Este é um microcosmo apartidário embora ideológico, pois «nenhuma escrita é ideologicamente neutra*»

*Roland Bartes

Intros: 1 2

sexta-feira, 18 de novembro de 2016

American Pastoral

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Marcelo e a Rainha


Uma postura de amabilidade que não esconde a ausência de paridade.


Foto - Presidência da república.


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Abolição da escravatura, nós e os outros

Esta famosa fotografia de Olivier Douliery, para a Getty Images, espelha de uma forma especial o que é o progresso civilizacional. Tirada na Sala Oval da Casa Branca, reproduz, por um lado, a imagem pintada de Abraham Lincoln (1861-1865), eleito pelo partido republicano, aquele que foi o responsável pela Declaração de Emancipação. Do outro lado, o esquerdo, temos a imagem fotografada de Barack Obama o 44.º Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), eleito pelo partido democrático.

O progresso aqui é interpretado de uma forma muito clara, ou seja foi por ter havido a presidência Lincoln que houve a presidência Obama. Os dois acabam por estar, neste aspeto, intimamente ligados, não fosse Barack Obama o primeiro Presidente negro eleito pelos norte-americanos.

Abraham Lincoln foi o 16.º Presidente e o primeiro pelo partido republicano, derrotando oponentes democratas. Ora, foi um Lincoln que, apesar de pertencer a um partido aparentemente mais conservador que o dos seus adversários à esquerda, e também supostamente mais liberais, objetivamente mostrou repúdio presidencial pela escravidão então praticada legalmente no Sul. A sua ação traduziu, de facto, um momento assinalável para a História da América, com repercussões a nível mundial dada a importância do respetivo exercício prático, em toda a sua amplitude, bem como, subsequentemente, à luz dos direitos universais do Homem.

Contudo, é com alguma tristeza que, de certo modo, vejo desvalorizada uma outra realidade não menos importante e não menos exemplificativa para o mundo. Portugal, por intermédio do reinado de S.M.F. D. José I (séc. XVIII), foi pioneiro precisamente na abolição da escravatura. Foi o primeiro dos primeiros. Posteriormente, e de forma plena e prática, no reinado de S.M.F. D. Luís I (séc. XIX), a abolição da escravatura era concretizada em todo o Império Português. Estávamos numa fase em que tínhamos, apesar de tudo, uma elite pensante bastante mais robustecida que aquela que temos presentemente, em que defendíamos os valores da humanidade por uma ótica da vida e da igualdade. Hoje é incompreensível, ou talvez não…, que não se celebre, de forma vincada, este avanço trazido por Portugal à civilidade universal, o qual nos devia encher de orgulho enquanto nação e que, estranhamente, pouco ou nada se faz nesse sentido. Será, eventualmente, para não recordar aos portugueses de hoje quem realmente fomos antes e o quanto eramos melhores que aquilo somos? Talvez.


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As origens não se mudam

Pelos mesmos fundamentos que entendo que o melhor sistema para Portugal e para alguns países da Europa seria o (regresso ao) monárquico, na mesma proporção entendo que os EUA devem ser uma república. Tem que ver com o modo de funcionamento e com a origem das respetivas formações enquanto estados. São sedimentações de várias naturezas e de muitas gerações políticas que não podem ser desacreditas e destruídas em rutura. Veja-se, por exemplo a este propósito, o que a república portuguesa fez a um dos símbolos maiores de Portugal, a sua bandeira, alterando radicalmente as suas cores de origem, tratando de as substituir por outras que nada nos dizem e apregoando, assim, uma nova ordem que fez tábua rasa a mais de 700 anos de história.

Sem prejuízo daquilo que fizeram, nesta matéria, Napoleão I e Napoleão III, hoje seria de todo impensável que, por hipótese, uns insanos dessem uns tiros e quisessem alterar o regime norte-americano de uma república para uma Monarquia. Seria um absurdo. Isso não seria bom, desacreditaria aquela nação, geravam-se muitíssimas mais fações, desuniões e, acima de tudo, creio que os EUA definhariam, tal como um pássaro selvagem engaiolado. Porém, foi isso mesmo que, mutatis mutandis, aconteceu, na realidade, e infelizmente, em Portugal e em outros países da Europa. Um rudíssimo golpe histórico que nunca mais nos/os tornou os mesmos.

Outrora, em Portugal, fomos o que os EUA são hoje, mas hoje somos aquilo que somos…e não gostamos daquilo que somos. Isso explica-se pois estamos dominados por políticos…até ao topo da pirâmide. Somos excessivamente autocríticos, precisamente porque não temos rumo, nem tão pouco um verdadeiro símbolo que nos una como nos uniu. Estamos demasiado espartilhados para uma parcela tão pequena, mas com tanto potencial. Sim potencial, pois ainda acredito em Portugal. Num Portugal diferente.


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150 anos

Um homem amado, não pelas elites, mas apenas pelo povo.

Quis o bem de Portugal acima de tudo.

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Origem da palavra

Talvez poucos saberão isto mas, verificando, rapidamente concluirão que o nome “Espanha” é, em si só, uma afronta a Portugal.

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Não é para justificar/defender D. Sebastião, mas...

Joana de Áustria, Princesa de Portugal

«Enviuvando em 2 de janeiro de 1554, deu à luz o filho dezoito dias depois, na meia noite do dia 19 para o dia 20 de janeiro, tendo regressado a Espanha a pedido do seu pai, que tencionava abdicar, confiando a educação do filho, com apenas três meses, à sua sogra Catarina de Áustria (que era também sua tia).»

In Wk.


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Alguma esperança

Nem tudo está perdido neste País quando compramos o Expresso e vem esta coleção, em especial com aquela expressão no canto superior esquerdo:


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É a história que se adultera

«No nosso viver habitual, vão desaparecendo as nossas seculares tradições. É a história que se adultera. São os hábitos e costumes que vão.
Atravessamos uma época de verdadeira confusão social.
(…) As falências das actividades comerciais e industriais, e particularmente da própria banca, são uma constante, e normalmente arrastam para a miséria não poucas famílias.
Com a “importação” de certas modernices estranhas ao nosso viver substituído por certos sistemas sem significado, é toda uma vida ancestral que se modifica sem proveito para ninguém.»

Ermelindo Ávila, escritor e historiador, in Diário dos Açores, 13 e novembro de 2016, pág. 8.

Post Scriptum – Recomendo vivamente a leitura integral deste artigo.


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No caso do nacional socialismo alemão foi mesmo assim

«Que os deuses protejam os povos da sua loucura!

Que nos protejam da democracia.»

Miguel Sousa Tavares, in Expresso, Primeiro Caderno, 5/11/2016, pág. 9.

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Stefan Wyszyński

João Paulo II, na sua espontânea humildade, cumprimentando, em reconhecimento, um homem santo o qual foi sua referência enquanto sacerdote, o Cardeal-Primaz da Polónia Stefan Wyszyński.

Em Varsóvia, em 26 de maio de 2006 por ocasião da sua visita à Polónia, Bento XVI na homília da missa naquele dia disse:

«No início do seu Pontificado, João Paulo II escreveu ao Cardeal Wyszynski: "Na Sé de Pedro não haveria este Papa polaco, que hoje repleto de temor de Deus mas também de confiança começa o novo Pontificado, se não houvesse a tua fé, que não cedeu diante da prisão e do sofrimento, a tua esperança heróica e a tua confiança incondicionada na Mãe da Igreja; se não houvesse a Jasna Góra e todo este período de história da Igreja na nossa Pátria, ligado ao teu serviço de Bispo e de Primaz" (Carta de João Paulo II aos Polacos, 23 de outubro de 1978).»

In Wk.


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Papado do fortalecimento

Muitos acharam que o Papa João Paulo II devia ter abdicado nos últimos tempos do seu papado, dadas as suas condições de saúde. Alguns chegaram mesmo a afirmar que o Papa dava uma imagem decadente e, como tal, devia dar o lugar a um substituto.

No meu modesto testemunho, relativamente ao exemplo de S. João Paulo naquele período, e naquilo que ele me inspirava, devo referir que se tratava essencialmente de uma transmissão de força, uma força para continuar, uma força por via do exemplo, aquela que a ele, fisicamente, faltava mas que, porém, expressava-a pela sua vontade indómita de nos indicar o/um caminho. O exemplo e a tamanha determinação do Santo Padre revelavam, comparativamente, o quanto podem ser pequenos os nossos desígnios quando estamos acomodados. Como tal, o exemplo e a sua imagem não podiam ser mais inspiradores. Ainda hoje agradeço-lhe por isso. O papado para ele era uma missão ativa até ao último suspiro.

Acresce que o Papa João Paulo II era, mesmo na fase final da sua caminhada, uma inesgotável fonte de fortalecimento para os outros, aspeto que muitos e muitos líderes mundiais, nas suas plenas faculdades, nunca conseguiram.


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Werner Herzog e as galinhas

The legendary film director Werner Herzog lets us know where we can find the most pure stupidity.

Directed by Siri Bunford, shot by Tom Streithorst.

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Presidência Imperial

Estou cada vez mais convencido que Maurice Duverger é que tinha razão, quando afirmava que os EUA eram/são a última monarquia tradicional no mundo ocidental

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Let's make Portugal Great Again! ;-)

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Reaberturas...

Trump vai reabrir a prisão de Guantánamo. Ups…esqueço-me…esteve sempre aberta.


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Blue Wall

Acusam Donald Trump de só erguer muros. Não é verdade. Ele derrubou o ‘Blue Wall’*

*Os 18 estados do partido democrata tradicionalmente inexpugnáveis.

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Posturas

Donald Trump não se coíbe de exibir rendimentos, a Trump Tower, o recheio da casa, os carros, o avião, etc, etc.

Os administradores da CGD nem aos juízes do TC querem revelar o que têm…

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Tramps and Trump

The tramps problem will be resolved by Trump.

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Green Trump

Gostaria apenas de precisar um aspeto relativamente à vitória de Trump. Face ao que expôs em campanha, existe um domínio que me torna cético quanto ao seu mandato: o ecológico.

Neste contexto específico, por sua vez, também não me refiro ao “global warming”, que entendo não estar demonstrado. Refiro-me, tão-somente, à defesa do ambiente num sentido simples e concreto: redução da poluição. Veremos o que a sua administração irá fazer neste âmbito…

No resto, deposito esperança que Trump venha a ser melhor em tudo que os seus recentes antecessores (até Regan inclusive).


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Visão otimista

A melhor parte disto tudo é que o mundo vai ter, como Primeira-dama dos EUA, a Melania Trump.

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Ronald rima com Donald


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Os Presidentes

O nível do discurso político subiu muito após o dia 9/11. Quer Trump, quer Obama, quer Hillary estão a demonstrar ao mundo o que significa colocar os EUA acima dos interesses partidários ou pessoais, bem como de aceitarem a decisão soberana do povo...coisa que em Portugal seria impensável, a Geringonça é a prova disso mesmo.

"A very good man", disse Trump de Obama no passado dia 10 do corrente mês.


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O Presidente



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WEEK SOUNDZZZzzz!


In memoriam.
Hoje partiu. Diz Cohen neste tema: "I'm ready, my Lord".


Made in Portugal.

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sexta-feira, 4 de novembro de 2016

Animais Noturnos


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O Povo: "Merci Sire"

Espanha e Bélgica foram as democracias europeias onde se registaram os fenómenos recentes de inúmeros meses sem governação. Duas monarquias, curiosamente. Será assim tão curioso? Julgo que não há coincidências, o que houve foi unidade, uma unidade extra partidária, extra governativa que assegurou os cidadãos.
Houve, naqueles dois casos, Parlamento e houve, acima de tudo, Rei. 

Duvido que haja alguma margem de interpretação além daquela que nos remete diretamente para um novo papel de intervenção do Chefe de Estado. Não a chefia de Estado republicana que é, normalmente, exercida/ocupada por um político de carreira em ascensão e que, amplas vezes, incendeia em vez de criar pontes institucionais. Antes sim em Monarquia: pelo Rei. 

Se existem, em democracia, repúblicas presidencialistas (França, EUA, etc), porque razão, também em democracia, não haveriam de existir monarquias com equivalente funcionalismo?

Em suma, julgo que há espaço para um novo papel interventivo dos Reis em Monarquia constitucional, pontencialmente com a introdução de novos poderes constitucionais. Não é por mero acaso que, no espectro ocidental, as repúblicas são mais antigas que as monarquias...é uma questão, cíclica, de maior e melhor progresso. Preparação e moderação, são a respetiva base para remodelar.


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Sabia que Madrid chegou a ser ocupada pelos portugueses?


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Supra geringonça

A questão da submissão de rendimentos ao TC por António Domingues está a gerar um efeito de consenso nos partidos da AR como já não se via desde o tempo da União Nacional...

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Quanto ao futuro

«Sinto-me deveras optimista quanto ao futuro do pessimismo.»

Biólogo, filósofo e historiador francês Jean Rostand.

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A experiência ensinou-me

Os verdadeiros amigos nem sempre são aqueles com quem está e sempre esteve tudo bem, nem tão pouco aqueles com quem, por discórdia de posições ou incompreensão, deixam de te falar.

Os verdadeiros amigos são aqueles que se revelam estruturalmente coerentes consigo e contigo e, muitas vezes, após discórdias e até separações, retomam a amizade...porquanto aquela é inequivocamente sentida e verdadeira.

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Ouvido na fila do quiosque

«Convinha mais à Michelle, para 2024, que o Trump ganhasse agora.»

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Faltam os EUA...

«Se os EUA e a Rússia se juntassem, o Estado Islâmico não durava um mês.»

Patriarca Gregório III, da Síria.

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Axioma

Pura lógica...

Se o G.W. Bush não apoia o Trump, logo devemos apoiar o Trump.

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She's a goddamn monster

Quando existem consultas mensais a mães grávidas, quando já existem prematuros de 24 semanas a sobreviver, etc, etc, ainda quer exterminar uma criança de nove meses?!

Os “fetos não têm direitos”, diz Hillary. Pois não, mas os animaizinhos têm. É o mundo inumano que a senhora e as V. forças criaram.

Nem os socialistas nazis, em termos de política, foram tão longe, eles que cometeram atrocidades contra seres humanos. A diferença está que no primeiro caso é absolutamente nula qualquer hipótese de defesa…mata-se literalmente um ser incapaz de se defender.

Trump tem razão, é “inadmissível”. Cabe ao Estado a defesa dos inocentes. Simple as that.

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"Trump n' est pas un clown"

André Bercoff, eventualmente o maior nome do jornalismo político francês.

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WEEK SOUNDZZZzzz!


Nada de especial. Tema apenas razoavelmente giro.

Made in Portugal.

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«Se mandarem os Reis embora, hão-de tornar a chamá-Los» (Alexandre Herculano)

«(…) abandonar o azul e branco, Portugal abandonara a sua história e que os povos que abandonam a sua história decaem e morrem (…)» (O Herói, Henrique Mitchell de Paiva Couceiro)

Entre homens de inteligência, não há nada mais nobre e digno do que um jurar lealdade a outro, enquanto seu representante, se aquele for merecedor disso. (Pedro Paiva Araújo)

Este povo antes de eleger um chefe de Estado, foi eleito como povo por um Rei! (Pedro Paiva Araújo)

«A República foi feita em Lisboa e o resto do País soube pelo telégrafo. O povo não teve nada a ver com isso» (testemunho de Alfredo Marceneiro prestado por João Ferreira Rosa)

«What an intelligent and dynamic young King. I just can not understand the portuguese, they have committed a very serious mistake which may cost them dearly, for years to come.» (Sir Winston Leonard Spencer-Churchill sobre D. Manuel II no seu exílio)

«Everything popular is wrong» (Oscar Wilde)

«Pergunta: Queres ser rei?

Resposta: Eu?! Jamais! Não sou tão pequeno quanto isso! Eu quero ser maior, quero por o Rei!» (NCP)

Um presidente da república disse «(...)"ser o provedor do povo". O povo. Aquela coisa distante. A vantagem de ser monárquico é nestas coisas. Um rei não diz ser o provedor do povo. Nem diz ser do povo. Diz que é o povo.» (Rodrigo Moita de Deus)

«Chegou a hora de acordar consciências e reunir vontades, combatendo a mentira, o desânimo, a resignação e o desinteresse» (S.A.R. Dom Duarte de Bragança)

«Depois de Vós, Nós» (El-Rei D. Manuel II de Portugal, 1909)

«Go on, palavras D'El-Rey!» (El-Rei D. Manuel II de Portugal)