Este é um microcosmo apartidário embora ideológico, pois «nenhuma escrita é ideologicamente neutra*»

*Roland Bartes

Intros: 1 2

sábado, 6 de agosto de 2016

Dois Prismas - O Religioso e o Secular

Muitos espumaram para que o Sumo Pontífice viesse tecer duras críticas sobre a forma hedionda que o padre francês foi morto.

Além do padre ter sido morto, muito provavelmente, por aquilo em que acreditava, Francisco não acrescentou muito mais além daquilo que Pedro, já como chefe da Igreja, disse após Cristo ter sido humilhantemente morto, não descurando que Cristo para alguns, como eu, era/é o Deus vivo.

Talvez seja difícil alguns entenderem isto, mas é assim. Não se trata “da outra face”, trata-se sim, em sentido estrito, da resposta de Pedro e dos apóstolos, durante anos e anos, após a crucificação: paz, amor, evangelizar, etc…mesmo que tenhamos de morrer por isso.

Relembro que João Paulo II quando, em 13 de maio de 1981, foi gravemente ferido por Mehmet Ali Ağca, numa tentativa gorada de assassinato, a primeira coisa que fez publicamente, após estar minimamente restabelecido, foi perdoar o seu agressor. Resultado, Mehmet converteu-se, julgo que em 2000, ao catolicismo e em dezembro de 2014, trinta e três anos após o crime que cometeu, voltou ao Vaticano e depositou rosas na tumba do Papa João Paulo II.

Contudo, e sem prejuízo do que foi aqui expresso, coisa bem diferente é a resposta que, do prisma civil, das autoridades e dos políticos ocidentais, tem de ser produzida, focada na segurança dos respetivos valores, mormente os da liberdade e da autodeterminação. Na minha ótica a solução encontra-se na lei, havendo a necessidade de criar novos padrões legislativos de modo a reduzir, ao máximo, o espaço de atuação dos extremistas que denigrem o Alcorão e envergonham o profeta Maomé todos os dias.

Share |

Sem comentários:

Enviar um comentário

«Se mandarem os Reis embora, hão-de tornar a chamá-Los» (Alexandre Herculano)

«(…) abandonar o azul e branco, Portugal abandonara a sua história e que os povos que abandonam a sua história decaem e morrem (…)» (O Herói, Henrique Mitchell de Paiva Couceiro)

Entre homens de inteligência, não há nada mais nobre e digno do que um jurar lealdade a outro, enquanto seu representante, se aquele for merecedor disso. (Pedro Paiva Araújo)

Este povo antes de eleger um chefe de Estado, foi eleito como povo por um Rei! (Pedro Paiva Araújo)

«A República foi feita em Lisboa e o resto do País soube pelo telégrafo. O povo não teve nada a ver com isso» (testemunho de Alfredo Marceneiro prestado por João Ferreira Rosa)

«What an intelligent and dynamic young King. I just can not understand the portuguese, they have committed a very serious mistake which may cost them dearly, for years to come.» (Sir Winston Leonard Spencer-Churchill sobre D. Manuel II no seu exílio)

«Everything popular is wrong» (Oscar Wilde)

«Pergunta: Queres ser rei?

Resposta: Eu?! Jamais! Não sou tão pequeno quanto isso! Eu quero ser maior, quero por o Rei!» (NCP)

Um presidente da república disse «(...)"ser o provedor do povo". O povo. Aquela coisa distante. A vantagem de ser monárquico é nestas coisas. Um rei não diz ser o provedor do povo. Nem diz ser do povo. Diz que é o povo.» (Rodrigo Moita de Deus)

«Chegou a hora de acordar consciências e reunir vontades, combatendo a mentira, o desânimo, a resignação e o desinteresse» (S.A.R. Dom Duarte de Bragança)

«Depois de Vós, Nós» (El-Rei D. Manuel II de Portugal, 1909)

«Go on, palavras D'El-Rey!» (El-Rei D. Manuel II de Portugal)