Este é um microcosmo apartidário embora ideológico, pois «nenhuma escrita é ideologicamente neutra*»

*Roland Bartes

Intros: 1 2

domingo, 10 de novembro de 2024

The Last Kingdom

Tenho vindo a acompanhar esta série (2015 - 2022), há alguns meses na Netflix.

Esta retrata a fase de construção da Inglaterra, quando a Ilha estava, tal como a Península Ibérica, dividida em vários reinos.

Enquanto na Península, nesta época, 800 anos D.C., havia conflitos com os Muçulmanos, em Inglaterra havia com os dinamarqueses, Vikings.

Considero esta uma boa série, não excelente, mas boa. Tem um leque de atores heterogéneo, uns razoáveis outros melhores e outros bastante melhores ainda.

Contudo, neste 'cast', sobressaiu-me um ator que desconhecia e que, doravante, irei estar atento aos seus desempenhos futuros, porquanto a sua atuação nesta série é inequivocamente de um nível superior, que se destaca dos demais colegas e esse é David Dawson, que interpreta o papel de Alfredo de Wessex, o Grande. Este foi Rei de Wessex, de 871 a 899 e Rei dos Anglo-Saxões de 886 a 899. Alfredo defendeu o seu reino contra os dinamarqueses e, à época de sua morte, era o governante mais poderoso e respeitado na Inglaterra.

Recomendo, pois, ver esta série, registando que o papel de David Dawson, como 'Alfred of Wessex', por si só, torna esta recomendação quase numa obrigação. É, de facto, um ator que tem uma áurea distintiva e um desempenho de excelência, de elevado destaque e, tal como Daniel Day-Lewis absorvia as suas personagens a roçar a obsessão para se aproximar, o mais possível, daquilo que elas exigiam para serem ou seriam na realidade, também no mesmo espírito, David Dawson, consguiu atingir o patamar máximo, ou seja, quando o espetador fica com dificuldade em distinguir o ator da personagem, pois ficamos com a séria sensação, em 'O Último Reino', que estamos na efetiva presença de um rei.


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Quem é James David Vance?

Um filme biográfico sobre James David Vance, vulgo J. D. Vance, nascido como James Donald Bowman. Este trabalho mergulha no início de vida do recém eleito Vice-presidente dos Estados Unidos da América, início aquele muito difícil e que revela a correção, o grande caráter, a determinação, o valor e, sobretudo, o amor e a dedicação que Vance canaliza para a família. O papel e a influência da sua avó na formação do jovem James foi fulcral para forjar o futuro homem. O respeito dele por ela, como o próprio revelou, é eterno.

Na esfera académica e profissional, e como é sabido, Vance é uma figura de excelência.

A Netflix fez este filme num período que deve ter julgado, erroneamente, que J.D. poderia ser seduzido para o sistema instalado, o liberal. Não houve erro maior. Hoje o canal deve estar amargamente arrependido de ter produzido esta boa película.

Vance é o homem que se segue, e ainda bem.

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A delicadeza do Lírio Branco na Europa

Adquiri na altura em que saiu "O Lírio Branco", da saga de Astérix. Contudo, no vasto rol de publicações em lista de espera, só muito recentemente me foi possível ler, finalmente, esta última peça da obra dos intrépidos gauleses, obra que acompanho desde dos meus 8 anos.

Felizmente os continuadores desta inigualável obra conseguiram a raríssima proeza de, felizmente, manter intactos os condimentos essenciais tais como concebidos pela dupla de génio criadora de Astérix: Albert Uderzo e René Goscinny.

No que concerne a este livro, "O Lírio Branco", fiquei especialmente agradado e ri-me, ri-me tanto como há muito não me ria. Brilhante, portanto, este fruto da semente deixada por Uderzo e Goscinny.

Na minha opinião um retrato, mais que óbvio, mesmo necessário, que espelha o quanto a Europa está a amolecer em falas mansas, encantada por bem falantes, enfeitiçada pela ordem liberal, submergida em regras/burocracia/direitos e "direitinhos" sem o equilíbrio dos deveres e que, neste todo, nos tem levado, europeus, à decadência, geridos por líderes incapazes, fracos e de 10.ª escolha. Este livro é um descodificador para a realidade de que a Europa está a perder cada vez mais a sua essência, a sua importância, a sua velocidade inventiva e produtiva, a sua desenvoltura, o seu carisma e determinação tão próprios de cada Nação que a compõe, cada vez mais refém da armadilha accionada pela tribo dominante do politicamente correto.

Ou seja, está montada a melhor táctica para derrotar definitivamente os gauleses...

Veremos se ainda haverá poção mágica que inverta tudo isto e leve, como sempre levou, os bons gauleses à vitória contra o Império circundante.


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Conflitos recentes: factos e decisões difíceis

1 - O Ultimato britânico de 1890 foi entregue a 11 de janeiro de 1890 a Portugal e exigia a retirada das forças militares chefiadas pelo major Serpa Pinto do território compreendido entre as colónias de Moçambique e Angola (nos actuais Zimbabwe e Zâmbia), a pretexto de um incidente entre portugueses e Macololos. Esses vastíssimos territórios eram reclamado por Portugal, pois haviam sido legalmente incluídos no famoso Mapa cor-de-rosa, reclamandos a partir da Conferência de Berlim numa faixa de território que ia de Angola à contra-costa, ou seja, a Moçambique.
Perante tal contexto, e num cenário de uma guerra impossível, contra a maior potência bélica da época, D. Carlos, nosso Rei, lendo bem os contornos geopolíticos da altura, optou por não enviar milhares de portugueses para uma chacina e absorver os mais vis ataques por parte dos nacionalistas portugueses, em especial dos republicanos.

2 - Em 1916, já com a I república imposta, Portugal participou na I Grande Guerra, tendo mobilizado mais de cem mil homens. Sem qualquer pudor e reflexão ponderada, contrariamente a D. Carlos, o recente regime não hesitou em enviar para a chacina os nossos compatriotas, a maior parte deles pobres coitados impreparados, camponeses, os quais foram morrer nas trincheiras, especialmente em 'La Liz', apenas porque o republicanismo, fraco, não soube travar a sua ânsia de afirmação internacional e cedeu, facilmente, às grandes nações da altura que o instigaram a travar um conflito que era morte certa para muitos portugueses.

3 - Volodymyr Zelensky, a formiga ante o Gigante russo, em vez de astutamente querer negociar, como afinal agora já quer, deixou-se, qual patrioticamente, ser empurrado e manipulado por trás para enfrentar o Grande Urso. Agora que esse apoio está a findar, sobretudo por parte dos principais responsáveis, os EUA de Biden e Haris, e após tantas mortes desnecessárias na Ucrânia e na Rússia, e resumindo-se à sua insignificância, endividado a quem lhe forneceu as armas, e com tantas mortes no seu curriculo, resta-lhe o que reserva desta notícia.

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A rever Sá Carneiro

"Por isso, do ponto de vista ideológico, a tentativa de aproximação à Internacional Socialista não foi apenas pragmática ou "oportunista", por razões de procura de legitimidade política no ambiente radicalizado de 1974-5. Bem pelo contrário. A adesão à Internacional Socialista era para Sá Carneiro (e para sectores ainda mais "socialistas" como era então a JSD) uma política consistente, fortemente desejada e considerada de grande importância, e prosseguida com grande vigor e muitos esforços. Sá Carneiro via aí também um travão a que o partido se deslocasse para a direita."


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Um hoje mais triste do que o ontem

No tempo de Oliveira Salazar, de autocracia, alguns tinham de ter receio do Regime, especificamente comunistas, opositores e conspiradores contra o Estado Novo. Os bufos eram seus convictos seguidores.

No presente tempo, de ditadura já indisfarçável, todos temos de ter medo, porquanto é RGPD, é Portal das Denúncias, é LADA, são queixas anónimas e infundadas ao MP e que têm continuidade, é burocracia que nos asfixia, são as minorias a comandar a maiorias, wokismo, é vigilância online, etc, etc. Hoje há medo de falar de muitos e muitos assuntos, que não apenas "de Salazar". Os tempos presentes são inegavelmente mais tristes e difíceis do que antes. O receito é já maior, multifacetado e enormemente mais dilacerante que antes de 25/4/1974. A estatística comparativa de suicídios é a prova disso mesmo. O regime de hoje conseguiu criar os meios para que os bufos fossemos todos nós.


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Homenagem governamental | Monsenhor João Maurício de Amaral Ferreira

EB/JI Monsenhor João Maurício de Amaral Ferreira | Despacho/SREC/95/45, publicado no Jornal Oficial, II Série, N.⁰ 40, de 3 de outubro de 1995

Apesar de ser uma inquestionável honra para a família, esta homenagem ao meu estimado tio foi, sobretudo, e no meu entendimento como cidadão (e não como familiar próximo), um ato de pura justiça do Governo Regional de então, porquanto ele tudo deu das suas forças, inclusive pagando o preço com a sua própria vida devido a um enfarte fatal com apenas 63 anos já quando era Reitor do Santuário do Senhor Santo Cristo, para possibilitar, acima de tudo, o estudo às famílias carenciadas e que apesar do talento escolar de muitos dos seus filhos, não tinham possibilidades económicas para manter os estudos deles e, assim, perdia-se muitas capacidades. Graças a ele, numa fase difícil, quando o dinheiro não jorrava da UE, com muito stress, angústias para cumprir pagamentos a tempo e horas, ele conseguiu o seu objetivo focado nos povoacenses. Tempos depois, o seu nome também era dado à Escola Profissional da Povoação.

Grato, enquanto açoriano, ao Governo Regional da altura e, sobretudo, aos povoacenses.


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Lido e ouvido num filme de Andrew Jones de 2014

"Inspetor de polícia Jim Eckhart - Tenho uma pergunta: o que te faz acreditar... o que te faz acreditar no que acreditas?

Padre Bill Jennings - É uma pergunta que fiz a mim mesmo, muitas vezes.

Há quem olhe para a ciência e veja certos factos sobre como o mundo e a humanidade evoluem. As suas questões são respondidas. Essas pessoas tendem a seguir as cabeças, mas eu sigo o coração.

Quando vejo a ciência, a evolução e todas essas coisas, fico com uma questão: como pode um mundo tão belo não ter algum tipo de toque divino inexplicável?

A fé não é algo que penso, Jim. É algo que sinto."


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"Memorial for the unborn child"

"Memorial for the unborn child" | "Memorial à criança não nascida"

Peça escultórica da autoria do checo Martin Hudácek.
O conceito da obra assenta sobre os seguintes pressupostos:
- A mãe é mármore expressando o peso e a dor.
- A criança é translúcida como o perdão.



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Quando querem a direita a assumir o que não é ela

Clean as that:

O nome correto, apesar de terem sempre querido ludibriar ser um partido de direita, era assim:
'Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães'.

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- (menos) LGBT

Tenho pena que a jovem Chloe tenha caído nas teias do aliciamento armadilhado pelos movimentos LGBT+, muito fortes nas redes sociais, onde os nossos filhos ficam confusos e fragilizados.

Porém, a Cloe, também merece um reconhecimento de, por experiência na pele, e destruição do seu ser, vir corajosamente denunciar esta monstruosidade wokista que está a acontecer e que ainda levam a ser hasteadas bandeiras. Já vivemos tempos melhores.

Admirem-se, pois, que muitos já queiram recuar, por razões práticas de maior liberdade, a 24/4/1974.

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Diferenciação

"A inteligência emocional é um dos principais factores de diferenciação entre os seres humanos e a IA"

Helena Oliveira, in revista online VER.

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De punho fechado...

«Com o punho fechado não se pode trocar um aperto de mãos.»

Indira Gandhi.

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Da matança

"O aborto não foi propriamente aprovado em referendo, mas sim a sua despenalização ou a não condenação da mulher que o pratica."

José Barros Oliveira, in Sol, de 19/7/2024, pág. 47.

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SELECTION SOUNDZZZzzz!


In memoriam


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quinta-feira, 7 de novembro de 2024

"Por ti, Portugal eu juro!"

Em junho escrevi isto, hoje sai este documentário que desconhecia.
A ver, indubitavelmente.
Porque razão os portugueses brancos foram resgatados da morte certa após o 25/4 e os portugueses negros não?
Eram estes que Marcelo devia indmizadar.
A verdade começa, devagar, a chegar.
Obrigado irmãos.
Nota - Um excelente trabalho dos jornalistas Diogo Cardoso e Sofia da Palma Rodrigues, mas também de rigor e, acima de tudo, de muita coragem. Pioneiros.


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«Se mandarem os Reis embora, hão-de tornar a chamá-Los» (Alexandre Herculano)

«(…) abandonar o azul e branco, Portugal abandonara a sua história e que os povos que abandonam a sua história decaem e morrem (…)» (O Herói, Henrique Mitchell de Paiva Couceiro)

Entre homens de inteligência, não há nada mais nobre e digno do que um jurar lealdade a outro, enquanto seu representante, se aquele for merecedor disso. (Pedro Paiva Araújo)

Este povo antes de eleger um chefe de Estado, foi eleito como povo por um Rei! (Pedro Paiva Araújo)

«A República foi feita em Lisboa e o resto do País soube pelo telégrafo. O povo não teve nada a ver com isso» (testemunho de Alfredo Marceneiro prestado por João Ferreira Rosa)

«What an intelligent and dynamic young King. I just can not understand the portuguese, they have committed a very serious mistake which may cost them dearly, for years to come.» (Sir Winston Leonard Spencer-Churchill sobre D. Manuel II no seu exílio)

«Everything popular is wrong» (Oscar Wilde)

«Pergunta: Queres ser rei?

Resposta: Eu?! Jamais! Não sou tão pequeno quanto isso! Eu quero ser maior, quero por o Rei!» (NCP)

Um presidente da república disse «(...)"ser o provedor do povo". O povo. Aquela coisa distante. A vantagem de ser monárquico é nestas coisas. Um rei não diz ser o provedor do povo. Nem diz ser do povo. Diz que é o povo.» (Rodrigo Moita de Deus)

«Chegou a hora de acordar consciências e reunir vontades, combatendo a mentira, o desânimo, a resignação e o desinteresse» (S.A.R. Dom Duarte de Bragança)

«Depois de Vós, Nós» (El-Rei D. Manuel II de Portugal, 1909)

«Go on, palavras D'El-Rey!» (El-Rei D. Manuel II de Portugal)