Este é um microcosmo apartidário embora ideológico, pois «nenhuma escrita é ideologicamente neutra*»

*Roland Bartes

Intros: 1 2

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Up On Poppy Hill

Do grande Hayao Miyazaki

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Em nada favorece

Subscrevo integralmente o comentário do editor69:

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Sempre que ouço Wagner...

...ultimamente, e não sabendo bem porquê, recordo aquela passagem do Woody Allen em diálogo com a Diane Keaton, em Nova Iorque, no filme "Manhattan Murder Mystery", que ao sair de uma ópera do compositor dizia:

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Monarquia...

...a caminho da Sérvia!
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O regime que merecemos

O nosso nobre povo costuma dizer: “Com as pessoas que temos, temos o País que merecemos”.

Eu diria: com o País que temos, temos o regime que merecemos.

Só no dia que os índices de formação aumentem de forma sustentada, tal como foi apanágio sistémico, por exemplo, dos Descobrimentos, talvez, quiçá, nessa data, podemos almejar voltar a evoluir para Monarquia.

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Fairy tales

Em república prevalece a nua e crua lógica positivista? Talvez.

Em monarquia, em contraste, prevalece uma certa lógica idílica? Talvez.

Talvez também por isso, sejamos uma miséria cultural perante uma Espanha, Inglaterra, Suécia, Japão e outras. Uma positiva castração, que passa suave e habilmente sem muitos perceberem.

É a nua e crua lógica que infecunda a idílica criatividade. Somos remetidos para uma depressiva e amorfa cultura sem sentido positivo generalizado.

Gosto de “fairy tailes”, ajudam-me a imaginar…na realidade.
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WEEK SOUNDZZZzzz!

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Por mais que nos custe...

Ninguém tem filhos.
Todos adoptamos filhos.
Uns de forma natural, outros de forma processual.
Em certo sentido dizemos: é meu filho. 
Estritamente não é nosso.  
Ninguém é de alguém.
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quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Jobs


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Curiosa conclusão

Sou monárquico naquilo que o establishment é republicano e sou republicano naquilo que o establishment é monárquico.

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Até no 'Lóbi do Chá'

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"VERDADES INCONVENIENTES"

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Marrocos

«Durante a recepção, a senhora embaixadora fez um discurso que tratou da nova Constituição. Neste sentido senhora embaixadora defendeu que "A nova lei consolida os pilares fundamentais de uma monarquia constitucional, democrática, parlamentar e social. É a implementação de muitas reformas políticos, económicas, sociais e culturais lançadas, num processo de diálogo e integração, à mais de dez anos, por Sua Majestade o Rei Mohammed VI. "»

Visto aqui.
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WEEK SOUNDZZZzzz!









Pelos vistos, Nietzsche é que tinha razão neste contexto.
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quinta-feira, 15 de agosto de 2013

A Gaiola Dourada


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Valores

A minha mãe sempre disse que vivíamos uma crise de valores.

€la s€mpr€ t€v€ razão.
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Serviço de especialização

Reinar para o séc. XXI é um serviço muito mais difícil, exigente e, sobretudo, especializado que no passado.

Em resultado desse serviço, as monarquias recebem o reconhecimento de todos os mais importantes índices, sendo que também no mundo árabe elas emergem como países mais desenvolvidos que os republicanos.
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"O Clube da República"


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Lido algures pela net

«Um homem que não se dedica à família, jamais será um homem de verdade»

Dom Corleone (personagem interpretada por Marlon Brando, na trilogia d’ "O Padrinho")
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Os iluminados do costume...

Vejam quem não gosta mesmo de Monarquia e porque nós a perdemos.

Estes cavalheiros, similares aos da I e III repúblicas, não desistem, não são simpáticos, nem tão pouco transmitem boas vibrações.

Cá estamos, hoje, como estamos
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Boa ladroagem...

«If you steal, be Robin Hood»

(Prefab Sprout in "Appetite")
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WEEK SOUNDZZZzzz! (Part 2)




«(...)
It doesn't matter if I'm chasing old ideas.
It doesn't matter if...
Maybe I’m wasting my young years.
(...)»

'Flamboyant' é uma das canções inéditas que acompanharam a edição de PopArt, a antologia da dupla apresentada em 2004.
Reminiscências do Madchester

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WEEK SOUNDZZZzzz! (Part 1)




Made in Portugal
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segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Nação aristocrática num Estado republicano

Nas férias de Verão aproveito, normalmente, para ver um conjunto de filmes que, durante o ano, não tenho oportunidade por razões de agenda.

Na selecção possível deste ano, houve dois filmes que me sensibilizaram para uma realidade ainda pouco parametrizada à luz dos nossos dias: o elitismo classista na sociedade norte-americana.

A adaptação de Baz Luhrmann, de 2013, da obra fulcral de F. Scott Fitzgerald, “The Great Gatsby” e, ainda, o filme de Martin Brest, de 1992, “Scent of a Woman” reflectem, com toda a crueza, a vastíssima dimensão do fenómeno, ainda hoje sólido, do elitismo que emana da classe tradicional norte-americana. De facto, a realidade um pouco conhecida por todos nós, naqueles filmes, ganha contornos sensíveis do quanto é reprovável e, assim, hipócrita, uma sociedade que, por um lado, apregoa um sentimento não-monárquico e, por outro, é a mesma que, ainda hoje, mais bebe naquilo que o modelo monárquico de menos bom tinha e que hodiernamente, nos seus países mais actualizados, menos há. É ver-se na Suécia, por exemplo, como os deputados do parlamento são enquadrados e como são, em contraste, os nossos ou os norte-americanos. 

Aqueles filmes revelam, de forma subliminar, a crueldade que, por vezes, abarca a sociedade norte-americana e como é abafada, para o exterior, pela preponderância (à escala planetária) daquela aludida classe, deixando-se apenas passar para os demais aquela pinky dicotomia do american dream, por um lado, e da suposta igualdade real de direitos, por outro. Os Estados Unidos da América (EUA) são hoje, ainda mais, um País gerido por minorias…não fosse isso verdade e Obama nunca teria sido Presidente. Essa eleição é a melhor prova disso mesmo. 

Maurice Duverger, politólogo e sociólogo francês de esquerda, defende que os EUA são a última monarquia que subsiste, enquanto sistema presidencialista puro, por se equiparar (e ser seu sucedâneo) do sistema monárquico tradicional. Ora, tal raciocínio, além de absolutamente idóneo, por ser proferido por um homem republicano, é profundamente verdadeiro, tão verdadeiro que, quiçá, alguns republicanos defensores do modelo republicano americano nem se tinham apercebido que aquele sistema encapota uma aristocracia profundamente, e saliento o advérbio, elitista. Não foi à toa que epítetos, pouco populares, como “Sua Majestade o Presidente” rondaram a forma como se haveria de designar o Presidente dos EUA, que o diga John Adams, o segundo Presidente e primeiro Vice-presidente daquele País. Em abono da verdade, o Brasil republicano também navegou por esses mares determinativos (de “Sua Majestade o Presidente”). Também não é à toa que quando um Presidente dos EUA entra no Senado americano, é anunciado, como nenhum Rei constitucional é hoje, em brava voz, para todos os presentes bem saberem perante quem estão. Já de si os formalismos (como este do anúncio presidencial na alta Câmara do Senado), mas muitos outros ligados ao prestígio e imagem do Presidente, são elementos que, cultivados, revelam o quanto patrióticos são os americanos e o quanto não têm vergonha de gostar e de institucionalizar a figura do seu Chefe de Estado. Isso é preciso ser dito, em boa verdade.

Neste seguimento, nomes, entre outros, como Rockefeller, Vanderbilt, Fairchild e Rothschild, são algumas das famílias que preponderam dentro e além-fronteiras no controlo dos destinos de muitos. Estas famílias são hoje a verdadeira aristocracia prevalecente. Ou seja, desenganem-se aqueles que pensavam que a ausência de um Rei implicaria o fim da aristocracia ou, ao menos, de uma classe dominante. Errado. O republicanismo conseguiu sim elevar uma nova aristocracia, ligada a valores muito mais obscuros e que agora, em pleno século XXI, são bastante mais perceptíveis as consequências e resultados em comparação com as monarquias constitucionais ainda vigentes. Aqueles que decidiram perder o seu Rei (e não esquecendo que a Suíça e os EUA nunca tiveram um e por isso, em certa medida, têm alguma justificação histórica), perderam, até hoje, isso sim, o seu maior garante contra todos os interesses desviantes ao País. No caso da nossa Monarquia, é certo e sabido que uma da maiores colaboradoras na sua queda foi, precisamente, alguma aristocracia. Era conhecido o distanciamento de El-Rei D. Carlos correlação a grande parte desta classe.  

Muitas das mais tradicionais e antigas famílias norte-americanos têm ascendência judaica. É muito vasta a historiografia que se reporta a esta matéria. Mas quanto a este assunto lembro-me apenas de dizer que o apresentador da cerimónia dos Oscars deste ano, Seth MacFarlane, ousou fazer uma piada em que referia que: “para ser-se alguém em Hollywood era preciso ter amigos judeus”. Facto: para o ano já não apresenta a cerimónia, já é conhecida substituta.

Há muitas monarquias, como a Bélgica, por exemplo, que têm nobreza recente comparativamente ao período de estabelecimento de algumas elites familiares norte-americanas. Também de exemplo servem algumas famílias nobres em Portugal (e noutros países) que receberam título nobiliárquico no fim da Monarquia, inclusive em 1909. Em contraste, não nos esquecemos que existem famílias norte-americanas cuja tradição remonta a mais de três séculos atrás. Este é um dado relevante.

Importa ainda dizer que muitas das tradições mais antigas e prestigiantes ligadas aos EUA, foram importadas e bebidas na Europa, sabendo-se que, por exemplo, George Washington foi muito influenciado pelo seu patrono francês Luís XVI, como se revela pela associação hereditária da “Ordem de Cincinnati”. A realidade dos bailes de debutantes é igualmente uma fortíssima marca que, ainda hoje, se encontra vincada nas tradições sociais norte-americanas.

Em suma, os conceitos de repúblicas e monarquias encontram-se hoje alterados pelos tempos. Sabendo-se que, temporalmente, o modelo republicano é mais arcaico que o monárquico, e que os países mais avançados em Democracia, Desenvolvimento Humano, Liberdade de Imprensa, Percepção de Corrupção e em Qualidade de Vida, são monarquias, hoje assiste-se a algo ainda mais constrangedor que é, à parte das monarquias terem sabido actualizar-se, as republicas não só não o souberam fazer, estão-se cristalizando (é-ver onde se originou a actual crise económica e quem são os países mais directamente envolvidos) e hoje absorvem, num fenómeno estranha e desmesuradamente conservador, os qualitativos das antigas monarquias tradicionais (e não constitucionais). Ou seja, as repúblicas perderam nas qualidades e ganharam nos defeitos das antigas monarquias.
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sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Cinema 2013

Como sempre as férias foram aproveitadas para colocar em dia alguns filmes.

Deixo aqui a selecção deste ano:

“Caraveggio" de Derek Jarman;
"O Golpe de Baker Street" de Roger Donaldson;
“Imperdoável” de Clint Eastwood;
“Perfume de Mulher" de Martin Brest;
“Capote” de Bennett Miller;
“The Great Gatsby” de Baz Luhrmann;
“Obama: All Access", um documentário do programa '60 Minutes';
“A Arca Russa" de Aleksandr Sokurov.

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A trois

O Dr. Cavaco, apesar de experiente político, interferiu na governação ao fazer aquele périplo do acordo partidário "a trois". O PSI20 imediatamente ressentiu-se e o País objectivamente sofreu.

É verdade que aquela acção política do PR acabou por neutralizar, de vez, a acção de Seguro e do PS, dada a inevitabilidade da resposta ao acordo e dada a subjugação daqueles perante os seus superiores hierárquicos dentro do Clube socialista (Soares, Alegre e Comp. Lda). Mas, apesar de tudo, e embora possa ter um efeito reflexo benéfico, tratou-se de uma acção política para não lhe chamar partidária ou, mais grave, ideológica.

Em suma, o PR não foi, com toda a clareza, de "todos os portugueses" e prejudicou Portugal naquele seu acto.

Anteriormente, num formato muito menos elaborado e elegante do que Cavaco, já Sampaio tinha implodido um Governo e cujo motivo, em comparação com os governos de Sócrates e Coelho, ás tantas, até merecia hoje uma medalha de mérito e louvor...

Cerne do assunto: Valerá a pena continuar com este modelo regimental?
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República ou Monarquia?

Assunto cada vez mais no ordem do dia...
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WEEK SOUNDZZZzzz!

This is why i love Windows 7

Lucy Belle Guthrie: Born September, 1989, she is the daughter of Elizabeth Fraser and Robin Guthrie of Cocteau Twins.
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«Se mandarem os Reis embora, hão-de tornar a chamá-Los» (Alexandre Herculano)

«(…) abandonar o azul e branco, Portugal abandonara a sua história e que os povos que abandonam a sua história decaem e morrem (…)» (O Herói, Henrique Mitchell de Paiva Couceiro)

Entre homens de inteligência, não há nada mais nobre e digno do que um jurar lealdade a outro, enquanto seu representante, se aquele for merecedor disso. (Pedro Paiva Araújo)

Este povo antes de eleger um chefe de Estado, foi eleito como povo por um Rei! (Pedro Paiva Araújo)

«A República foi feita em Lisboa e o resto do País soube pelo telégrafo. O povo não teve nada a ver com isso» (testemunho de Alfredo Marceneiro prestado por João Ferreira Rosa)

«What an intelligent and dynamic young King. I just can not understand the portuguese, they have committed a very serious mistake which may cost them dearly, for years to come.» (Sir Winston Leonard Spencer-Churchill sobre D. Manuel II no seu exílio)

«Everything popular is wrong» (Oscar Wilde)

«Pergunta: Queres ser rei?

Resposta: Eu?! Jamais! Não sou tão pequeno quanto isso! Eu quero ser maior, quero por o Rei!» (NCP)

Um presidente da república disse «(...)"ser o provedor do povo". O povo. Aquela coisa distante. A vantagem de ser monárquico é nestas coisas. Um rei não diz ser o provedor do povo. Nem diz ser do povo. Diz que é o povo.» (Rodrigo Moita de Deus)

«Chegou a hora de acordar consciências e reunir vontades, combatendo a mentira, o desânimo, a resignação e o desinteresse» (S.A.R. Dom Duarte de Bragança)

«Depois de Vós, Nós» (El-Rei D. Manuel II de Portugal, 1909)

«Go on, palavras D'El-Rey!» (El-Rei D. Manuel II de Portugal)