Este é um microcosmo apartidário embora ideológico, pois «nenhuma escrita é ideologicamente neutra*»

*Roland Bartes

Intros: 1 2

terça-feira, 8 de março de 2011

Comentários ao "Discurso do Rei"

1.º Comentário – Magnífico filme. Confirmei e confirmo as minhas fontes.

2.º Comentário – O Colin Firth devia ganhar o Óscar em 2012, de melhor actor, pelo “Discurso do Rei” (novamente).

3.º Comentário – Mega realização de Tom Hooper.

4.º Comentário – Esplêndidas interpretações de Geoffrey Rush e de Helena Bonham Carter. 

5.º Comentário – O Rei, um homem como todos os outros, é o elo mais sólido de uma Nação. Preparação, preparação, preparação para um compromisso de responsabilidade absoluta com o seu povo, in casu, num momento particularmente difícil. Achei interessante a dicotomia criada pelo realizador entre o Rei gago e o republicano Hitler…o orador de excelência. 


Conclusão – O Rei é o elo humano de uma Família que também é uma Nação. É o cidadão que assume o papel mais ingrato, mas, devido a isso mesmo, é o mais respeitado pelos outros concidadãos…ainda hoje. Depois de um português ver este filme e sabendo que já teve 767 anos de um regime igual…como pode querer manter-se, no seu perfeito juízo histórico, em república?! Complexos…?! Deixem-se deles e abram-se para a verdadeira Razão (de Estado)…de uma vez por todas.
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«Se mandarem os Reis embora, hão-de tornar a chamá-Los» (Alexandre Herculano)

«(…) abandonar o azul e branco, Portugal abandonara a sua história e que os povos que abandonam a sua história decaem e morrem (…)» (O Herói, Henrique Mitchell de Paiva Couceiro)

Entre homens de inteligência, não há nada mais nobre e digno do que um jurar lealdade a outro, enquanto seu representante, se aquele for merecedor disso. (Pedro Paiva Araújo)

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«A República foi feita em Lisboa e o resto do País soube pelo telégrafo. O povo não teve nada a ver com isso» (testemunho de Alfredo Marceneiro prestado por João Ferreira Rosa)

«What an intelligent and dynamic young King. I just can not understand the portuguese, they have committed a very serious mistake which may cost them dearly, for years to come.» (Sir Winston Leonard Spencer-Churchill sobre D. Manuel II no seu exílio)

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«Chegou a hora de acordar consciências e reunir vontades, combatendo a mentira, o desânimo, a resignação e o desinteresse» (S.A.R. Dom Duarte de Bragança)

«Depois de Vós, Nós» (El-Rei D. Manuel II de Portugal, 1909)

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