Este é um microcosmo apartidário embora ideológico, pois «nenhuma escrita é ideologicamente neutra*»

*Roland Bartes

Intros: 1 2

domingo, 10 de novembro de 2024

A delicadeza do Lírio Branco na Europa

Adquiri na altura em que saiu "O Lírio Branco", da saga de Astérix. Contudo, no vasto rol de publicações em lista de espera, só muito recentemente me foi possível ler, finalmente, esta última peça da obra dos intrépidos gauleses, obra que acompanho desde dos meus 8 anos.

Felizmente os continuadores desta inigualável obra conseguiram a raríssima proeza de, felizmente, manter intactos os condimentos essenciais tais como concebidos pela dupla de génio criadora de Astérix: Albert Uderzo e René Goscinny.

No que concerne a este livro, "O Lírio Branco", fiquei especialmente agradado e ri-me, ri-me tanto como há muito não me ria. Brilhante, portanto, este fruto da semente deixada por Uderzo e Goscinny.

Na minha opinião um retrato, mais que óbvio, mesmo necessário, que espelha o quanto a Europa está a amolecer em falas mansas, encantada por bem falantes, enfeitiçada pela ordem liberal, submergida em regras/burocracia/direitos e "direitinhos" sem o equilíbrio dos deveres e que, neste todo, nos tem levado, europeus, à decadência, geridos por líderes incapazes, fracos e de 10.ª escolha. Este livro é um descodificador para a realidade de que a Europa está a perder cada vez mais a sua essência, a sua importância, a sua velocidade inventiva e produtiva, a sua desenvoltura, o seu carisma e determinação tão próprios de cada Nação que a compõe, cada vez mais refém da armadilha accionada pela tribo dominante do politicamente correto.

Ou seja, está montada a melhor táctica para derrotar definitivamente os gauleses...

Veremos se ainda haverá poção mágica que inverta tudo isto e leve, como sempre levou, os bons gauleses à vitória contra o Império circundante.


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