Este é um microcosmo apartidário embora ideológico, pois «nenhuma escrita é ideologicamente neutra*»

*Roland Bartes

Intros: 1 2

quinta-feira, 2 de abril de 2020

Dos poucos líderes que ainda temos (I)

Eventualmente, e sem descurar de Sidónio Pais, o Presidente da República que mais próximo tivemos de um Rei, ou seja, com as suas excecionais e intrínsecas qualidades de caráter humano, sempre esteve acima de um mero político e colocou os interesses de Portugal e dos portugueses em primeiríssimo lugar. Um homem sério e corajoso, i.e., um líder.

Porém, e apesar de não se esperar outra posição de coragem e de proteção aos outros como aquela que aqui declarou o Sr. General Ramalho Eanes, todavia, discordo dele, porquanto são às pessoas na sua faixa etária que mais precisam de proteção e é esse grupo que mais precisa de defesa.

Se negarmos a defesa aos nossos idosos, pais ou avós, estamos a negar a nossa própria humanidade, o nosso próprio humanismo e o nosso (alegado) amor ao próximo.

Por outro lado, é a própria Antropologia que, durante séculos, explica este fenómeno, em que nas sociedades estruturadas e que levaram o ser humano a evoluir foi precisamente o destaque e a importância que era dada aos anciãos. Os idosos não são, nem nunca serão, um fardo para a sociedade na minha opinião, os idosos são uma fonte de sabedoria, experiência, bom senso e, sobretudo, um reflexo vivo e importantíssimo do passado que nos devia ajudar a ver melhor o futuro.

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«Se mandarem os Reis embora, hão-de tornar a chamá-Los» (Alexandre Herculano)

«(…) abandonar o azul e branco, Portugal abandonara a sua história e que os povos que abandonam a sua história decaem e morrem (…)» (O Herói, Henrique Mitchell de Paiva Couceiro)

Entre homens de inteligência, não há nada mais nobre e digno do que um jurar lealdade a outro, enquanto seu representante, se aquele for merecedor disso. (Pedro Paiva Araújo)

Este povo antes de eleger um chefe de Estado, foi eleito como povo por um Rei! (Pedro Paiva Araújo)

«A República foi feita em Lisboa e o resto do País soube pelo telégrafo. O povo não teve nada a ver com isso» (testemunho de Alfredo Marceneiro prestado por João Ferreira Rosa)

«What an intelligent and dynamic young King. I just can not understand the portuguese, they have committed a very serious mistake which may cost them dearly, for years to come.» (Sir Winston Leonard Spencer-Churchill sobre D. Manuel II no seu exílio)

«Everything popular is wrong» (Oscar Wilde)

«Pergunta: Queres ser rei?

Resposta: Eu?! Jamais! Não sou tão pequeno quanto isso! Eu quero ser maior, quero por o Rei!» (NCP)

Um presidente da república disse «(...)"ser o provedor do povo". O povo. Aquela coisa distante. A vantagem de ser monárquico é nestas coisas. Um rei não diz ser o provedor do povo. Nem diz ser do povo. Diz que é o povo.» (Rodrigo Moita de Deus)

«Chegou a hora de acordar consciências e reunir vontades, combatendo a mentira, o desânimo, a resignação e o desinteresse» (S.A.R. Dom Duarte de Bragança)

«Depois de Vós, Nós» (El-Rei D. Manuel II de Portugal, 1909)

«Go on, palavras D'El-Rey!» (El-Rei D. Manuel II de Portugal)