Este é um microcosmo apartidário embora ideológico, pois «nenhuma escrita é ideologicamente neutra*»

*Roland Bartes

Intros: 1 2

domingo, 31 de julho de 2022

O porquê do povo ser essencialmente monárquico

«Um comentador dizia um dia destes que o almirante Gouveia e Melo está bem colocado para vencer as próximas eleições presidenciais, "mesmo sendo militar".
Ora, eu diria exatamente o contrário: "por ser militar".
A imagem dos políticos está muitíssimo desgastada.»


Os portugueses procuram desesperadamente independência, idoneidade e alguém que signifique união, patamar que nas três repúblicas apenas o Sr. General Ramalho Eanes alcançou, através dos seus dois mandatos e, sobretudo, do seu exemplo ímpar que ainda hoje perdura. Ele, como Presidente da república não foi um habitual ator a representar um papel. Diversamente aos demais políticos PARTidários que, infelizmente, também estiveram no cargo mais elevado, assumiu, de facto e no essencial, o verdadeiro papel que os nossos Reis, por mais de 7 séculos, assumiram no geral bem: ser um efetivo representante dos portugueses, sem cor partidária, por preparação, mérito e por respeito dos próprios que representava e sempre, sempre, aclamado pelo povo que somos todos nós.

É óbvio que a república ao baixar o nível das elites pensantes comparativamente ao nosso passado monárquico, para obviamente manterem o povo sob controlo da sua mediocridade, interesses, agendas, lóbis, vaidades pessoais e dos seus arautos (..."boys" como usualmente se diz), equacionar uma reversão para um regime de nível mais elevado como já fomos e como continuou numa Noruega, Suécia, Dinamarca, Espanha, Inglaterra, Japão, Austrália, tornou-se muito difícil e torpo.

Em alternativa, e o melhor que se consegue, nesta república dita portuguesa, são os militares, eles, ainda assim, acabam por ser a mais pálida parecença com um Rei. Em suma, e em falta do melhor, antes o Almirante. Que assim seja.

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A face pela 3.ª vez

Eu sigo Cristo e pecadores Santos arrependidos, nomeadamente como São Pedro e São Paulo. Eles edificaram a Santa Igreja com amor, pacifismo mas também com radicalidade. Ou seja, estavam dispostos a morrer pelo que acreditavam. Eles, ao contrário de outros, entraram na Santidade sem agendas e aquela foi surgindo, divinamente, neles pela ação de Deus, passando de pecadores a santos e não o processo inverso ou, mesmo, sem processo algum, saliente-se com muita atenção.

Em comum eles eram radicais, várias são as passagens bíblicas que o provam, sabendo que o radicalismo não se deve confundir com a violência ou aquele ter só aquela manifestação ou ação.
Não é com conversas polidas e dúbias que se salva a Santa Igreja - 
Não vejo qual é o problema? Na história da Igreja sempre houve a lista dos Papas e a dos antipapas. A diferença está que a Igreja de outrora tinha força e a de hoje está fraca porque infiltrada indisfarçavelmente.

Sabiam que já tinha havido um João XXIII anti papa? Então porque Roncalli adotou esse nome? Porque estava indicado o Cardeal Siri para ser Papa, pelo Santo Padre Pio XII, e após dois fumos brancos no Conclave de 1958, estranhamente cancelados, aparece João XXIII na varanda e o "projeto" do Vaticano II?!

Porque não excomungam pseudo padres como, por exemplo, Anselmo Borges, que blasfemam vilmente diversas vezes na comunicação social (ex. no Expresso) e, inversamente, o estão Cardeal Ratzinger excomunga um homem santo, que levou Cristo a milhares de africanos, que construiu escolas, hospitais, etc, e era amado pelos muitos que evangelizou como era o Arcebispo Marcel Lefebvre? Sejamos puros, era um homem que não compactuava com o que se estava passando, seguia fielmente Deus, sabia bem o que estavam preparando e ele era influente...

Como costumo dizer, Cristo deu a outra face...mas não disse para voltarem a bater-lhe pela terceira vez. Eu não colaboro com o que se está a passar.

Porém, apesar daquilo que presentemente nos rodeia e, cumulativamente, ter o problema de ter de educar, em Cristo, duas filhas neste labirinto hodierno, em que sinto a necessidade de lhes dar o melhor do que se aproveita (restam alguns bons padres), situação que não se colocou tão dramaticamente aos meus antepassados em relação à minha própria educação, estranhamente, a minha fé Nele não desvanece, antes pelo contrário, fortificou-se pois sinto, a cada dia, a obrigação de defender o que Ele realmente nos legou.

Pax Christi

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A retoma do Progresso

«Quão insondáveis são os juízos do Senhor, quão inescrutáveis são os Seus caminhos...»

(II Samuel 7:18).

O caso Dobbs vs JWHO levou o Supremo Tribunal dos Estados Unidos a decidir rejeitar dois precedentes judiciais, Roe vs Wade (1973) e Planned Parenthood vs Casey (1992) revertendo a decisão do aborto geral no País num modo de responsabilização dos políticos, sabendo que existem muitos Estados, e bem, anti aborto.

Ora, esta semente do bem foi deixada antes do senhor infra ser escorraçado pela "Democracia", ou a alegada pesagem, qual quilograma, de votos suspeitos, concretizada pela difícil formação do novo painel de juízes daquela instância judicial.

Católicos, apelemos à consciência e, sendo justos, quem fez mais pelo futuro, pelo humanismo e até pelo cristianismo, abrindo, objetivamente, a reversão da exterminação de seres humanos não nascidos, com ondas de choque relevantes? Foi este senhor infra ou o Vaticano II? Quem operou efetivamente, melhor e no essencial, em nome de Deus? Deixemo-nos de mais paleio e contornos para justificar aquilo que já é claro aos olhos de qualquer um...

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Restauração?

A ortodoxia matou Cristo por não querer a Verdade, tal como o progressismo está próximo de matar a Santa Igreja pelo mesmo motivo.
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Van Goh: "acreditemos que Deus nos dará as suas recompensas"

Kenneth Clark, antigo Diretor do National Gallery, tem descoberto uma faceta literária do génio da pintura Vincent Van Gogh que, indubitavelmente, tem elevado a sua expressão artística a um patamar não antes conhecido.

Muito do material escrito e presentemente aprofundado, revela-se por cartas trocadas com o seu estimado irmão Theo.

Fica um excerto:

«Ora et labora, façamos o nosso trabalho diário, tudo o que a mão encontre para fazer, com todas as nossas forças, e acreditemos que Deus nos dará as suas recompensas, pois essa parte não será tirada àqueles que Lhe pedem


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Isabel Díaz Ayuso

«Uma mulher ser primeira-ministra de Espanha terá de ser pelos seus méritos e qualidades, não por ser mulher.»

Isabel Díaz Ayuso


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Acreditar

«Como nenhum político acredita no que diz, fica sempre surpreso ao ver que os outros acreditam nele.»

Charles de Gaulle, estadista (in Público, 1/7/2022, a pág. 11)


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SELECTION SOUNDZZZzzz!

 

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Aqui sou levado a concordar com o "camarada"

«O discurso do excesso identitário é um mau serviço ao combate à homofobia e ao racismo, como cada vez mais gente percebe.»

José Pacheco Pereira, Historiador in Público 16/7/2022.

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sábado, 9 de julho de 2022

«Amo o pobre, amo o rico, amo a todos no Senhor»

«(...) amo o pobre, amo o rico, amo a todos no Senhor (...).»

Monsenhor João Maurício de Amaral Ferreira, numa das suas últimas Cartas.
Antigo Reitor do Santuário do Senhor Santo Cristo.

No Evangelho deste domingo fala-se da parábola do Bom Samaritano. Ou seja, fala-se de compaixão (não confundir com ter pena), mas não de pobreza, pois todos os intervenientes, à eventual excepção dos salteadores, afiguram-se como tendo posses. Ou seja, nunca é aludido o conceito desvirtuado daqueles que têm pouco ou nenhum "capital", tal como as novas orientações marxistas infiltradas conseguiram, finalmente, generalizar, deixando cair por terra o verdadeiro conceito cristão, dos pobres de espírito, sejam ricos ou não.

Cristo andou com todos, mas inequivocamente evidenciou mais preocupação com a salvação dos primeiros, daí o paralelismo do camelo e da agulha e do jovem rico.

A Bíblia é clara:

«Bem-aventurados os pobres em espírito, pois deles é o Reino dos céus.»

Mateus 5:3-12

Obra: “O Bom Samaritano”
Autor: Vincent Van Gogh
Material: Óleo sobre tela
Dimensões: 73 x 60 cm
Localização: The Kröller-Müller Museum, Otterlo, Reino da Holanda.


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domingo, 3 de julho de 2022

Richard Jewell

Inequivocamente há pessoas que, sem prejuízo da sua infinita dignidade humana, por cá andam a fazer pouco, pior, defendem matérias absolutamente irrelevantes e, até, ridículas comparativamente a outras tão mais prioritárias. Clint Eastwood, não pertence a esse grupo. Atrever-me-ia mesmo em ir para além da sua superior qualidade como realizador e colocá-lo como um homem fundamental que melhora o nosso dia a dia e, simultaneamente, já no domínio da sua profissão, como um cineasta que nos enche plenamente com a mais refinada estética, ou seja, a estética dos valores, do essencial na nossa sociedade, em suma: do espírito que, em última racio, é também a (verdadeira) arte.

Mais uma vez nesta película, Eastwood, preenche-nos por completo, toca-nos, defendendo aquilo que ao verdadeiro humanismo importa defender, ele continua sempre a procurar os heróis que estão entre nós ou, se quisermos ver de outro prisma, e para quem acredita: os anjos que nos rodeiam e que muitas vezes nem nos apercebemos estarem juntos a nós. Era como cantavam os ABBA: "I believe in angels...".


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O Reino Unido e a antecipação

Se há ponto que ninguém pode contradizer o Reino Unido ao longo de séculos é que sempre soube antecipar o futuro e, assim, tomar as decisões certas no devido tempo. Preparam-se bem politicamente. A História, sobretudo, a partir do século XVII, diz-nos isso.

Muito se criticou o Brexit, mas com ele os britânicos recuperaram a sua absoluta independência (...em especial da Alemanha e da ultra burocracia de Bruxelas) e, acima de tudo, o pleno controlo monetarista.
Ora, com as mudanças (não vou chamar de brutal crise) que vamos ser sujeitos, quero ver o que será de nós, ò Portugal, sobretudo, sem as necessárias reformas de vulto que há muito deviam ter sido operacionalizadas e com a Constituição de 76, ainda em vigência em pleno século XXI.

Uma coisa é certa, a História é generalizadamente cíclica e podemos, quase na certa, estar a viver, mutatis mutandis, os anos 20 do século passado...

Foto - Lagos Cid Manuel | Paris Match | Countour | Getty Images © Direitos reservados


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Energia: equilíbrio e soluções mistas

Energias verdes...blá blá blá...tal e tal...TRETAS.

Tendências para favorecer super potências como a China que domina, ao nível da produção, os metais finos, ultra cancerígenos para os pobres coitados dos que laboram com eles, em quase escravatura, para atingirem ainda mais lucros.

Há outras formas de sustentabilidade: equilibradas, mistas, não radicais e, sobretudo, menos aberrantes e poluentes.

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Estoirando a central de Almaraz, leva mais Lisboa que Madrid

Gerhard Schröder acabou com o "(eco) Nuc", sendo próximo do Presidente russo, Vladimir Putin, ex membro do conselho de supervisão da empresa de gás russa Gazprom, tendo-se afastado após a invasão da Ucrânia.

Entretanto, russos e chineses, vão-se entendendo, especialmente com um Biden, alegadamente, no poder ocidental.

Esta afirmação de Pedro Sampaio Nunes, distingue um verdadeiro ecologista de um falso ou de um ludibriado.

Imagem - In Nascer do SOL DE 18/6/2022, pág. 22.


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A relação perdida

A república, esse pesadelo em que vivemos desde 1910, acabou com esta inexplicável relação de alegria e respeito que unia a Grei ao Rei e vice-versa em Portugal. Nunca esquecer que antes de existir um povo, uma língua ou uma cultura, existiu primeiro um Rei.

Vendo e presenciando as multidões no casamento do Duque de Bragança, em 1995, com povo vindo de todo o país confluindo nos Jerónimos, apenas focados naquele evento especial, tal como eu, acredito, face à forma decrépita do atual regime que temos, que não nos transmite ânimo e alegria, talvez um dia Portugal regresse, por via referendária, como a Espanha, a uma Monarquia. Mas para isso precisamos de uma Constituição plenamente livre, menos ideológica e políticos a sério, i.e., verdadeiramente alinhados com o povo que somos todos nós portugueses.

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E o direito do pai?

Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG) ou Exterminação Fetal como é designada tecnicamente no UK.

Na ordem liberal, os pequenos seres humanos, a serem indefesa e impiedosamente mortos, são estripados com técnicas e peças absolutamente medievais em nome do corpo da mulher, como se a vontade futura deles tivesse alguma culpa por terem sido gerados. Em suma, a IVG além de contrariar o primeiro princípio de todos, o da vida, e em seguida o do humanismo, ou seja, de nos perpetuarmos na vida, em vez de se investir na formação quanto à gestão de um seio familiar, atalha-se pelo caminho mais fácil: assume-se o "problema" como um contracetivo e envereda-se pela via da morte do nascituro.

Porém, este processo da IVG que prevê o tal direito ao corpo da alegada mulher-mãe, não incorpora um direito para a outra parte que gera a vida de um novo ser humano: o do pai.

Ora, a natureza, por via do exemplo do Pinguim Imperador, ensina-nos. É o progenitor que aguenta o intenso frio na desova, é ele que choca o ovo até aquela nova e bela criatura nascer e defende-a contra tudo e contra todos, aguentando apenas os dois toda aquela agressividade, bem como a fome, enquanto a mãe, digna do seu género, em equipa com a sua família, está distante a procurar comida para que ambos não sucumbam.


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A realidade sobre o conservadorismo

Um conservador pode trazer o progresso de uma forma equilibrada e oportuna.

Um liberal não é, estruturalmente, de direita e pode não trazer, necessariamente, o progresso à sociedade.

Respetivamente o Japão vs Portugal (atual) traduzem com clareza a ideia supra.



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Gratidão

«A gratidão é um fruto de grande cultura; não se encontra entre gente vulgar.»

Samuel Johnson

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«Se mandarem os Reis embora, hão-de tornar a chamá-Los» (Alexandre Herculano)

«(…) abandonar o azul e branco, Portugal abandonara a sua história e que os povos que abandonam a sua história decaem e morrem (…)» (O Herói, Henrique Mitchell de Paiva Couceiro)

Entre homens de inteligência, não há nada mais nobre e digno do que um jurar lealdade a outro, enquanto seu representante, se aquele for merecedor disso. (Pedro Paiva Araújo)

Este povo antes de eleger um chefe de Estado, foi eleito como povo por um Rei! (Pedro Paiva Araújo)

«A República foi feita em Lisboa e o resto do País soube pelo telégrafo. O povo não teve nada a ver com isso» (testemunho de Alfredo Marceneiro prestado por João Ferreira Rosa)

«What an intelligent and dynamic young King. I just can not understand the portuguese, they have committed a very serious mistake which may cost them dearly, for years to come.» (Sir Winston Leonard Spencer-Churchill sobre D. Manuel II no seu exílio)

«Everything popular is wrong» (Oscar Wilde)

«Pergunta: Queres ser rei?

Resposta: Eu?! Jamais! Não sou tão pequeno quanto isso! Eu quero ser maior, quero por o Rei!» (NCP)

Um presidente da república disse «(...)"ser o provedor do povo". O povo. Aquela coisa distante. A vantagem de ser monárquico é nestas coisas. Um rei não diz ser o provedor do povo. Nem diz ser do povo. Diz que é o povo.» (Rodrigo Moita de Deus)

«Chegou a hora de acordar consciências e reunir vontades, combatendo a mentira, o desânimo, a resignação e o desinteresse» (S.A.R. Dom Duarte de Bragança)

«Depois de Vós, Nós» (El-Rei D. Manuel II de Portugal, 1909)

«Go on, palavras D'El-Rey!» (El-Rei D. Manuel II de Portugal)