Nada mais errado, inclusive é mais frágil no princípio que tenta manifestar, especialmente à luz dos valores hodiernos integrados numa óptica de sociedade futura e moderna. Não será assim no caso de uma Dinamarca? De uma Suécia? De um Canadá? De um Japão? Porquê?! Porque, não são os comuns mortais que chegam a presidentes, não se deixem enganar. O Sassá Mutema era uma personagem novelesca e, como tal, tratava-se de mera ficção do autor Lauro César Muniz. Esse princípio de que qualquer um pode chegar a presidente, é tão verdadeiro como um paquiderme, algum dia, poder chegar a voar.
Os presidentes de uma república são vincadamente PARTidários, têm cores…e como tal têm um juízo intrinsecamente não idóneo, por mais que se esforcem. Os presidentes são, antes de tudo, impreparados para as lides representativas deste cariz, pois o que sempre souberam fazer foi actuar no teatro político…algo muito diferente e mais específico do que ser amplamente o magistrado e representante da Nação, nunca descurando do habitual tempero lobista no cozinhado pré-presidencial. Chegados a presidentes, adaptam o melhor que conseguem. Uns melhorzinhos, outros nem tanto.
O Rei responde directamente perante o povo e o povo, desde há muito, pelas Cortes, decide o seu destino.
O Rei não é eleito, mas nem por isso é menos democrático. É mais, se me permitem. O Rei é aclamado pelo povo. A sua aclamação acontece no verdadeiro templo da Democracia: as Cortes / o Parlamento.
A democracia e a justiça de uma Monarquia são assentes na confiança (ou testemunho), a confiança em quem se preparou e se formou apenas para aquela específica e histórica missão: Reinar, ou seja, servir o seu povo e o seu País.
O sistema monárquico assenta nas mais sólidas, lógicas e legítimas premissas representativas. Pela Monarquia o seu mais alto magistrado, o Rei, eleva a sua magistratura. O Rei é o testemunho (histórico e actuante) do povo e vice-versa, sendo esse elo o maior garante de um País pois inspira e fortifica as instituições. O testemunho, assegurado formalmente pela aclamação, permite que essa relação indirecta (embora mais linear e clara na confiança do que num presidente directamente eleito) se transforme, em ampla escala, numa acção confiante e decidida. O mesmo vê-se, numa proporção menor, na relação de confiança, por exemplo, de um cliente com seu mandatário ou dos cidadãos com um juiz, quando esperam que da preparação daqueles (e nunca de uma eleição) seja feita a acostumada Justiça. E é! Com as necessárias adaptações regimentais, a Justiça nunca é feita pelas próprias mãos. É feita sim, indirectamente, pelos seus legítimos agentes. É uma dinâmica indirecta de confiança – testemunho. É assim no plano mais elevado da Democracia. É assim nas democracias mais evoluídas do Planeta.
Uma Monarquia não é um formato provecto, é um formato até mais recente que a república. A república é um sistema muito velho, provém originariamente da Grécia antiga antes de Cristo e foi contemporânea de Platão. O próprio filósofo, na sua penúltima carta, reconhecia o erro da república.
Presumo que a lógica platónica não deve ter descurado as tiranias. Factualmente as repúblicas derramaram muito mais sangue em alguns anos, que as monarquias durante séculos. Veja-se, apenas, a II Grande Guerra Mundial e a gestão territorial e de regime da ex-U.R.S.S. .
A república nunca funcionou nem nunca pode funcionar em Portugal, uma vez que a Monarquia é um sistema integrado e indissociável da própria criação nacional, sendo que esse sistema ainda é o mais moderno e progressista hoje à luz comparativa. Prova disso são as nações mais consentaneamente evoluídas do mundo serem monarquias.
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