Este é um microcosmo apartidário embora ideológico, pois «nenhuma escrita é ideologicamente neutra*»

*Roland Bartes

Intros: 1 2

sábado, 22 de junho de 2024

Da não possibilidade de mudar um PR

Em Monarquia, na primeira Dinastia, D. Sancho II foi substituído por D. Afonso III. Na quarta Dinastia D. Afonso VI foi substituído por D. Pedro II. Além deste mecanismo legal que já datava da Idade Média, acresce o da figura jurídica da Regência, concretamente em casos de menoridade do futuro Rei ou Rainha ou, ainda, por incapacidade de saúde como foi o caso de D. Maria I, cuja Regência do Reino foi assumida pelo príncipe herdeiro D. João, futuro D. João VI.
Na Constituição em Monarquia era igualmente possível o Rei perder o reinado em caso de atentar contra território português.
Presentemente, com tanta democracia, com tanto alegado progresso, com tanta alegada liberdade, além de nunca ter havido sequer uma mulher Chefe de Estado, como nos livramos de um Presidente que não esteja em condições para presidir aos nossos destinos? Como se faz isso com a mesma imediatez que se fazia no tempo dos nossos reis?
Os únicos Presidentes da História que saíram antes do tempo ou pediram para sair ou sairam por assassinato como foi o caso de Sidónio Pais.
Em suma, democracia e República mas estamos presos.


Share |

Sem comentários:

Enviar um comentário

«Se mandarem os Reis embora, hão-de tornar a chamá-Los» (Alexandre Herculano)

«(…) abandonar o azul e branco, Portugal abandonara a sua história e que os povos que abandonam a sua história decaem e morrem (…)» (O Herói, Henrique Mitchell de Paiva Couceiro)

Entre homens de inteligência, não há nada mais nobre e digno do que um jurar lealdade a outro, enquanto seu representante, se aquele for merecedor disso. (Pedro Paiva Araújo)

Este povo antes de eleger um chefe de Estado, foi eleito como povo por um Rei! (Pedro Paiva Araújo)

«A República foi feita em Lisboa e o resto do País soube pelo telégrafo. O povo não teve nada a ver com isso» (testemunho de Alfredo Marceneiro prestado por João Ferreira Rosa)

«What an intelligent and dynamic young King. I just can not understand the portuguese, they have committed a very serious mistake which may cost them dearly, for years to come.» (Sir Winston Leonard Spencer-Churchill sobre D. Manuel II no seu exílio)

«Everything popular is wrong» (Oscar Wilde)

«Pergunta: Queres ser rei?

Resposta: Eu?! Jamais! Não sou tão pequeno quanto isso! Eu quero ser maior, quero por o Rei!» (NCP)

Um presidente da república disse «(...)"ser o provedor do povo". O povo. Aquela coisa distante. A vantagem de ser monárquico é nestas coisas. Um rei não diz ser o provedor do povo. Nem diz ser do povo. Diz que é o povo.» (Rodrigo Moita de Deus)

«Chegou a hora de acordar consciências e reunir vontades, combatendo a mentira, o desânimo, a resignação e o desinteresse» (S.A.R. Dom Duarte de Bragança)

«Depois de Vós, Nós» (El-Rei D. Manuel II de Portugal, 1909)

«Go on, palavras D'El-Rey!» (El-Rei D. Manuel II de Portugal)