Este é um microcosmo apartidário embora ideológico, pois «nenhuma escrita é ideologicamente neutra*»

*Roland Bartes

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sábado, 18 de maio de 2019

O Hodierno Desafio por El-Rei D. Carlos

Independentemente de ser-se monárquico ou republicano, é com tristeza que verificamos a total ausência de uma referência, efectivamente marcante e pública, concretamente, de uma estátua por quem foi tão determinante para a Autonomia Açoriana, 'in casu', de El-Rei D. Carlos que a formalizou, já sem descurar da sua deslocação Institucional ao Arquipélago (sendo o primeiro monarca a fazê-lo) e do trabalho oceanográfico que desenvolveu nos mares dos Açores.

Existe pertinência histórica e cultural em homenagear, perante os açorianos, de modo a que eles nunca se esqueçam, quem lhes conferiu a sua Autonomia e, inerentemente, o maior respeito alguma vez dirigido, objectivamente, por um monarca, aos Açores.

Daí que o poder público talvez devesse ponderar sobre este assunto e, eventualmente, equacionar erigir uma estátua numa praça ou noutro lugar digno e central em São Miguel, com fundamento no facto de ter sido nesta Ilha que foi içada a primeira bandeira monárquica da Autonomia nos Açores.

À semelhança daquilo que os picarotos, e muito bem, fizeram, ao erguer uma estátua a D. Dinis (conforme artigo já publicado nesta página), ou ainda da enorme inscrição das Armas Reais na Igreja da Misericórdia na Ilha Terceira, que se julga justo, e à semelhança, fazer o mesmo a D. Carlos em São Miguel, podendo ser elaborada uma peça escultórica, adjudicada a um escultor preferencialmente açoriano, cujas dimensões seguissem, ao menos, aquelas concretizadas na citada imagem “d’O Lavrador” que, em estrito rigor, até teve menor ligação aos açorianos do que o cognominado “O Diplomata”, que para nós, açorianos, foi quem executou o acto determinante para sermos autónomos.

Pelo que, face ao exposto, aqui fica o desafio a todos os micaelenses, sejam monárquicos ou republicanos, que após reflectirem sobre este texto e se entenderem pertinente esta proposta de homenagem, podem sugerir ideias que encontrem uma via, quiçá, num futuro próximo, a ser institucionalmente apresentada às entidades competentes.

Fonte - RAISM.

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