Este é um microcosmo apartidário embora ideológico, pois «nenhuma escrita é ideologicamente neutra*»

*Roland Bartes

Intros: 1 2

domingo, 19 de julho de 2020

MÁSCARAS

«Ah. The direct approach. I admire that in a man with a mask.»

Extraído do filme do mestre do cinema, Tim Burton, na sua obra prima de graphic novel, 'Batman Returns', 1992, em que Danny DeVito, na personagem Pinguim, se dirige a Michael Keaton, o Batman.

Mesmo no atual cenário, o uso de máscaras, qualquer que seja a sua tipologia, fora do contexto de áreas pequenas e fechadas, sem arejamento natural e com pequenos aglomerados de pessoas, bem como transportes públicos, é uma perfeita estupidez. Colocando de outra forma, é dar ganho a quem quer lucrar às custas de terceiros. Usar uma máscara em plena rua, com ar (sem descurar do precioso vento) em substantiva quantidade, num ambiente azórico que, felizmente, ainda vai existindo muita arborização, roça o ridículo.

Hoje, ao fim do dia, tendo ido fazer algumas compras necessárias à vida quotidiana, rapidamente apercebi-me, tal modo era vasta a conversa por onde passava, por vários testemunhos, que o uso de máscaras pode ser, inclusive, fora do domínio da COVID-19, mais perigoso em termos propagadores de outras doenças, atendendo, por exemplo, a um cenário, facilmente, originado pela criação bacteriológica numa máscara, usada por longos períodos de tempo, até mesmo esterilizada e assim também colocada, por melhor que ela seja. Importa, igualmente, nunca esquecer que uma máscara, por regra, é fabricada em materiais sintéticos...(feltros, fibras, tecidos, etc). Ver a título de exemplo este vídeo a partir do minuto 19'.

No estrito contexto da COVID-19, é como também diziam os aludidos testemunhos dos vários cidadãos que pude auscultar hoje: "é tira máscara, é põe máscara, mãos inevitavelmente sujas nas idas aos supermercados, pega nos produtos, paga com o dinheiro, faz o ajuste na máscara que ficou desajustada do nariz ficando, assim, perto daquele órgão e dos olhos, etc, etc."

Face ao exposto, entendo que o melhor a fazer neste âmbito, e usando a expressão anglo saxónica de 'back to basics', ou seja, será usar máscaras em zonas confinadas e sem arejamento natural (ver a propósito este objetivo estudo japonês sobre a densidade das micro-gotículas e como elas podem ser contornadas, por períodos de tempo curtos e bem intervalados, especialmente no caso dos heróis que atendem, alguns ainda com um sorriso, ao público, caixas, etc, eventualmente, usando rotatividade, e nos demais casos, naqueles que trabalhem em open space/plan ou gabinetes arejados, aplicarem-se-lhes apenas as medidas de distanciamento aconselhadas pelas autoridades de saúde e não usarem, de todo, máscaras. Rotatividade em teletrabalho ou mesmo em absoluto, conforme referia ontem a respetiva Ministra.

Máscaras em crianças, digo apenas isto...PODE SER FATAL!


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