei, eram prioritários no seu conceito de missão, ou seja, sempre incessante em prol dos outros:

1 - Trabalhar, trabalhar, trabalhar...;
2 - Nunca propagandeava o que fazia (os resultados eram a sua meta, apenas);
3 - Nunca incomodava quem quer que fosse;
4 - Respondia que estava sempre bem (mesmo quando não estava, como na manhã do dia em que faleceu, por ataque cardíaco, já sentido sintomas de desconforto, respondeu à irmã que o amava: "não te preocupes comigo, está tudo bem".

Pax Christi ao meu tio João.

Post Scriptum: Como sobrinho fiquei especialmente tocado pelo testemunho do Sr. António Galhardo, na caixa de comentários no respetivo post do 'Olhar Povoacense', que passo a transcrever:

"Nunca já mais poderei esquecer este Homem com letra maiúscula . Além de fazer parte de minha infância , de quando regressei de África junto com meus camaradas, tínhamos prometido a Senhora Mãe de Deus antes de entrarmos em casa tínhamos de entrar na nossa Igreja. Por volta das duas horas da manhã quando a nossa Vila chegámos alguém foi acordar aquele grande homem e não só abriu a Igreja como acendeu todas as luzes como celebrou uma hora Santa !!! Que Deus o tenha a seu lado."

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