Este é um microcosmo apartidário embora ideológico, pois «nenhuma escrita é ideologicamente neutra*»

*Roland Bartes

Intros: 1 2

terça-feira, 31 de maio de 2022

As mulheres de York

Estive e estou a acompanhar duas interessantes séries na Netflix, respetivamente, sobre duas mulheres da Casa de York, uma mãe e uma filha, ambas foram Rainhas de Inglaterra.

Comecei por ver "A Princesa Branca" (a filha) e, presentemente, a "A Rainha Branca" (a mãe), brancas pois sustentavam a Rosa Branca, símbolo máximo da Casa de York.

Na minha modesta opinião, e tirando o enorme valor de Carlos V de Inglaterra, Rei da Casa de Lencaster, da Rosa Vermelha, a Casa de York acaba por ter mais sentido ser e continuar ser a legítima casa prevalecente naquela época, da dinastia Plantageneta, pois o reinado de Henrique VI, filho de Carlos, foi um enorme desastre para os ingleses e era preciso fazer algo (pois a França ameaçava a independência inglesa através de sua mulher francesa que era quem geria o País efetivamente).

Infelizmente os York acabariam por ser destronados pela Casa de Tudor (emanada torpemente da Casa de Lencastre), com Henrique VII a derrubar indignamente, em batalha, o último Rei de York, Ricardo III.

A Casa de Tudor foi responsável, até hoje, por muitas mortes causadas pela segregação de católicos e protestantes, da responsabilidade por Henrique VIII, pelo "elevado" motivo de saias e mortes de muitas das suas mulheres.



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OGE 2022 | Sem reformas

O Orçamento Geral do Estado fica aquém do essencial: reformas.

Na Administração Pública, por exemplo:

- Reduzir o peso da AP com reformas antecipadas, na totalidade dos direitos/vencimentos e, assim, valorizar e motivar os quadros existentes (...não é aumentando os salários a todos que se resolve o problema, só o agrava), bem como reverter as progressões a 10 anos com menos pessoal, à semelhança do que fez o Prof. Cavaco Silva na sua grande reforma legislativa de 89 (objetivamente quem mais fez pelos ex funcionários públicos desde do o 25/4, sendo Sócrates o maior causador do cenário que temos hoje com a legislação de 2008, o verdadeiro carrasco para os servidores públicos);

- Produzir uma nova Lei Geral em Funções Públicas, que justamente volte a equiparar todas as carreiras, ou seja, as especiais e as gerais, sobretudo, do prisma dos vínculos, bem como que repense a forma simplista que, em 2008, se reduziu a apenas 3 as categorias nas gerais;

- Desburocratizar o labiríntico sistema de avaliações, substituindo-o por um mais simplificado, ágil e lógico. Ao contrário daquilo que alguns autores defendem, em rigor o setor público será sempre distinto do privado, os objetivos são distintíssimos, não podendo haver abruptas misturas...nem tudo é mau no público, mesmo porque os grandes descalabros no pós 25/4 têm provindo do setor privado (ex. BES);

- Agilizar e simplificar o sistema de recrutamento de novos trabalhadores para o setor público, mas sempre na lógica de quando houver, apenas, necessidades imperativas permanentes de mais pessoal e, assim, terminar com a contratação precária.

Nota Final - O Estado será sempre necessário para o bem de todos, contudo, deve ser menos burocrático (estranhamente vê-se mais plataformas e plataformazinhas, apps e eletrónica, mas, tirando umas raras exceções, e no geral, tudo tem ficado mais complicado do que simples), mais ágil, intervir no estritamente necessário e deixar a maioria para economia privada, mas sobretudo tem de ser um regulador e um moderador.
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Finalmente: uma análise séria

O Dr. Mário Soares faz aqui uma mui rigorosa análise política, científica e ideológica sobre o Prof. Salazar vs o Prof. Marcello Caetano.

De facto Caetano tinha uma ligeira índole fascista, fascismo que, de acordo com estudos mais recentes e independentes (do calor dos tempos idos), vem demonstrar uma base muitíssimo mais próxima da esquerda na sua verdadeira índole do que da direita pura, por ser de base proletária (aliás como o nacional socialismo também) tal como nascida com Mussolini.

Não é por menos que ministros de Caetano acabaram em governos socialistas (de Salazar nenhum), isso apesar do nível técnico e da categoria política daqueles ser, inconfundivelmente, superior que a generalidade dos quadros socialistas.

Salazar, por outro lado, não fascista, o grande responsável pela não consagração do fascismo na Constituição de 1933, embora fortemente pressionado internamente para o consagrar, i.e., na gíria, quiçá, o maior anti fascista que tivemos, era um homem que pensou Portugal para os portugueses, adotando um sistema de Cooperações (capitalista mas não liberal), embora assente numa ditadura, porquanto era necessária, primeiro para poder corrigir o erro que foi a 1.ª república e, segundo, para conter o bloco de Leste e a U.R.S.S. no auge e o seu KGB.


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Com o decorrer do tempo vai surgindo a verdade

"Marcello Caetano foi 'um político honrado, patriota, esforçado, competente e também injustiçado."
Dr. Joaquim Silva Pinto (1935-2022), licenciado em Direito, ex-Ministro das Cooperações e Segurança Social, professor no Instituto de Serviço Social, desempenhou diversos cargos públicos da área do trabalho, segurança social, reforma administrativa e obras públicas, tendo sido administrador de várias empresas.
Aderiu ao PS em 1991, por proposta do secretário-geral Jorge Sampaio, foi responsável pelo Fórum aberto a independentes e deputado na Assembleia da República, tendo depois se afastado do Partido "em oposição frontal a Sócrates".



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Nobreza, a verdadeira

«Não há nada nobre em sermos superiores aos nossos semelhantes.
A verdadeira nobreza é sermos superiores a nós próprios.»

Ernest Hemingway, escritor.

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SELECTION SOUNDZZZzzz!

Made in Portugal


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sábado, 7 de maio de 2022

Dune

É extremamente raro acontecer, mas há que assumir que a recente versão do 'Dune' do Denis Villeneuve é superior à do mestre David Lynch.


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Organização, Especialização e Mérito

Com organização, programação e as pessoas certas nos lugares certos, com experiência e saber nas organizações, enfim o mérito, tudo se consegue.

Quando se fala no "direito a desligar" ao nível comunitário, é porque a situação existe e, pior, está-se a tornar grave.

Enquanto, no geral, a falta de planeamento a imperar nas nossas organizações, o stress, o desânimo, o desinteresse, o cansaço, salários baixos, e, até, casos graves de problemas na saúde e nas famílias se repercutirão e o País não progride.

Há que começar a dar lugar ao mérito, à entrega ao trabalho e à experiência e menos aos lóbis e aos amiguismos. Para nós, portugueses, é já um perigo eminente de derrocada da III república, talvez já irreversível.

A definição dos limites do que é o setor privado do que é o público têm de ser redefinidos e emergir uma imperiosa e profunda REFORMA no nosso ancestral Portugal. O tempo começa a escassear.


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Gastou-se o latim e Babel voltou

Hoje o latim é considerada uma língua morta.

Porém, há um aspeto que não pode ser contrariado: era potencialmente a mais bela língua que alguma vez foi pronunciada na Terra, além de ter sido a mãe/base de muitas outras línguas, bem como o substrato de vastas obras sacro-artísticas, destacando a música cujo os resultados atingiam patamares próximos daquilo que poderíamos considerar celestial neste mundo. Bach é um entre muitos génios estéticos que se focaram em Deus.

A Santa Igreja, durante quase dois mil anos, usou essa língua, antes universal, fosse morta ou viva.
O esplendor da Igreja Católica deu-se em sincronia com aquela matriz de linguagem una, ou seja, com o latim.

Curiosamente, e de certo modo, pode ser observado um certo paralelismo simbólico a Cristo, ou seja, Alguém que morreu mas que, pela Sua Igreja, voltou à vida. Ora, durante muitos séculos o mesmo se passou com o nobre latim, uma língua que havia morrido mas que a Igreja mantinha viva e resplandecente.

Com Cristo e a Sua Verdadeira, Única, Católica e Santa Igreja, o latim era a antítese agregadora a Babel. Com o Vaticano II, Babel, meticulosamente, regressou.
Hoje o latim morreu definitivamente…


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No todo não há partes

A Monarquia é assim, no todo, no essencial, naquilo que nunca devemos deixar de estar unidos, não há partes.

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O politicamente (in)correto

«O politicamente correto é um eufemismo para continuarmos a ser coniventes com a mediocridade.»

António Carlos Cortez
Escritor, professor, poeta e ensaísta.
In Sol, Cultura, 14/4/2022, pág. 40.

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Chefiar

«Os lugares de chefia fazem maiores os grandes homens, e mais pequenos os homens pequenos.»

Jean de La Bruyère, escritor.

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Sem procuração do Povo

«O Povo às vezes tem-se revoltado por conta alheia. Por conta própria – nunca; nem mesmo lho consentiriam aqueles que o têm revoltado por interesse seu.»

- Eça de Queiroz in ‘Farpas’, pág. 18.


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SELECTION SOUNDZZZzzz!

 




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«Se mandarem os Reis embora, hão-de tornar a chamá-Los» (Alexandre Herculano)

«(…) abandonar o azul e branco, Portugal abandonara a sua história e que os povos que abandonam a sua história decaem e morrem (…)» (O Herói, Henrique Mitchell de Paiva Couceiro)

Entre homens de inteligência, não há nada mais nobre e digno do que um jurar lealdade a outro, enquanto seu representante, se aquele for merecedor disso. (Pedro Paiva Araújo)

Este povo antes de eleger um chefe de Estado, foi eleito como povo por um Rei! (Pedro Paiva Araújo)

«A República foi feita em Lisboa e o resto do País soube pelo telégrafo. O povo não teve nada a ver com isso» (testemunho de Alfredo Marceneiro prestado por João Ferreira Rosa)

«What an intelligent and dynamic young King. I just can not understand the portuguese, they have committed a very serious mistake which may cost them dearly, for years to come.» (Sir Winston Leonard Spencer-Churchill sobre D. Manuel II no seu exílio)

«Everything popular is wrong» (Oscar Wilde)

«Pergunta: Queres ser rei?

Resposta: Eu?! Jamais! Não sou tão pequeno quanto isso! Eu quero ser maior, quero por o Rei!» (NCP)

Um presidente da república disse «(...)"ser o provedor do povo". O povo. Aquela coisa distante. A vantagem de ser monárquico é nestas coisas. Um rei não diz ser o provedor do povo. Nem diz ser do povo. Diz que é o povo.» (Rodrigo Moita de Deus)

«Chegou a hora de acordar consciências e reunir vontades, combatendo a mentira, o desânimo, a resignação e o desinteresse» (S.A.R. Dom Duarte de Bragança)

«Depois de Vós, Nós» (El-Rei D. Manuel II de Portugal, 1909)

«Go on, palavras D'El-Rey!» (El-Rei D. Manuel II de Portugal)