Braga, 01 de Junho de 1996, em plena saída da Sé do Baptizado de Sua Alteza Real O Augusto e Sereníssimo Príncipe Dom Afonso de Santa Maria Miguel Gabriel Rafael de Herédia de Bragança, a enorme multidão ali reunida seguiu a Família Real, todos tomados por uma alegria indescritível, unidos sem que se pudesse sentir qualquer separação de "classes", pois em torno daquela alegria essas categorizações deixam de existir. Muitos gritavam frases de júbilo.
Como foi referido, muitos eram os presentes (nós enquanto estudantes universitários). Movidos por livre iniciativa. Ninguém foi mandado ir lá. Tudo de bem se gritava a favor da Família Real, ali presente com todos: Viva o Rei ! Viva o Senhor D. Duarte! Viva o Príncipe! Viva a Senhora Duquesa de Bragança! Houve até quem gritasse Viva D. Afonso VII! Etc, etc. Enfim, uma sã euforia que não é possível descrever em palavras.
Contudo, é neste cenário que ocorre um facto que até hoje nos recordamos e iremos guardar até ao fim dos nossos dias, como um dos fortes motivos para manter a genuína e integra convicção do que é ser monárquico. Conforme foi referido, o ambiente era de total festividade com os mais elevados brados de satisfação. A dado momento um "seguidor", anónimo, da Causa Real, quiçá mais "entusiasmado", decide bradar: «abaixo a república!» De entre aquelas várias centenas de pessoas aglutinadas, geraram-se uns micro segundos de silêncio, e na consciência de cada um, ali reunido, deve ter sido formulada a questão: e agora, o que vai ser ? Resposta: o óbvio dos monárquicos. Uma colectiva vaia àquele "seguidor" menos feliz. Naquele dia surgiu uma confirmação "no terreno": ser monárquico não é estar contra alguém (in casu os republicanos), é ser-se a favor de alguém (in casu o Rei), sempre numa constante atitude positiva.
Daí que não restem dúvidas acerca dos tempos que se viveu em república: são quase 100 anos de vivência num regime muitíssimo diferente do que era o são espírito de viver com uma Família Real reinante. Registe-se que o republicanismo não deixou de ser um conceito teórico de melhoria da democracia, mas que, na prática, tem se revelado o oposto a isso, pois um Chefe de Estado em Portugal não pode emanar da estatística dos votos, sob pena de estar a prejudicar essa mesma democracia, dada a ambiência de facção que gera. Ora, com os mais recentes (e inevitáveis) contornos que a III República tem tomado, ao ter-se eleito sucessivos presidentes ex-líderes de partidos, revela o quanto nós temos andado, desde 1910, no sentido inverso ao progresso necessário.
Bem hajam todos os resistentes monárquicos que, mesmo sob as mais infames calunias e construídos desânimos, se mantêm firmes, sabedores que o tempo lhes dará razão no que é melhor para Portugal. Todos estes blogues podem, para alguns menos atentos e esclarecidos, aparentar não ter interesse imediato para Portugal, pois não estar-se a debater um assunto que (hoje) não está na "agenda" mediática. É precisamente o inverso. Temos de começar pelo essencial, por discutir o básico, pois só a partir daí poder-se-á partir para o específico (o regime técnico, o Reino em vez da república) e assim resolver o verdadeiro problema da paulatina submersão de Portugal, e esse chama-se república e dura desde 05/10/1910.
Post Scriptum: Enquanto monárquicos, que espírito é este que nos move, que nos torna de bem com os outros, que nos torna felizes, que nos transporta para o patamar de deixar de ver "cores" partidárias e ver toda a gente por igual ?! Que res pública é esta que existe há tantos anos, mas continua a ser tão magnifica e actual enquanto sistema de Estado ?! Viva à Monarquia !
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