Este é um microcosmo apartidário embora ideológico, pois «nenhuma escrita é ideologicamente neutra*»

*Roland Bartes

Intros: 1 2

domingo, 10 de novembro de 2024

Um hoje mais triste do que o ontem

No tempo de Oliveira Salazar, de autocracia, alguns tinham de ter receio do Regime, especificamente comunistas, opositores e conspiradores contra o Estado Novo. Os bufos eram seus convictos seguidores.

No presente tempo, de ditadura já indisfarçável, todos temos de ter medo, porquanto é RGPD, é Portal das Denúncias, é LADA, são queixas anónimas e infundadas ao MP e que têm continuidade, é burocracia que nos asfixia, são as minorias a comandar a maiorias, wokismo, é vigilância online, etc, etc. Hoje há medo de falar de muitos e muitos assuntos, que não apenas "de Salazar". Os tempos presentes são inegavelmente mais tristes e difíceis do que antes. O receito é já maior, multifacetado e enormemente mais dilacerante que antes de 25/4/1974. A estatística comparativa de suicídios é a prova disso mesmo. O regime de hoje conseguiu criar os meios para que os bufos fossemos todos nós.


Share |

Sem comentários:

Enviar um comentário

«Se mandarem os Reis embora, hão-de tornar a chamá-Los» (Alexandre Herculano)

«(…) abandonar o azul e branco, Portugal abandonara a sua história e que os povos que abandonam a sua história decaem e morrem (…)» (O Herói, Henrique Mitchell de Paiva Couceiro)

Entre homens de inteligência, não há nada mais nobre e digno do que um jurar lealdade a outro, enquanto seu representante, se aquele for merecedor disso. (Pedro Paiva Araújo)

Este povo antes de eleger um chefe de Estado, foi eleito como povo por um Rei! (Pedro Paiva Araújo)

«A República foi feita em Lisboa e o resto do País soube pelo telégrafo. O povo não teve nada a ver com isso» (testemunho de Alfredo Marceneiro prestado por João Ferreira Rosa)

«What an intelligent and dynamic young King. I just can not understand the portuguese, they have committed a very serious mistake which may cost them dearly, for years to come.» (Sir Winston Leonard Spencer-Churchill sobre D. Manuel II no seu exílio)

«Everything popular is wrong» (Oscar Wilde)

«Pergunta: Queres ser rei?

Resposta: Eu?! Jamais! Não sou tão pequeno quanto isso! Eu quero ser maior, quero por o Rei!» (NCP)

Um presidente da república disse «(...)"ser o provedor do povo". O povo. Aquela coisa distante. A vantagem de ser monárquico é nestas coisas. Um rei não diz ser o provedor do povo. Nem diz ser do povo. Diz que é o povo.» (Rodrigo Moita de Deus)

«Chegou a hora de acordar consciências e reunir vontades, combatendo a mentira, o desânimo, a resignação e o desinteresse» (S.A.R. Dom Duarte de Bragança)

«Depois de Vós, Nós» (El-Rei D. Manuel II de Portugal, 1909)

«Go on, palavras D'El-Rey!» (El-Rei D. Manuel II de Portugal)