«Foi um espectáculo confrangedor ontem à noite assistir às declarações do Chefe de Estado: afinal as suas tão aguardadas palavras pouco mais revelaram do que um homem acossado pela intriga que grassa entre os órgãos de soberania e de estados d’alma pouco dignos do mais alto magistrado da nação. Depois, já enterrado no sofá, foi assistir atónito à intervenção do ministro Pedro Silva Pereira, em autêntica pose de estadista, ripostar com invulgar dureza e numa arrogância quase elegante a pública birra de Cavaco Silva.
O que vem à tona com isto tudo é a materialização dum negro pesadelo: uma nação pobre e decadente a hipotecar o seu presente com uma baixa e irresponsável guerrilha política protagonizada pelos principais órgãos de soberania nacionais: uma crise sistémica sem solução à vista. Sem dúvida o panorama ideal para o regime celebrar o seu centenário.»
«O actual descalabro inter-institucional, torna agora a república mais nítida aos olhos dos portugueses.
No passado Domingo, Cavaco foi votar, foi tomar partido. Conhecendo a personalidade, sabemos em quem votou e porque o fez, aliás no seu pleno direito. Soares fez o mesmo, assim como Sampaio. Cada um deles vota e escolhe o partido dos seus, aquele que o alçou à magistratura e lhe fornece os necessários e muito numerosos assistentes que o coadjuvam nas funções.
O actual residente de Belém confirmou tudo aquilo que a controvérsia lhe aponta. Manifesta a suposição de insegurança, ao ter encontros com gente que lhe garanta a blindagem do seu equipamento electrónico, seja ele qual for. Não desmentiu categoricamente as palavras proferidas pelo sr. Lima – que falou “em nome do presidente” .e apontou o dedo ao partido do governo.
A república é isto e fatalmente iremos conhecer de forma desabrida, o mesmo tipo de conflitos que sujaram durante mais de uma década, a necessária decência que não existiu, por exemplo, entre Mitterrand e os governos eleitos pela direita francesa. Os portugueses não estão habituados a este tipo de esquemas palacianos e pelo contrário, desprezam-nos visceralmente. A imagem que ficou no imaginário popular, foi aquela deixada pela imparcial – por vezes salomónica – Monarquia.
Ainda que de uma forma sofrível, Soares soube disfarçar a hostilidade que votava ao seu 1º ministro Cavaco Silva. Sampaio foi aquilo que se sabe. Cavaco, sendo de direita, não beneficiará daquela condescendência outrora votada aos seus antecessores, bem protegidos por um complexo emaranhado de interesses e lugares cativos de um controleirismo bastante evidente. Os velhos complexos de esquerda que atingem bem fundo uma sociedade incrédula, pouco interessada e sobretudo irresponsável, sempre deixou passar incólumes, as atitudes que deslustraram, rebaixando-as, as funções presidenciais. Episódios vergonhosos de desrespeito presidencial pela parcimónia na despesa, o claro pendor para o nefando “amiguismo” de vários contornos, o descarado favoritismo partidário e outras aleivosias mais, sempre beneficiaram da passagem da esponja progressista que tudo rapidamente fazia esquecer.
A partir desta noite, Cavaco não parecerá tão diferente daqueles que substituiu e nem poderia ser de outra forma. É assim que se faz a política da partidocracia levada até às suas últimas consequências, neste caso, a própria chefia do Estado que a população devia olhar como instância suprema, independente e digna reserva moral da nação.
Assim sendo, A. Cavaco Silva dará posse a um governo no qual não confia e contra o qual decerto – muito legitimamente, segundo o seu ponto de vista ou interesse – erguerá defesas. Tendo querido ter a absoluta certeza da consumação eleitoral do fim da maioria absoluta, sente-se mais seguro para rapidamente passar a um ensaio geral para uma não muito longínqua tentativa de mudança do regime: a 4ª república, ou seja, ele.
A partir de hoje, os portugueses acordam para uma realidade pela maioria desconhecida, ou envergonhadamente ignorada.
Sabemos bem o que a Monarquia vale e do que é capaz e a prova encontra-se patente em todos os Estados – exactamente os mais progressivos – da Europa de que fazemos parte.»
«Londres, 29 Set (Lusa) - Uma placa de homenagem ao rei D. Manuel II é hoje descerrada em Twickenham, localidade no sudoeste de Londres onde o último monarca português passou os derradeiros anos de exílio.
Um dos membros da família real, D. Miguel de Bragança, estará presente e uma missa será celebrada pelo bispo George Stack no igreja de St. James, onde D. Manuel II assistia à missa durante a sua estadia em Inglaterra, entre 1914 e 1932, data da morte.
A devoção religiosa e o dinamismo do monarca na comunidade local são visíveis pelas doações que realizou, nomeadamente de dois vitrais, um dos quais com a imagem de Santo António, uma pia baptismal que ainda é usada e vários paramentos.»
Comentário - Até no Reino Unido que, afortunados, já são uma Monarquia, se homenageiam os nossos monarcas, últimos chefes de Estado dignos dessa mesma qualidade. Até quando vamos permanecer na mediocridade...
"35m09s - Presidente da República não discursa na cerimónia dos 99 anos da implantação da república. Será o começo da queda ?
"35m40s - S.A.R. D. Duarte de Bragança é auscultado, e bem, pela SIC* relativamente ao caso das supostas escutas do Governo à Presidência da República.
* A Acção 288 b dirige à SIC, na pessoa do Dr. Pinto Balsemão, o reconhecimento pelo verdadeiro serviço público prestado, em tão séria matéria (as supostas escutas do Governo à Presidência da Republica), quando este órgão de informação, no jornal acima exposto, decidiu, e bem, ouvir o Sr. D. Duarte, enquanto representante da única alternativa séria e correcta para Portugal.
Os Estados Unidos da América (EUA), constituídos ex novo, aquando da sua independência do Império Britânico, criaram o seu próprio modelo constitucional, republicano e presidencialista, com base maçónica e jacobina, é verdade (veja-se, por exemplo, o verso da nota de um dollar, quem foi Jorge Washington e outros…) não menos “dinástico” dado o relevo de algumas “casas” como as dos Clinton, dos Bush, dos Kennedy, etc, que não tardarão estar, dentro de alguns anos, novamente no “trono”. É talvez a este propósito que o politólogo e sociólogo francês Maurice Duverger de esquerda refere que os EUA é última monarquia que subsistia, enquanto sistema presidencialista puro, por se equiparar e ser seu sucedâneo do sistema monárquico tradicional. De salientar que, desde há muito, Portugal, em Monarquia, havia evoluído de um sistema tradicional para um liberal. Apesar de tudo isto, temos de admitir, que dadas as circunstâncias históricas, a época e a geografia onde se inserem os EUA, o seu modelo de Estado apresenta alguma coerência.
Em Portugal é algo completa e absolutamente distinto. Em 1910, e com quase 800 anos de história, nós vivíamos num modelo de Estado dual (Rei e Governo), em que o Rei era O garante neutro da Democracia. Vivendo, pois, já naquela altura, em democracia, a nossa Monarquia foi, por intermédio de crimes e actos terroristas, operados em Lisboa por uma minoria, e contra a vontade expressa dos cidadãos, deposta e instaurada uma república (a 1.ª) maçónica, jacobina, desconjuntada e ilegal. Hoje a III república, embora distinta da primeira, é sua herdeira. Ora, a realidade é que as três repúblicas tentaram sempre ajustar/adaptar o modelo dualista, que tão bem funciona em Monarquia, aos seus parâmetros que, em génese, são completamente diferentes. Deram-lhe a designação de Semi-Presidencialismo (não fosse tudo hoje em Portugal “Semi”, é a dita cultura da falta de assunção de responsabilidades). Além disso, existe a vincada agravante de este modelo, dados os seus indissociáveis compósitos político-partidários, não assegurar aos cidadãos uma indesmentível neutralidade como aquela que um Rei garante.
É pois por causa deste modelo constitucional, (in)adaptado da Monarquia portuguesa, que o sistema republicano actual não funciona, nem nunca irá funcionar de forma optimizada, como era antes de 05/10/1910. Foi uma tentativa gorada de impor um modelo que na Europa já se demonstrou não funcionar tão bem, comparativamente às muitas monarquias existentes. Ideológica e filosoficamente até podia ser interessante, à semelhança de um Comunismo. Contudo, este caiu e as repúblicas, mais tarde ou mais cedo, também terão o mesmo destino.
Em conclusão do que foi aqui dito, resulta claro que os países europeus que conservaram o seu molde constitucional monárquico (dual), especial destaque para o Reino Unido, enquanto uma das mais antigas democracias do mundo, (já não falando do Reino da Noruega, da Dinamarca, da Suécia, da Bélgica, etc), evoluíram muito mais e melhor que, infelizmente, Portugal. Daí que quanto mais estudamos o regime monárquico tal como já tivemos (enquanto um dos Estados mais antigos da Europa) e como poderíamos vir a ter havendo o referendo, é com enorme tristeza e (quase) vergonha que nos sentimos aquando das breves deslocações a países europeus que, felizardos, possuem monarquias, agregando direita e esquerda, aliás, conforme os nossos emigrantes bem sabem…
Enquanto no nosso Portugal republicano, em tempos recentes, é verdade, o ("imenso") público que se dirige aos estádios de futebol, tem vindo, generalizadamente, quando um guarda-redes da equipa adversária coloca a bola em jogo, gritando: «filho daquela "senhora"!». Por outro lado, na Holanda monárquica sucede isto:
Na quarta-feira, 19 de Agosto de 2009, neste mesmo blogue, em artigo publicado sob o título “Para resgatar Portugal da absoluta descrença já só acreditamos no Senhor D. Duarte de Bragança”, oportunamente expressamos que o enredo que (ainda) se passa, com as supostas escutas no palácio de Belém, não se tratava de faits divers de silly season. Só ontem, ao que parece, o País (político sobretudo) parece ter acordado para a verdadeira dimensão do problema.
Dúvidas já não devem restar que algo se passou. É dito que o Presidente da República (PR) não se pronuncia pois pode “prejudicar” os sufrágios. Então porque não se pronunciou em meados de Agosto, quando a campanha ainda estava longe de arrancar em força ? Não querendo se pronunciar, porque demite um assessor esta segunda-feira, não havendo memória de tal facto na casa civil ?
Este assunto é de gravidade extrema para o País e para as suas instituições, é a prova real de que como uma república, em Portugal, não funciona em razão do seu âmago puramente político (e cada vez mais partidário e carreirista). A ser extraído algum conteúdo substantivo destas suspeitas, a gravidade é de tal modo extrema que se compararmos com o caso Watergate, ocorrido nos Estados Unidos da América (EUA), a 18 de Junho de 1972, verificamos que aquele escândalo, que envolveu o Presidente dos EUA, e que levou à sua demissão, não obstante fosse um hábil e eminente político, pode revelar-se, com as devidas adptações, não tão grave como o “nosso”. Senão, abreviadamente, vejamos : Richard Nixon, enquanto líder dos republicanos, foi acusado de ter colocado escutas ao partido democrático, situação gerada, portanto, inter partidos candidatos a governo; no caso português o que se aponta é para supostas escutas e consultorias envolvendo órgãos de soberania e (inerentes) partidos. Ora, não devia o PR, dados os contornos do caso, como pessoa impoluta e insuspeita, e enquanto mais alto magistrado da Nação ter, ao menos, vindo esclarecer os portugueses em Agosto? O argumento das eleições, face à gravidade das suspeitas, não colhe. Há, inclusive, quem publicamente afirme que o PR já não tem razões para se manter no cargo, cabendo-lhe essa obrigação para com os portugueses (exemplo do Jurista Garcia Pereira). Contudo, algo é inegável: o PR perdeu o timing para vir aclarar todo este pantanal institucional. Com actual postura do PR, existem já consequências políticas nas legislativas, ou seja, demitindo Fernando Lima (uma acção efectiva), hoje passaram haver partidos "ajudados" e partidos prejudicados pelo Prof. Cavaco Silva.
Cremos que estas notícias são o “TAC” que descobre a enfermidade de que padece Portugal, e este mal é o republicanismo.
Por fim, de referir que por muito, muito, menos, “despediram” o Dr. Pedro Santana Lopes, que por ser tão incomodo a alguns, dada a sua postura sempre frontal em política (embora com isto não queiramos descurar de outras suas características menos boas). A realidade é que em 6 (seis) meses de mandato, foi despachado por tão pouco, i.e., por demissões em cargos administrativos, matéria do seio organizativo do governo dele e da, então, coligação. E foi isto que levou um PR, neste caso o socialista Jorge Sampaio, ex-Secretário Geral daquele partido, a fazê-lo cair. Francamente…
Concluindo: a III República também não funciona. Meus amigos, face ao presente cenário português, questionámos: ainda vai ser preciso recorrer a uma 4.ª, uma 5.ª ou uma 6.ª república para perceber que isto não funciona em Portugal. Estivemos a perder tempo demais, enquanto países como a Dinamarca, a Suécia, a Grã-bretanha, a Bélgica, a Noruega, a Holanda, etc, etc, andaram e andam mais evoluídos que nós. Juntos vamos transformar Portugal num país evoluído como o Centro e Norte da Europa. Para isso temos de voltar um pouco atrás e debater todo o cerne do problema, e o problema está, indubitavelmente, na actual forma de regime de Estado. Logo...novo modelo constitucional: Rei como representante e moderador, o garante neutro do povo, e poderes executivos "exclusivos" no Governo. Referendo já! SIM À NOVA MONARQUIA !
Existe determinada leitura jurídica minoritária da alínea b) do artigo 288.º da Constituição da República Portuguesa (CRP), que coloca em questão, eventualmente, todo o cerne deste blogue. Ora, tal cenário, e como irão verificar, só nos apraz. Aquela "corrente" defende não existir impedimento constitucional à realização, em 1.ª racio, ao (nosso) Referendo para mudança, ou não, do actual regime instalado em Portugal. Os defensores desta tese teorizam não ser necessário alterar a redacção daquela norma, porquanto não se colocar, relativamente a este assunto, a existência de um limite de revisão material da Constituição. O argumento advém de uma interpretação literal àquele disposto, que refere (a forma republicana de) governo e não chefia de Estado. Tal cenário possibilitaria pois, deste modo, e à semelhança das monarquias europeias, como são exemplos a Dinamarca, a Suécia, o Reino Unido, etc, que já há muito se deparam com um sistema destes, dir-se-ia, republicano no seu governo, mas simultaneamente monárquico quanto à sua chefia de Estado. Ou seja, e de uma forma mais estreitada, o Governo é eleito por sufrágio e o chefe de Estado é empossado (i.e. aclamado) pelo Parlamento enquanto legítimo sucessor. Mas sobre esta matéria, já colocamos o desafio a um douto e distinto professor de Direito, colega jurista de enorme valia técnica e monárquico inconfundível, que bem melhor pode se pronunciar sobre esta matéria. Ilustre amigo, aguardamos a resposta ao repto…
Porém, é absolutamente relevante, e quiçá inovador para alguns (eventualmente por não terem reflectido neste contexto), mas a crua realidade é que o inverso já é praticado em Portugal, o que também vem, e em maior pujança, em reforço da tese acima exposta, senão vejamos: contrariando a "suprema" lógica do sufrágio universal, isto é, tudo deve ser submetido à quantificação dos votos, tese tão cara à lógica do republicanismo (quase Sacro Santa - não fosse a república conceptualmente maçónica, jacobina e temporal), contudo, a verdade é que a 2.ª figura de Estado, o PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA (PAR), com enormes poderes, é empossado na mesma lógica de um Rei em Monarquia. Afinal onde está a coerência do sufrágio republicano ?
A este propósito de referir que o artigo 132.º da CRP, expressa o seguinte: Durante o impedimento temporário do Presidente da República, bem como durante a vagatura do cargo até tomar posse o novo Presidente eleito, assumirá as funções o Presidente da Assembleia da República ou, no impedimento deste, o seu substituto (n.º 1); Enquanto exercer interinamente as funções de Presidente da República, o mandato de Deputado do Presidente da Assembleia da República ou do seu substituto suspende-se automaticamente (n.º 2); O Presidente da República interino goza de todas as honras e prerrogativas da função, mas os direitos que lhe assistem são os do cargo para que foi eleito (n.º4).
A título de conclusão, de salientar que até neste domínio a república é imperfeita em relação à Monarquia, pois o PAR é, como todos sabemos, o resultado final da eleição por um grupo maioritário de deputados, normalmente uma figura importante e proeminente de um partido político, que assume, sem sufrágio directo dos cidadãos, um suposto papel de "independência".
Sempre se deu azo a comentar as "posses" da Chefe de Estado do Reino Unido. Porém, quantos milhões de dollars em eleições e sutentos destas "dinastias" presidenciais (Bush, Clinton, Kennedy, etc), com poder executivo efectivo, se terão gasto ao longo de todos esses anos ?!
Ao «(...) abandonar o azul e branco, Portugal abandonara a sua história e que os povos que abandonam a sua história decaem e morrem (...)». * Palavras de Henrique Paiva Couceiro.
800 anos de Azul e Branco. A verdadeira cor de todos nós.
Nem mesmo todos os republicanos deixavam/ram o Azul e Branco, exemplo de Guerra Junqueiro.
Contudo, durante quase 100 anos a verdade foi escamoteada de vermelho e verde.
Aquelas foram das últimas palavras de uma Mulher que perdeu, de forma bárbara, o marido e os seus dois únicos filhos. Nascida francesa, foi mais Portuguesa que muitos nascidos em solo português...
Post Scriptum: O autor deste vídeo produziu um trabalho de rara e distinta sensibilidade. Venham outros. Bem haja.
Clijsters (Belgium) Vs Wozniacki (Denmark) - US Open Women Final 2009
Dois dos países mais desenvolvidos do mundo, por sinal monarquias, foram representados, pelas suas melhores jogadoras da actualidade, num fantástico duelo de ténis ao mais alto nível na final de singulares femininos do US Open 2009, em pleno centro do mundo...Nova Iorque.
Braga, 01 de Junho de 1996, em plena saída da Sé do Baptizado de Sua Alteza Real O Augusto e Sereníssimo Príncipe Dom Afonso de Santa Maria Miguel Gabriel Rafael de Herédia de Bragança, a enorme multidão ali reunida seguiu a Família Real, todos tomados por uma alegria indescritível, unidos sem que se pudesse sentir qualquer separação de "classes", pois em torno daquela alegria essas categorizações deixam de existir. Muitos gritavam frases de júbilo.
Como foi referido, muitos eram os presentes (nós enquanto estudantes universitários). Movidos por livre iniciativa. Ninguém foi mandado ir lá. Tudo de bem se gritava a favor da Família Real, ali presente com todos: Viva o Rei ! Viva o Senhor D. Duarte! Viva o Príncipe! Viva a Senhora Duquesa de Bragança! Houve até quem gritasse Viva D. Afonso VII! Etc, etc. Enfim, uma sã euforia que não é possível descrever em palavras.
Contudo, é neste cenário que ocorre um facto que até hoje nos recordamos e iremos guardar até ao fim dos nossos dias, como um dos fortes motivos para manter a genuína e integra convicção do que é ser monárquico. Conforme foi referido, o ambiente era de total festividade com os mais elevados brados de satisfação. A dado momento um "seguidor", anónimo, da Causa Real, quiçá mais "entusiasmado", decide bradar: «abaixo a república!» De entre aquelas várias centenas de pessoas aglutinadas, geraram-se uns micro segundos de silêncio, e na consciência de cada um, ali reunido, deve ter sido formulada a questão: e agora, o que vai ser ? Resposta: o óbvio dos monárquicos. Uma colectiva vaia àquele "seguidor" menos feliz. Naquele dia surgiu uma confirmação "no terreno": ser monárquico não é estar contra alguém (in casu os republicanos), é ser-se a favor de alguém (in casu o Rei), sempre numa constante atitude positiva.
Daí que não restem dúvidas acerca dos tempos que se viveu em república: são quase 100 anos de vivência num regime muitíssimo diferente do que era o são espírito de viver com uma Família Real reinante. Registe-se que o republicanismo não deixou de ser um conceito teórico de melhoria da democracia, mas que, na prática, tem se revelado o oposto a isso, pois um Chefe de Estado em Portugal não pode emanar da estatística dos votos, sob pena de estar a prejudicar essa mesma democracia, dada a ambiência de facção que gera. Ora, com os mais recentes (e inevitáveis) contornos que a III República tem tomado, ao ter-se eleito sucessivos presidentes ex-líderes de partidos, revela o quanto nós temos andado, desde 1910, no sentido inverso ao progresso necessário.
Bem hajam todos os resistentes monárquicos que, mesmo sob as mais infames calunias e construídos desânimos, se mantêm firmes, sabedores que o tempo lhes dará razão no que é melhor para Portugal. Todos estes blogues podem, para alguns menos atentos e esclarecidos, aparentar não ter interesse imediato para Portugal, pois não estar-se a debater um assunto que (hoje) não está na "agenda" mediática. É precisamente o inverso. Temos de começar pelo essencial, por discutir o básico, pois só a partir daí poder-se-á partir para o específico (o regime técnico, o Reino em vez da república) e assim resolver o verdadeiro problema da paulatina submersão de Portugal, e esse chama-se república e dura desde 05/10/1910.
Post Scriptum: Enquanto monárquicos, que espírito é este que nos move, que nos torna de bem com os outros, que nos torna felizes, que nos transporta para o patamar de deixar de ver "cores" partidárias e ver toda a gente por igual ?! Que res pública é esta que existe há tantos anos, mas continua a ser tão magnifica e actual enquanto sistema de Estado ?! Viva à Monarquia !
O El País designou, e bem, os candidatos portugueses às legislativas de «lusos». De facto, antes de qualquer conceito "ibérico" já existiam os lusitanos. E é isso que somos acima de tudo…lusitanos! Portugueses é apenas uma designação, não menos boa, para lusitanos.
Posto o intróito, e para que se saiba, Portugal é muito mais antigo que Espanha. Logo a nossa cultura, enquanto Nação constituída, é mais antiga do que a espanhola. Portugal, embora pequeno em território, nunca foi tomado pela força por aquele manto de retalhos que mais tarde veio a designar-se por Espanha. Este país vizinho nasce por obra da conjugação de uma quase infinidade de elementos que, por sorte divina, estavam à data alinhados levando o Imperador Carlos V a conseguir criar, no séc. XVI, aquilo que hoje se chama Espanha.
Por isto tudo, é difícil entender o porquê de uns senhores, mui "lusitanos", como são José Saramago, Ricardo Espírito Santo e o nosso (in)dependente Governo da república "zapateriano"…perdão…"socrático", estarem a açambarcar, de forma preocupante e repetitiva, mais explicita ou não, mais contributiva ou não, uma profunda idiotice conceptual designada por "Iberismo", comummente designada por união ibérica entre Portugal e Espanha. De maior consciência, nos valeu a determinação da Dra. Manuel Ferreira Leite que pôs o dedo na ferida e, a bom tempo, colocou alguma ordem nestas trocas e baldrocas que vêm sido seguidas por Portugal em relação a Espanha. Menos bem tem estado, em tão grave matéria, o seu anterior líder de partido, agora presidente da república, o Prof. Aníbal Cavaco Silva. Pelo que espera ele para se manifestar em relação a estes claríssimos atentados à autodeterminação de Portugal em relação a nuestros hermanos ? O que falta para que seja feito um ponto de ordem, pela presidência da república, neste já insistente assunto? Não nos esqueçamos que já não estamos em Monarquia, e que não temos mais um D. João IV para nos salvar…
«La líder de la oposición ha señalado que no le gusta "que los españoles se metan en la política portuguesa" y ha justificado el interés de España por que el tren de alta velocidad llegue a Portugal a que, de ser así, recibirá más fondos de la Unión Europea. Sócrates defiende en cambio las "inversiones en las redes de alta velocidad" para ayudar a superar la crisis y ha criticado que la candidata de la oposición que esté dispuesta a faltar a su palabra con España y a echarse atrás en un proyecto que respaldó cuando era ministra en 2003»
Muitos afirmam ser a morte a única certeza na existência humana. Todavia, devemos afirmar que, pessoalmente, a única certeza em que cremos é na de uma existência divina a quem designamos Deus.
Esta presença above us que nos referimos, e como bem sabem, está directamente conectada com velhas questões, a mais distinta delas a da origem de toda a existência universal, tema este rebatido pela Filosofia ao longo de séculos. Pelo que a nós toca, a resposta reside, acima de tudo, numa espiritualidade que flui nos seres humanos, que nos atribui a tão inexplicável racio, que nos distingue dos outros seres vivos. Esta razão assume especial nitidez se dermos atenção e relevância por intermédio de fenómenos como os da arte e da cultura, algo que nenhum outro ser (sem espírito) pode fazê-lo. Nunca nos esqueçamos que muitas espécies não humanas podem, inclusive, desenvolver comunicação, comunidades, sociedades, até mesmo refugiarem-se em utensílios para concretizarem determinados fins (como está provado pela ciência, em relação a algumas espécies de símios), mas nunca, nunca mesmo, criar um objecto e apreciá-lo, apenas pelo prazer que lhe dá observá-lo.
Outra forma de explicação para esta «espiritualidade», foi, por exemplo, concretizada por Santo Agostinho (Sécs. IV-V) que na senda de Platão formulou a primeira síntese da filosofia cristã. Com base nos seus escritos e nos da física de Aristóteles, São Tomás de Aquino (Séc. XIII) elabora a Suma Teológica que congrega as descobertas científicas com o pensamento cristão, dando assim corpo a uma doutrina sistematizada através de pilares como os da fé e o dos costumes. Porém, não se pense que por estarmos a reportarmo-nos a autores de séculos passados, que tenha aquela doutrina desvirtuado, antes pelo contrário, pois quando o Homem se apercebe de como nasce uma estrela, aquilo a que chamaram o fenómeno do «Big Bang», e que supostamente seria a origem do universo (eliminando-se assim um Criador), hoje e agora alguns cientistas ponderam, afinal, a existência de um «Plano» na origem do Universo, regressando, de certo modo, às aludidas doutrinas iniciadas no século IV.
É o próprio Albert Einstein, que veio rejeitar o Universo cuidadosamente ordenado de Isaac Newton (defensor da teoria gravitacional que traduz uma visão mecanicista do Cosmos [deixando assim uma pequena parte para Deus como «primeira causa» do Universo]), e é o mesmo Einstein que depois veio afirmar: «ciência sem religião é coxa, a religião sem ciência é cega».
Presentemente os físicos concluíram que não há forma de determinar, por exemplo, e mesmo que em tese, o que fará o átomo, levando por isso a que alguns teólogos-cientistas considerem que nesta decisão (o átomo desintegra-se ou não?), Deus pode actuar.
Contudo, não é menos verdade que para a origem do mundo, muitos cientistas deixam a fé à porta do laboratório, mas Mehdi Golshani, inspirando-se no Corão, garante que os fenómenos naturais são sinais de Deus no Universo, sendo este o mesmo argumento usado pelo judaísmo, que consagra a ideia de que para chegar a Deus é preciso compreender as suas obras.
Queríamos apenas antes de terminar esta primeira parte, por assim dizer, deixar um de muitos exemplos interessantes, de um homem de ciência: Charles Townes.
Townes, partilhou o prémio Nobel da Física, por ter descoberto os princípios dos raios laser, tendo afirmado «como crente, sinto profundamente a presença e acção de um ser criador, que está muito além de mim e, contudo sempre pessoal e próximo». Presentemente, professor na Universidade da Califórnia, em Berkeley, acredita que as recentes descobertas em cosmologia revelam «um Universo que se harmoniza com as ideias religiosas», mais especificamente que, «de algum modo, a inteligência deverá ter estado associada às leis do universo».
Querendo abordar agora uma segunda parte, à qual se reportaria à própria definição de Deus quando submetida à visão religiosa, nunca poderíamos deixar de relembrar quantas são as formas como diversas civilizações viram e vêem Deus ao longo de séculos (veja-se Zeus, Júpiter, Odin, Iavé, etc). Hoje todas as verdadeiras religiões crêem, ao seu modo, Naquela Forma Divina a quem também se chama Deus.
Como é óbvio nós temos a nossa própria visão, ou seja, uma fé e crença que não contradizem nem colidem com as outras «formas de ver Deus». Mas enquanto Aquele for significado de paz e solidariedade entre os homens, o nosso estandarte tanto se erguerá pelo catolicismo, como pelo Budismo, pelo Judaísmo ou, até, pelo Islamismo.
Todavia achamos haver cabimento, invocar neste texto a «Mensagem» que se revelou ao mundo em pleno Império Romano, através de Jesus Cristo, Aquele que se inclui na Uníssona Tríade Divina. Foi este que trouxe uma nova perspectiva societária de tal modo progressista e revolucionária para a época, que não podemos deixar de a visionar como sendo expressa por alguém que só mesmo poderia ser Deus encarnado.
Convém sempre relembrar de onde emana a origem da Igreja Católica, e esta advém de Jesus Cristo que, na época em que viveu, era, podemos assim afirmar, um revolucionário que se opôs ao regime ditatorial imposto, que só pretendeu a salvaguarda dos interesses da humanidade, que defendeu as mulheres, os vagabundos e os desajustados, que se bateu pela igualdade entre os homens, sempre aconselhando os ricos a repartirem com os pobres, que sempre deu azo às causas que lhe motivavam, indo, inclusive, ao limite máximo, dando a sua vida por essas mesmas causas.
É preciso ver que muitas das críticas contra o Cristianismo, mais em concreto contra o Catolicismo, emanam muitas das vezes de pressupostos de que a Igreja (seu pilar simultaneamente divino e humano) ser tradicionalista, conservadora e desagregada da actual realidade. Porém, tais afirmações só «pecam» por ignorância, e isto acontece porque há aqueles que não lêem, não vêem e ouvem a real Mensagem da Igreja. Uma coisa é aquele que discorda com conhecimento sobre o assunto, mas tem convicções diversas, outra coisa é tentar descredibilizar uma estrutura que tem fundamentos sólidos em doutrinas elaboradas por jurisconsultos, teólogos e filósofos que, no decurso de longos anos e até aos nossos dias, justificam todos os seus modos de actuação. Dizia um professor alemão meu, da faculdade de Direito da Universidade Católica, que «se todos seguissem os Dez Mandamentos, que não era preciso sequer mais uma linha de legislação ou códigos». Isso no fundo vem igualmente ao encontro do que é a riqueza da Mensagem escrita da Igreja, do seu apostolado, que continuamente é renovada e actualizada pelos seus magistérios ordinários sejam eles encíclicos, documentos pontifícios, exortações, ou, até mesmo, pelo Código Canónico, que resulta de um trabalho de séculos, elaborado pelos «juristas das leis divinas», muitos daqueles textos informadores criados na «época patrística», e que resultaram num trabalho jurídico de rara qualidade técnica, que convido tanto os presentes legisladores das leis civis, bem como, qualquer um a lê-lo.
Além do legado escrito, a Mensagem que é transmitida por intermédio da Igreja, passa, também, por esta ser um dos mais eficazes veículos e com mais ampla abrangência no combate às diversas causas sociais que são flagelo das sociedades hodiernas, através do apoio que é prestado pelas suas organizações, congregações, etc.
É na senda desta missão de tentar transmitir uma Mensagem que vem revelar algo nunca antes revelado, que nomes como os do Papas João XXIII, João Paulo II e o da Madre Teresa de Calcutá nos surgem à memória como seus principais arautos.
Não podemos deixar de relembrar que foi precisamente com João XXIII que se iniciou a reintegração e a devida actualização da Igreja perante os homens. É verdade que muitas vezes ela andou desfasada da verdadeira Mensagem, sendo coordenada por quem não a merecia coordenar ao longo dos séculos até, por vezes, confundindo-se princípios basilares da Santa Igreja com interesses próprios, luxuria, etc. Mas tudo isso não invalida o cerne da real Mensagem que ultrapassa tudo isso. E João XXIII apercebendo-se do contexto, e através do magistério extraordinário que se designou por Concílio Vaticano II, consegui inovações para Igreja que até hoje ainda se encontram à frente do seu tempo. Só é pena muitos ainda hoje não compreenderem isso.
Quanto a Madre Teresa de Calcutá o que fez foi, pura e simplesmente, algo duma força extraordinária para um simples ser humano. Ela consegue concretizar em vida o que mais difícil existe, que é ter seguido o caminho menos fácil, ao desfazer-se de todos os seus bens materiais e vocacionar a sua vida ao próximo que é doente, ao próximo que é moribundo, ao próximo que tem falta de afecto, ao próximo que é leproso, etc, etc. Será que nós (cristãos ou não) conseguiremos alguma vez tal feito? Provavelmente não… Até porque muitos de nós estamos tão confortáveis em nossas casas...
Relativamente a João Paulo II, queríamos desde já chamar à colação o mais sublime texto jornalístico que lemos até hoje, e provavelmente um dos mais sublimes que lemos, e que foi escrito por João Bérnard da Costa, na «Casa Encantada», no Jornal «O Público», aquando da celebração dos 25 anos de pontificado daquele Papa. Dizia ele, que muitos Papas ficarão na história, pelo seu conhecimento, pela sua bondade, etc, mas que João Paulo II ficará certamente lembrado pela sua fé. É com base naquela fé, que achamos curioso, para não dizer ridículo, as especulações sobre se ele vai ou não resignar. Ora, quanto a isso estas especulações afiguram-se microscópicas perante a magnitude do exemplo que este homem nos deu e dá, com a sua força na fé, a sua coragem, a sua missão ecuménica, ao estar sempre aberto perante as outras religiões de modo a gerar concertação, por ter tido o desprendimento institucional (quiçá contra padrões conservadores no seio do Vaticano) de pedir o perdão pelos erros cometidos pela Igreja no passado, por pôr a sua vida à disposição do próximo. Em relação a esta última característica citada, veja-se o exemplo escrito na sua Biografia Oficial, em que quando era novo e trabalhava obrigado numa fábrica para o inimigo Nazi, que, entretanto, tinha invadido a Polónia, encontrou no seu caminho, para aquela aludida fábrica, um pobre homem encolhido por estar exposto a temperaturas negativas que se faziam sentir, ele não hesitou em tirar o único casaco que transportava e deu ao pobre homem, tendo depois Carol ficado gravemente doente por ausência do casaco que transportava. É por estes motivos que nem que acamado estivesse, só o facto de sabermos que existe alguém assim na terra que dá e deixará sempre um exemplo desta envergadura, deve só por isso manter-se Papa, sendo a sua presença (apenas) mais que suficiente para nos fortificar na nossa missão enquanto homens que se querem éticos, quando presentemente nas nossas sociedades é isso que cada vez mais falta. Como afirmou uma vez, em Portugal, Michael Gorbatchev, «o verdadeiro socialista vive no Vaticano», reportando-se a João Paulo II.
Para finalizar, gostaríamos de nos referir «à existência de “riquezas” que possui a Igreja e, em particular, o Vaticano, quando existem civilizações inteiras cobertas pelo problema da fome». Porém, qualquer recente licenciado em Economia sabe que mesmo vendendo todos os bens de valor que a Igreja possui, não irradiariam a fome do mundo, nem nada próximo disso. A existência daqueles bens tem uma justificação, quer se concorde ou não com ela, que é a mesma de quem quer oferecer ao seu amigo, de que tanto gosta e que tanto lhe ajudou (isto interpretando subjectivamente na fé de cada um), um presente. Ora se pensarmos que esse «presente» foi dado à Igreja em nome do Criador, ao longo de muitos séculos, facilmente se depreende «as riquezas».
Além disso, e quando nos referíamos à fé de cada um, enumeros cidadãos se referem a determinadas manifestações de fé do nosso povo, como por exemplo, a jornadas que se fazem de joelhos para pagar promessas, como sendo um «espectáculo» que é tido como algo que só revela tristeza, algo de aberrante e brutal, em face de um Deus que se proclama misericordioso?! Todavia, salvo opinião diversa, entendemos que estas manifestações partem de um pressuposto exactamente inverso. Ou seja, quando uma pessoa se autoflagela (vamos assim radicalizar), não o faz por sentimento de tristeza, mas sim pelo de alegria, porque pela sua fé viu algo muito importante na sua vida ser corrigido ou alcançado, quando mais precisava. Por isso, não dever ser encarado este tipo de atitude como um acto meramente físico (e é nesta interpretação que reside o problema), quando do que se trata aqui é de dar não ouro, mas algo ainda maior, a própria crença absoluta em Deus (manifesto da fé), renegando o seu corpo terreno, que supostamente nada interessa, em virtude de um espírito alegre perante algo que colmatou a brecha num determinado momento muito difícil na vida de alguém.
Maria do Couto Maia-Lopes (24 de Outubro de 1890 — 25 de Julho de 2005) foi, até hoje, a segunda mais velha pessoa portuguesa de sempre e uma das poucas supercentenárias no mundo. Morava em Grijó, perto de Vila Nova de Gaia. Faleceu com a idade de 114 anos.
Lembrava-se do dia em que o último rei de Portugal, D. Manuel II, visitou a localidade próxima de Espinho, em 23 de Novembro de 1908.
(...)
Teve oito filhos, sete netos, dez bisnetos e cinco trinetos e era viúva desde 1942. Como curiosidade, uma das suas bisnetas casou com um neto do homem mais velho de Portugal.
Em república, variadíssimos governantes andaram a brincar com a juventude e, assim, a hipotecar o futuro de Portugal. Deixem a Monarquia voltar para salvar Portugal:
Até 05/10/1910, Portugal era um Estado democrático à semelhança de outros países da Europa Ocidental. Através de um grupo (restrito) de assassinos republicanos, foi morto o Chefe desse Estado democrático, conseguindo, esses infames portugueses, a «proeza» de manter até hoje uma república sem se consultar os principais interessados: os cidadãos. Alguns desses assassinos (morais ou ideólogos), estão hoje sepultados no Panteão Nacional, conforme determina a melhor consciência civilizacional, ao serviço de um país, para os seus grandes «heróis» . Ficam aqui estas imagens:
S.A.R. o Senhor D. Duarte Nuno, de Boa Memória. Homem determinado, corajoso e de suprema paixão por Portugal. Nobre como homem e em postura, não apenas pelos títulos. Foi alvo das mais diversas tentativas, pelo Salazarismo, de branqueamento e silêncio. Contudo, em nome de um Portugal livre e melhor, nunca deixou de enfrentar, por escrito, o Regime, sempre em desvantajosas condições financeiras, dada a apropriação dos bens da Sereníssima Casa de Bragança pelo Estado Novo, bens estes, em grande parte, anteriores à Dinastia de Bragança ter sido reinante em Portugal. Ainda hoje estes mesmos bens encontram-se na posse do Estado português. Haja decoro e justiça...
S.A.R. o Senhor D. Duarte Pio, o Estimado. Homem de bem, de carácter crível, culto, de trato fácil, benquisto pelo povo, de impressionante cultura e conhecimento acerca de Portugal e Ilhas (chegando a saber mais pormenores de regiões que os próprios habitantes locais). Como seu pai, de Boa Memória, nobre não apenas pelos títulos mas, sobretudo, na postura simples para com o seu semelhante, seja humilde ou não. Daí, toda a gente gostar dele, quiçá mesmo os seus opositores republicanos...
(...) mediante os constantes, sucessivos e novos fenómenos mediáticos, com os quais todos somos abordados diariamente, em especial pelo meio televisivo, não pudemos resistir em afastarmo-nos um pouco do assunto proposto, passando a visionar-lhe, talvez e deste modo, de um prisma generalista, dado que extravasa a Região, mas, simultaneamente, mais estrito uma vez que pretendemos focar a nossa incidência sobre a televisão como via de informação.
Assim, devemos começar por partilhar a nossa total indignação com o actual fenómeno noticioso de alguns jornais televisivos do horário nobre, que, em primeiro plano e essencialmente, só se reportam aos casos mediáticos que ocorrem presentemente, sejam eles, os casos "Moderna", "Felgueiras", "Casa Pia", etc. E como se não bastassem, temos de adicionar àqueles citados "fenómenos jornalísticos" mais alguns pequenos mas verdadeiros contos bombásticos de horror, como (e de forma meramente abstracta) o de fulano que apunhalou, por dez vezes, sicrano, ou, então, o da freguesia X onde foi encontrado um corpo não identificado, num campo com malmequeres, que pelos vistos lá jaz há cinquenta anos, e que foi descoberto pela Dna. Antonieta que, por acaso, ia lá a passar aquando da apanha de algumas flores para colocar no vaso da sua sala, etc, etc. Perguntamos então: será mesmo necessário assistirmos, diariamente, ao teor desta tipologia de notícias? O dia a dia deste país é isto? Não estamos a crer desvalorizar a necessidade e o conteúdo jornalístico de determinadas notícias, e muito menos do rigor, empenho e profissionalismo dos jornalistas que as elaboram, mas atendendo à cada vez maior escassez de tempo que todos nós dispomos para sermos informados, não estará a haver um desvio da orbita do que é essencial, ou seja, dos assuntos de fundo que relevam mais ao país, como os assuntos europeus, a economia, as finanças ou os problemas sociais existentes, aos quais é sempre necessário reflectir, por à discussão pública e arranjar melhores soluções (hoje muitas das vezes tratados em plano secundário)? Achamos, por isso, haver a necessidade prévia de enquadrar o teor dos factos a noticiar, com o âmbito do espaço a que importam, isto é, se são do interesse nacional, regional ou local, e, então, a partir daí fazer-se a selecção e exposição noticiosa.
Todavia, operando neste parágrafo um parêntesis, e ainda a propósito do "caso Casa Pia", não podemos deixar de salientar o quanto achamos estar ténue a margem entre o poder jurisdicional e o poder político, isto sem descurar do papel interpretado pelos média, a quem muitos designam de 4.º poder. Ora, num Estado de direito como o que nós vivemos, onde uns dos seus principais pilares é precisamente o princípio da separação de poderes, mas também o dever de informar, deixaríamos, então, ao critério de apreciação do leitor, se entende estar a ser prestado, por alguns média, um bom serviço à comunidade ao "pressionar" massivamente, com perguntas, juízes que têm a missão de defender o segredo de justiça (...) ? Também não deveriam existir limites legais à divulgação noticiosa? Como se consegue divulgar dados de um processo sujeito a segredo de justiça? Se por um lado existe o dever de informar pelos órgãos de comunicação, também não há o dever ético de deixar os senhores magistrados terem a tranquilidade necessária para poderem decidir este caso já de si de enorme responsabilidade, quer para eles, quer para os arguidos? (...) Não existem tantos arguidos por este país, que após serem revistas as suas medidas de coação, ou decretar-se, por instância superior, a ilegalidade das suas prisões preventivas, virem a ser libertos, conforme os trâmites normais da justiça num regime democrático, e não serem motivos de notícia? Então, qual a intenção de alguma comunicação social nesta citada situação do "caso Casa Pia"? Informar apenas? (...) Em suma, e acerca deste caso, entendemos ter havido um bom serviço prestado pelos média na descoberta dos eventuais crimes envolvidos, porém, e a partir desse momento, devem ser as entidades competentes por direito a conduzir o processo, uma vez que a justiça faz-se é no foro e não nas travessas das ruas. Pelo que deve haver, por determinados órgãos de comunicação social, moderação no espírito de divulgação noticioso, bem como, moderação em alguns responsáveis políticos e não políticos nas suas declarações públicas.
Retomando a nossa exposição, pensamos igualmente estarmos todos a ser, e já há um certo número de anos, os receptores de um fenómeno de transmissão de pura negatividade informativa, que nos é incorporada, em especial, pela televisão, em virtude de ser um meio áudio e visual e por isso mais impressivo. Julgamos, assim, que este fenómeno é um dos principais responsáveis pelo desacreditar e destabilizar da auto estima da Nação, que mais do que nunca precisa acreditar na retoma e na reentrada do comboio da Europa, país este que tem potencial e que, outrora, já o demonstrou, acreditando até para além da então realidade, colhendo por isso o reconhecimento da História, e referimo-nos, a título de exemplo, à fase dos Descobrimentos.
A verdade é que inconscientemente este fenómeno negativista está presentemente a materializar-se em todos nós e, consequentemente, a reflectir-se nos nossos modos de vida. Há que dar a volta a tudo isto, há que começar a introduzir confiança e auto estima em todos nós, nós que somos confrontados quase exclusivamente com as ditas "más noticias" (entendam-se com o teor que já designámos de negativista, nada se referindo à sua qualidade). Basta de se falar de "sangue" e intrigas! Entendemos haver a necessidade de alguns canais televisivos, que são responsáveis pela transmissão de telejornais, reflectirem profundamente sobre esta questão, em especial sobre o fenómeno sociológico e, porque não, psicológico que lhe está inerente. Não estaremos perante a criação de um ciclo que estará a incutir na sociedade, por exemplo, um espírito de agressividade, de desconfiança para com o seu concidadão, e ressalvo, em especial, em escalões etários mais vulneráveis a este tipo de informação, já para não mencionar a violência que, em demasia, é passada em determinados telefilmes?
A este propósito tivemos um ilustre professor, homem sábio e com invulgar sentido de humor, que uma vez confrontado com uma questão de um aluno, que lhe perguntava que tipo de informação assistia na televisão, ele respondeu: «ora, com o meu pequeno comando de televisão, apenas vejo as “boas notícias” dos telejornais e o “Contra Informação”, e acreditem que fico bem informado». Acrescíamos a isso, e a título de sugestão a alguns directores de programação, porque não, por exemplo, das 19 às 20 horas serem transmitidos os telejornais das "más noticias ou ditas negativistas", e depois, das 20 às 21 horas os telejornais das "boas noticias". Assim a prestação de serviço público, por todas estações, estaria assegurado, uma vez que permitia, democraticamente, o telespectador escolher a informação que pretendia. Então…vamos a isto?! Com franqueza…
Para finalizar, e face ao descrito, genericamente entendemos que o mais essencial conteúdo jornalístico, está hoje concentrado, em especial, na rádio, em alguns jornais e, rara excepção, em alguns telejornais. Devemos por isso salutar a generalidade dos comunicadores de informação, que por rádio, jornal ou televisão mantêm o necessário equilíbrio e adequação informativa, conseguindo a boa proximidade pela qual nós lhes possamos confiar a nossa necessidade de informação e não a de emoções fortes.
«Se mandarem os Reis embora, hão-de tornar a chamá-Los» (Alexandre Herculano)
«(…) abandonar o azul e branco, Portugal abandonara a sua história e que os povos que abandonam a sua história decaem e morrem (…)» (O Herói, Henrique Mitchell de Paiva Couceiro)
Entre homens de inteligência, não há nada mais nobre e digno do que um jurar lealdade a outro, enquanto seu representante, se aquele for merecedor disso. (Pedro Paiva Araújo)
Este povo antes de eleger um chefe de Estado, foi eleito como povo por um Rei! (Pedro Paiva Araújo)
«A República foi feita em Lisboa e o resto do País soube pelo telégrafo. O povo não teve nada a ver com isso» (testemunho de Alfredo Marceneiro prestado por João Ferreira Rosa)
«What an intelligent and dynamic young King. I just can not understand the portuguese, they have committed a very serious mistake which may cost them dearly, for years to come.» (Sir Winston Leonard Spencer-Churchill sobre D. Manuel II no seu exílio)
«Everything popular is wrong» (Oscar Wilde)
«Pergunta: Queres ser rei?
Resposta: Eu?! Jamais! Não sou tão pequeno quanto isso! Eu quero ser maior, quero por o Rei!» (NCP)
Um presidente da república disse «(...)"ser o provedor do povo". O povo. Aquela coisa distante. A vantagem de ser monárquico é nestas coisas. Um rei não diz ser o provedor do povo. Nem diz ser do povo. Diz que é o povo.» (Rodrigo Moita de Deus)
«Chegou a hora de acordar consciências e reunir vontades, combatendo a mentira, o desânimo, a resignação e o desinteresse» (S.A.R. Dom Duarte de Bragança)
«Depois de Vós, Nós» (El-Rei D. Manuel II de Portugal, 1909)
«Go on, palavras D'El-Rey!» (El-Rei D. Manuel II de Portugal)