Este é um microcosmo apartidário embora ideológico, pois «nenhuma escrita é ideologicamente neutra*»

*Roland Bartes

Intros: 1 2

sábado, 8 de julho de 2023

In Momoriam - José Mattoso

«O topo da inteligência é alcançar a humildade.»
Textos Judaicos

Faleceu José Mattoso.

Sempre entendi, sem descurar das respetivas correntes historiográficas, e das suas inevitáveis ideologias, em alguns casos, contaminadoras, que o essencial neste âmbito é muito simples concetualmente quanto ao seu fim, embora dificílimo do prisma prático: transmitir o entusiasmo e a importância do passado às gerações vindouras, para que estas possam melhorar o futuro.

Neste contexto, e tal como o Prof. Doutor José Hermano Saraiva tinha aquela invulgar capacidade de chegar ao essencial pelo seu dom da palavra, Mattoso, por sua vez, conseguia igualmente alcançar o difícil essencial pelo imaculado rigor técnico e pela forma apelativa que incutia na sua escrita.

Com a morte de Mattoso, Portugal ficou mais pobre, pois perdeu um apaixonado amante da nossa grandiosa e epopeica História, sempre sólido nos seus conceitos e afirmações porquanto nunca despia a armadura da (verdadeira) humildade.

Por fim, deixo este texto extraído da página do meu prezado amigo Miguel Villas-Boas:

"Faleceu o historiador Professor Doutor JOSÉ MATTOSO (Leiria, Leiria, 22 de Janeiro de 1933 - 08/07/2023).

Antigo monge beneditino (durante 20 anos foi monge da Ordem de São Bento, vivendo na Abadia de Singeverga, em Portugal, e em Lovaina, na Bélgica, usando o nome de Frei José de Santa Escolástica Mattoso). Licenciado em História, na Faculdade de Letras da Universidade Católica de Lovaina, e Doutorado em História Medieval, pela mesma universidade, com a tese Le Monachisme ibérique et Cluny: les monastères du diocèse de Porto de l'an mille à 1200, só em 1970 retornou à vida laica, iniciando uma carreira académica, especializado na história das ordens religiosas e da aristocracia nos séculos X a XIII, destacando-se as suas obras 'Ricos-Homens, Infanções e Cavaleiros', 'Fragmentos de Uma Composição Medieval', 'O reino dos mortos na Idade Média', e 'Ensaio sobre as Origens de Portugal (1096-1325) (vol. I - Oposição; vol. II - Composição)', sucessivamente premiada com o Prémio de História Medieval Alfredo Pimenta e o Prémio Ensaio do P.E.N. Clube Português. José Mattoso foi o autor de uma obra vasta, em que se incluem livros como 'Identificação de um País' 3 a colectânea 'História de Portugal', edição de oito volumes (1993-1995), que vendeu mais de um milhão de volumes. A par do trabalho como investigador, no Centro de Estudos Históricos do Instituto de Alta Cultura, e como professor, na Universidade de Lisboa e na Universidade Nova, exerceu as funções de presidente do Instituto Português de Arquivos, de 1988 a 1990, e de diretor da Torre do Tombo, entre 1996 e 1998."



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Líder

“Um líder é alguém que nos inspira a ser o que sabemos que podemos ser.”

Ralph Waldo Emerson, poeta e filósofo.

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A Verdadeira Igreja e o Vaticano II

Se o Partido Comunista soviético dominava a pequena seita que é aludida no sórdido e macabro relato do Sol, imaginem o que o mesmo PC investiu no Vaticano (II) para chegarmos ao que chegamos hoje...

Bella Dodd, ex-comunista, convertida, todavia, explicou tudo numa Comissão Pública de Inquérito nos EUA e, também, por outros testemunhos diretos e de terceiros.

O conclave de 1958 e o que se passou com o Cardeal Siri em relação a Roncalli, explica o resto...

Ver a propósito de Dodd:


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SELECTION SOUNDZZZzzz!


 

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Não dizer a verdade

"Não há nada mais espantoso do que a eloquência de um homem que não diz a verdade."

Thomaz Carlyle (1795-1881), historiador.

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«Se mandarem os Reis embora, hão-de tornar a chamá-Los» (Alexandre Herculano)

«(…) abandonar o azul e branco, Portugal abandonara a sua história e que os povos que abandonam a sua história decaem e morrem (…)» (O Herói, Henrique Mitchell de Paiva Couceiro)

Entre homens de inteligência, não há nada mais nobre e digno do que um jurar lealdade a outro, enquanto seu representante, se aquele for merecedor disso. (Pedro Paiva Araújo)

Este povo antes de eleger um chefe de Estado, foi eleito como povo por um Rei! (Pedro Paiva Araújo)

«A República foi feita em Lisboa e o resto do País soube pelo telégrafo. O povo não teve nada a ver com isso» (testemunho de Alfredo Marceneiro prestado por João Ferreira Rosa)

«What an intelligent and dynamic young King. I just can not understand the portuguese, they have committed a very serious mistake which may cost them dearly, for years to come.» (Sir Winston Leonard Spencer-Churchill sobre D. Manuel II no seu exílio)

«Everything popular is wrong» (Oscar Wilde)

«Pergunta: Queres ser rei?

Resposta: Eu?! Jamais! Não sou tão pequeno quanto isso! Eu quero ser maior, quero por o Rei!» (NCP)

Um presidente da república disse «(...)"ser o provedor do povo". O povo. Aquela coisa distante. A vantagem de ser monárquico é nestas coisas. Um rei não diz ser o provedor do povo. Nem diz ser do povo. Diz que é o povo.» (Rodrigo Moita de Deus)

«Chegou a hora de acordar consciências e reunir vontades, combatendo a mentira, o desânimo, a resignação e o desinteresse» (S.A.R. Dom Duarte de Bragança)

«Depois de Vós, Nós» (El-Rei D. Manuel II de Portugal, 1909)

«Go on, palavras D'El-Rey!» (El-Rei D. Manuel II de Portugal)