Este é um microcosmo apartidário embora ideológico, pois «nenhuma escrita é ideologicamente neutra*»

*Roland Bartes

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segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Os 101 anos após a morte do Rei D. Carlos I

Hoje, 5 de Outubro de 2009, a precisamente um ano dos 100 anos da implantação revolucionária da república, mas não descurando dos 101 anos do assassinato bárbaro (e à traição) do Rei D. Carlos e do Príncipe Real D. Luís Filipe, apenas estamos convictos de um aspecto: o povo (que somos todos nós) nunca traiu, nem nunca quis mal aos seus Reis. Aquando do reinado de D. Carlos I e subsequentemente de seu filho D. Manuel II, em pleno regime constitucional liberal, o voto popular ao parlamento nacional (do Reino), era, esmagadoramente, monárquico.

Nunca esquecer, aquando da queda da Monarquia Constitucional e democrática, foi quase exclusivamente o povo que esteve do lado do Rei e não muitos "intelectuais" e até alguns nobres. Além disso, nunca devemos descurar que o Rei (e assim em representação dos seus antepassados e descendentes em sentido amplo e legatário), jurídica e tecnicamente, nunca abdicou. Isto era consequência de saberem que o Rei não era um "actor" num papel, mas estava e sempre esteve genuinamente interligado ao seu povo. É indesmentível o motivo de alegria quando o Rei a eles se juntava. Daí muitos homens de esquerda serem abertos à causa Real. O Rei é de todos, não tem "cor", não é de esquerda nem de direita, assim foi durante aproximadamente 800 anos. Foi também neste regime que Portugal conheceu o maior pico de prestígio internacional da sua história.

Por fim, alguns factos: Espanha, país muito mais recente que Portugal, uma potência cultural, tem um Rei e não um presidente; Inglaterra, a grande potência anterior aos Estados Unidos da América, tem uma Rainha e não um presidente; Holanda, país indiscutivelmente aberto na sua mentalidade colectiva, inclusive permitindo o referendo de alteração do seu regime de Estado, tem uma Rainha e não um presidente; E diversos casos como o Japão, Suécia, Dinamarca... O Portugal “evoluído” é que continua (apenas) “presidencialvel”…

Viva o Rei! Viva uma moderna e nova Monarquia para Portugal!
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«Se mandarem os Reis embora, hão-de tornar a chamá-Los» (Alexandre Herculano)

«(…) abandonar o azul e branco, Portugal abandonara a sua história e que os povos que abandonam a sua história decaem e morrem (…)» (O Herói, Henrique Mitchell de Paiva Couceiro)

Entre homens de inteligência, não há nada mais nobre e digno do que um jurar lealdade a outro, enquanto seu representante, se aquele for merecedor disso. (Pedro Paiva Araújo)

Este povo antes de eleger um chefe de Estado, foi eleito como povo por um Rei! (Pedro Paiva Araújo)

«A República foi feita em Lisboa e o resto do País soube pelo telégrafo. O povo não teve nada a ver com isso» (testemunho de Alfredo Marceneiro prestado por João Ferreira Rosa)

«What an intelligent and dynamic young King. I just can not understand the portuguese, they have committed a very serious mistake which may cost them dearly, for years to come.» (Sir Winston Leonard Spencer-Churchill sobre D. Manuel II no seu exílio)

«Everything popular is wrong» (Oscar Wilde)

«Pergunta: Queres ser rei?

Resposta: Eu?! Jamais! Não sou tão pequeno quanto isso! Eu quero ser maior, quero por o Rei!» (NCP)

Um presidente da república disse «(...)"ser o provedor do povo". O povo. Aquela coisa distante. A vantagem de ser monárquico é nestas coisas. Um rei não diz ser o provedor do povo. Nem diz ser do povo. Diz que é o povo.» (Rodrigo Moita de Deus)

«Chegou a hora de acordar consciências e reunir vontades, combatendo a mentira, o desânimo, a resignação e o desinteresse» (S.A.R. Dom Duarte de Bragança)

«Depois de Vós, Nós» (El-Rei D. Manuel II de Portugal, 1909)

«Go on, palavras D'El-Rey!» (El-Rei D. Manuel II de Portugal)