Este é um microcosmo apartidário embora ideológico, pois «nenhuma escrita é ideologicamente neutra*»

*Roland Bartes

Intros: 1 2

domingo, 10 de novembro de 2024

Conflitos recentes: factos e decisões difíceis

1 - O Ultimato britânico de 1890 foi entregue a 11 de janeiro de 1890 a Portugal e exigia a retirada das forças militares chefiadas pelo major Serpa Pinto do território compreendido entre as colónias de Moçambique e Angola (nos actuais Zimbabwe e Zâmbia), a pretexto de um incidente entre portugueses e Macololos. Esses vastíssimos territórios eram reclamado por Portugal, pois haviam sido legalmente incluídos no famoso Mapa cor-de-rosa, reclamandos a partir da Conferência de Berlim numa faixa de território que ia de Angola à contra-costa, ou seja, a Moçambique.
Perante tal contexto, e num cenário de uma guerra impossível, contra a maior potência bélica da época, D. Carlos, nosso Rei, lendo bem os contornos geopolíticos da altura, optou por não enviar milhares de portugueses para uma chacina e absorver os mais vis ataques por parte dos nacionalistas portugueses, em especial dos republicanos.

2 - Em 1916, já com a I república imposta, Portugal participou na I Grande Guerra, tendo mobilizado mais de cem mil homens. Sem qualquer pudor e reflexão ponderada, contrariamente a D. Carlos, o recente regime não hesitou em enviar para a chacina os nossos compatriotas, a maior parte deles pobres coitados impreparados, camponeses, os quais foram morrer nas trincheiras, especialmente em 'La Liz', apenas porque o republicanismo, fraco, não soube travar a sua ânsia de afirmação internacional e cedeu, facilmente, às grandes nações da altura que o instigaram a travar um conflito que era morte certa para muitos portugueses.

3 - Volodymyr Zelensky, a formiga ante o Gigante russo, em vez de astutamente querer negociar, como afinal agora já quer, deixou-se, qual patrioticamente, ser empurrado e manipulado por trás para enfrentar o Grande Urso. Agora que esse apoio está a findar, sobretudo por parte dos principais responsáveis, os EUA de Biden e Haris, e após tantas mortes desnecessárias na Ucrânia e na Rússia, e resumindo-se à sua insignificância, endividado a quem lhe forneceu as armas, e com tantas mortes no seu curriculo, resta-lhe o que reserva desta notícia.

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«Se mandarem os Reis embora, hão-de tornar a chamá-Los» (Alexandre Herculano)

«(…) abandonar o azul e branco, Portugal abandonara a sua história e que os povos que abandonam a sua história decaem e morrem (…)» (O Herói, Henrique Mitchell de Paiva Couceiro)

Entre homens de inteligência, não há nada mais nobre e digno do que um jurar lealdade a outro, enquanto seu representante, se aquele for merecedor disso. (Pedro Paiva Araújo)

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«A República foi feita em Lisboa e o resto do País soube pelo telégrafo. O povo não teve nada a ver com isso» (testemunho de Alfredo Marceneiro prestado por João Ferreira Rosa)

«What an intelligent and dynamic young King. I just can not understand the portuguese, they have committed a very serious mistake which may cost them dearly, for years to come.» (Sir Winston Leonard Spencer-Churchill sobre D. Manuel II no seu exílio)

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Um presidente da república disse «(...)"ser o provedor do povo". O povo. Aquela coisa distante. A vantagem de ser monárquico é nestas coisas. Um rei não diz ser o provedor do povo. Nem diz ser do povo. Diz que é o povo.» (Rodrigo Moita de Deus)

«Chegou a hora de acordar consciências e reunir vontades, combatendo a mentira, o desânimo, a resignação e o desinteresse» (S.A.R. Dom Duarte de Bragança)

«Depois de Vós, Nós» (El-Rei D. Manuel II de Portugal, 1909)

«Go on, palavras D'El-Rey!» (El-Rei D. Manuel II de Portugal)