Este é um microcosmo apartidário embora ideológico, pois «nenhuma escrita é ideologicamente neutra*»

*Roland Bartes

Intros: 1 2

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

A ré pública, de facto, já não anda lá muito bem (III)

Um estudo da Eurosondagem* para o Expresso e para a SIC deu a Paulo Portas, ministro do actual Governo, um posicionamento popular acima do Presidente da república (PR). Foi por mais 4,3%. Neste estudo o Dr. Paulo Portas ficou à frente com 14,3 % e o PR, em segundo lugar, com 10.
Pode ser ignorância minha, mas nunca tinha visto um PR fora do primeiro lugar…embora esteja absolutamente certo que se tratará, em última instância e na minha pior hipótese, de coisa muito rara.
Com o devido mérito ao Dr. Paulo Portas, e não querendo minorar esse posicionamento, advindo da opinião dos portugueses, é muito mau sintoma quando um político governativo no activo ultrapassa outro, dito representante de todos nós, “semi-no-activo”.
De facto a república em Portugal já começa a dar mostras do seu cansaço e da sua inoperância gritante.

*Fonte: Expresso de 11-2-2012, Primeiro Caderno (pág. 15).
Share |

Sem comentários:

Enviar um comentário

«Se mandarem os Reis embora, hão-de tornar a chamá-Los» (Alexandre Herculano)

«(…) abandonar o azul e branco, Portugal abandonara a sua história e que os povos que abandonam a sua história decaem e morrem (…)» (O Herói, Henrique Mitchell de Paiva Couceiro)

Entre homens de inteligência, não há nada mais nobre e digno do que um jurar lealdade a outro, enquanto seu representante, se aquele for merecedor disso. (Pedro Paiva Araújo)

Este povo antes de eleger um chefe de Estado, foi eleito como povo por um Rei! (Pedro Paiva Araújo)

«A República foi feita em Lisboa e o resto do País soube pelo telégrafo. O povo não teve nada a ver com isso» (testemunho de Alfredo Marceneiro prestado por João Ferreira Rosa)

«What an intelligent and dynamic young King. I just can not understand the portuguese, they have committed a very serious mistake which may cost them dearly, for years to come.» (Sir Winston Leonard Spencer-Churchill sobre D. Manuel II no seu exílio)

«Everything popular is wrong» (Oscar Wilde)

«Pergunta: Queres ser rei?

Resposta: Eu?! Jamais! Não sou tão pequeno quanto isso! Eu quero ser maior, quero por o Rei!» (NCP)

Um presidente da república disse «(...)"ser o provedor do povo". O povo. Aquela coisa distante. A vantagem de ser monárquico é nestas coisas. Um rei não diz ser o provedor do povo. Nem diz ser do povo. Diz que é o povo.» (Rodrigo Moita de Deus)

«Chegou a hora de acordar consciências e reunir vontades, combatendo a mentira, o desânimo, a resignação e o desinteresse» (S.A.R. Dom Duarte de Bragança)

«Depois de Vós, Nós» (El-Rei D. Manuel II de Portugal, 1909)

«Go on, palavras D'El-Rey!» (El-Rei D. Manuel II de Portugal)