Este é um microcosmo apartidário embora ideológico, pois «nenhuma escrita é ideologicamente neutra*»

*Roland Bartes

Intros: 1 2

domingo, 26 de julho de 2020

Once Upon a Time in...Hollywood

Estou mais tranquilo quando o Jack (Nicholson) partir, o que espero que não seja para breve e que ele tenha muita saúde. Contudo, quando esse dia chegar, ele tem, no Leonardo, sucessor à altura, embora num estilo também muito próprio.

O Pitt mereceu o Oscar, com uma brilhante interpretação e condução pelo realizador.

Argumento e realização, pouco a dizer... com Tarantino o zero ou mesmo partir do negativo, do prisma de contar/criar uma história, é um caminho que, normalmente, termina em obra prima, processo ao alcance de quase nenhum presentemente.

A atitude, o impensável, a inovação e a simplicidade de Tarantino suplantam ideologias bolorentas e bacocas, sobretudo, aquelas que imperam incoerentemente em Hollywood.


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terça-feira, 21 de julho de 2020

MONARQUIA = SUPRA-PARTIDÁRIA

Felipe González e Olof Palme eram convictos monárquicos e socialistas.

Só num País que se atrasou como o nosso é que as elites brojessas dominantes, para se governarem e para enganarem o povo, fizeram querer que a Monarquia só existe à direita. Falso. Vamos acordar!

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domingo, 19 de julho de 2020

MÁSCARAS

«Ah. The direct approach. I admire that in a man with a mask.»

Extraído do filme do mestre do cinema, Tim Burton, na sua obra prima de graphic novel, 'Batman Returns', 1992, em que Danny DeVito, na personagem Pinguim, se dirige a Michael Keaton, o Batman.

Mesmo no atual cenário, o uso de máscaras, qualquer que seja a sua tipologia, fora do contexto de áreas pequenas e fechadas, sem arejamento natural e com pequenos aglomerados de pessoas, bem como transportes públicos, é uma perfeita estupidez. Colocando de outra forma, é dar ganho a quem quer lucrar às custas de terceiros. Usar uma máscara em plena rua, com ar (sem descurar do precioso vento) em substantiva quantidade, num ambiente azórico que, felizmente, ainda vai existindo muita arborização, roça o ridículo.

Hoje, ao fim do dia, tendo ido fazer algumas compras necessárias à vida quotidiana, rapidamente apercebi-me, tal modo era vasta a conversa por onde passava, por vários testemunhos, que o uso de máscaras pode ser, inclusive, fora do domínio da COVID-19, mais perigoso em termos propagadores de outras doenças, atendendo, por exemplo, a um cenário, facilmente, originado pela criação bacteriológica numa máscara, usada por longos períodos de tempo, até mesmo esterilizada e assim também colocada, por melhor que ela seja. Importa, igualmente, nunca esquecer que uma máscara, por regra, é fabricada em materiais sintéticos...(feltros, fibras, tecidos, etc). Ver a título de exemplo este vídeo a partir do minuto 19'.

No estrito contexto da COVID-19, é como também diziam os aludidos testemunhos dos vários cidadãos que pude auscultar hoje: "é tira máscara, é põe máscara, mãos inevitavelmente sujas nas idas aos supermercados, pega nos produtos, paga com o dinheiro, faz o ajuste na máscara que ficou desajustada do nariz ficando, assim, perto daquele órgão e dos olhos, etc, etc."

Face ao exposto, entendo que o melhor a fazer neste âmbito, e usando a expressão anglo saxónica de 'back to basics', ou seja, será usar máscaras em zonas confinadas e sem arejamento natural (ver a propósito este objetivo estudo japonês sobre a densidade das micro-gotículas e como elas podem ser contornadas, por períodos de tempo curtos e bem intervalados, especialmente no caso dos heróis que atendem, alguns ainda com um sorriso, ao público, caixas, etc, eventualmente, usando rotatividade, e nos demais casos, naqueles que trabalhem em open space/plan ou gabinetes arejados, aplicarem-se-lhes apenas as medidas de distanciamento aconselhadas pelas autoridades de saúde e não usarem, de todo, máscaras. Rotatividade em teletrabalho ou mesmo em absoluto, conforme referia ontem a respetiva Ministra.

Máscaras em crianças, digo apenas isto...PODE SER FATAL!


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sábado, 18 de julho de 2020

«Achei que se alguém tinha de morrer seria eu»

Stan Lee, grato pelo teu legado e pela tua incessante tentativa de procurar enriquecer a nossa imaginação e de desafiar a fronteira dela com a realidade, bem como de regar a nossa coragem e, acima de tudo, de que é possível haver heróis nos nossos dias.

Este herói de 6 anos percebeu o teu legado pelos filmes da Marvel, eu, aos 9, pelas revistas que comprava, da mesma entidade e editada pela Abril em Portugal, no quiosque do Sr. David, um inimitável e imortal brasileiro judeu, todas as semanas, ao lado da Escola Roberto Ivens. A minha mãe ficava fula comigo... mas julgo que hoje o investimento valeu a pena.

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sexta-feira, 10 de julho de 2020

O N.º 9 - AS IMAGENS NÃO ENGANAM: NÃO HÁ CORES DE PELES, HÁ SENTIMENTOS.

Hoje fazem quatro anos que isto aconteceu.

Em 1966, ‘Os Magriços’ alcançaram, na época do “terror” salazarista, o terceiro lugar no respetivo Mundial na Inglaterra, formando uma das poucas equipas, se não mesmo a única europeia, que tinha vários pretos (…sim porque se sou branco, negro é discriminatório na minha opinião*). A Inglaterra, por exemplo, essa muito antiga democracia, apenas tinha brancos no plantel, mas aquele terrível regime salazarista, tão negativamente adjetivado, que tudo, mas tudo fez de mal, tinha vários portugueses de cor de pele escura, dita preta, na equipa, como hoje continuam, e muito bem, a existir como exemplos vivos de sã igualdade.

A amizade entre eles, aqueles jogadores de diferentes raças e etnias que venceram, em 2016, o Europeu de Futebol, devia servir de exemplo para muito preconceituosos e verdadeiros racistas, porquanto são exemplos práticos e vivos de que esse aspeto fulcral suplanta a cor da pele, sendo um enorme orgulho que em Portugal assim seja e tenha sido.

A forma como a MAIORIA dos portugueses receberam a Seleção Nacional em 1966 e em 2016, em especial o Eusébio e o Éder, demonstra bem o racismo estrutural que temos há muitos anos por cá em Portugal, fazendo de nós, perante uns EUA, uns horrendos monstros…

Obrigado Éder, Eusébio, Mário Coluna, Eliseu, Danilo, João Mário, William Carvalho, Renato Sanches, Nani, Quaresma e muitos e muitos outros que defenderam, durante anos, a essência do nosso especial Portugal, sendo eles seres humanos com exata e igual dignidade à minha, apenas de raça, cor ou etnia diferentes.

Por fim, e para aqueles que, em particular, criticaram o Éder à data por ser o “patinho feio” do grupo, porquanto não tinha a “qualidade” dos seus restantes colegas convocados em 2016, o Homem Lá De Cima, respondeu-lhes dando-lhe, merecidamente, a eternidade terrena na consciência dos portugueses de hoje e do futuro…e se repararem na forma milimétrica como foi decidido o encontro não andarei muito longe da alegada frase metafísica que aludi.

Há uma diferença entre nós portugueses em geral para o #blacklivesmatter, é que o segundo quer fazer à força, mesmo que seja um criminoso (…embora ilegítima e barbaramente morto por um assassino), uma pessoa fulcral e exemplar; enquanto em Portugal um rapaz que foi viver para o orfanato porque o pai matou a mãe (…como também acontece com muitos brancos no nosso País há anos) não precisou de ser criminoso, nem tão pouco de ajudas para se impor na vida. Fez por si. Hoje esse rapaz do orfanato, que certamente fez amigos brancos na mesma instituição que o formou e o formou bem, através de técnicos competentes e esmerados, sem pai nem mãe de sexos diferentes... ou de sexos iguais, é reconhecido por todos, é um símbolo de Portugal um pouco como o Eusébio também fora antes dele e nós gostamos muito deste rapaz e o prestigiamos. Essa é, essencialmente, a diferença.

* No inglês preto significa “black” e «“nigger” é um insulto racial, geralmente direcionado a pessoas negras. O insulto provavelmente surgiu no século XVIII como uma derivação da palavra negro da língua espanhola e da língua portuguesa, descendendo do adjetivo em latim niger, que significa negro».

In Pilgrim, David (setembro de 2001). «Nigger and Caricatures». Ferris State University. Consultado em 15 de janeiro de 2019.


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Humanidade, sempre!

«Lembra-te da tua humanidade e esquece o resto.»

Bertrand Russel
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terça-feira, 7 de julho de 2020

Becker Forever!

Fazem hoje, precisamente, 35 anos que o ténis mudava para sempre.

Becker, na ‘Catedral’ do ténis, tornava-se, então, com apenas 17 anos, o mais jovem vencedor de sempre de Wimbledon e de um Torneio do Grand Slam.

Com essa vitória nascia uma das maiores estrelas do ténis mundial e um dos melhores tenistas de sempre, mas, sobretudo, nascia um novo tipo de ténis, um ténis completo e moderno.


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segunda-feira, 6 de julho de 2020

sábado, 4 de julho de 2020

A VOZ DA VERDADE

«Vives num mundo de unicórnios».

Diz quem vive nele e num mundo cor de rosa, a quem vive na realidade. 

Esta grande mulher preta, como ela própria se descreve quanto à cor da sua pele, que disse a verdade, nua e crua, tal e qual como ela é e a quem presto o meu respeito e faço-lhe uma merecida vénia.

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sexta-feira, 3 de julho de 2020

O local por onde São Miguel começou

Quando as coisas eram justas e bem feitas, num regime em condições.


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quinta-feira, 2 de julho de 2020

Não gosto do personagem, mas isto é bonito

«Quando ouço Amália duvido do meu ateísmo.»

Pedro Marques Lopes, há pouco no 'Eixo do Mal'.

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quarta-feira, 1 de julho de 2020

Democracia: maiorias e liberdade

A Democracia é um conceito que envolve dois pilares: maiorias e liberdade.

Através do segundo pilar é necessário o primeiro não desrespeitar as minorias.

Porém, será desvirtuar a Democracia quando o inverso acontece, ou seja, as minorias imporem-se às maiorias, controlarem-nas e subjugarem-nas. Aí, quando chegamos a esse ponto, já não estamos em Democracia.

No ocidente todas as Monarquias são Democracias, as segundas nasceram nas primeiras e hoje estão no seu estado mais puro e evoluído nos regimes monárquicos.


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«Se mandarem os Reis embora, hão-de tornar a chamá-Los» (Alexandre Herculano)

«(…) abandonar o azul e branco, Portugal abandonara a sua história e que os povos que abandonam a sua história decaem e morrem (…)» (O Herói, Henrique Mitchell de Paiva Couceiro)

Entre homens de inteligência, não há nada mais nobre e digno do que um jurar lealdade a outro, enquanto seu representante, se aquele for merecedor disso. (Pedro Paiva Araújo)

Este povo antes de eleger um chefe de Estado, foi eleito como povo por um Rei! (Pedro Paiva Araújo)

«A República foi feita em Lisboa e o resto do País soube pelo telégrafo. O povo não teve nada a ver com isso» (testemunho de Alfredo Marceneiro prestado por João Ferreira Rosa)

«What an intelligent and dynamic young King. I just can not understand the portuguese, they have committed a very serious mistake which may cost them dearly, for years to come.» (Sir Winston Leonard Spencer-Churchill sobre D. Manuel II no seu exílio)

«Everything popular is wrong» (Oscar Wilde)

«Pergunta: Queres ser rei?

Resposta: Eu?! Jamais! Não sou tão pequeno quanto isso! Eu quero ser maior, quero por o Rei!» (NCP)

Um presidente da república disse «(...)"ser o provedor do povo". O povo. Aquela coisa distante. A vantagem de ser monárquico é nestas coisas. Um rei não diz ser o provedor do povo. Nem diz ser do povo. Diz que é o povo.» (Rodrigo Moita de Deus)

«Chegou a hora de acordar consciências e reunir vontades, combatendo a mentira, o desânimo, a resignação e o desinteresse» (S.A.R. Dom Duarte de Bragança)

«Depois de Vós, Nós» (El-Rei D. Manuel II de Portugal, 1909)

«Go on, palavras D'El-Rey!» (El-Rei D. Manuel II de Portugal)