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*Roland Bartes

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sábado, 8 de junho de 2013

Ordem de Malta, 900 anos festejados nos Açores de azul e branco

Fotos - PPA

Dois dias após o 6 de Junho e dois dias antes do Dia de Portugal e das Comunidades, realizou-se, hoje, a investidura de cavaleiros da Graça Magistral da Ordem Soberana e Militar de Malta, em cerimónia que decorreu na Igreja de São José, em Ponta Delgada, presidida por Sua Exa. Reverendíssima, o Bispo de Angra e Ilhas dos Açores. Esta é uma Ordem católica e monárquica. Esta Ordem é mais antiga que Portugal. 

Na cerimónia estiveram presentes as autoridades da Ordem Soberana e Militar de Malta, acreditadas diplomaticamente em Portugal. 

Entre os convidados estiveram presentes, na cerimónia litúrgica, membros das Casas Reais Portuguesa e Francesa, nomeadamente: Suas Altezas, D. Miguel - Duque de Viseu e Suas Altezas Reais - Os Príncipes Charles-Philippe Marie Louis d’Orléans - Duque de Anjou e D. Diana de Cadaval d’Orléans – Duquesa de Anjou e Duquesa de Cadaval. 

Estiveram também presentes as autoridades militares, civis e religiosas dos Açores, bem como diversos convidados da sociedade civil.
Entre as 14h00m e as 15h45m, estiveram no Campo de São Francisco vários grupos tradicionais de folclore, grupos académicos e sinfónicos para animar o evento. 

A cerimónia teve início às 15h45m, com a saída de todos os Cavaleiros, do Portão do pátio nascente do Santuário do Senhor Santo Cristo dos Milagres (onde sai a imagem na Mudança), com destino à Igreja de São José, ao som da Banda Sinfónica da Ilha de São Miguel. Engrandeceram e distinguiram ainda o evento, além da aludida banda sinfónica, o Coral de São José e a Fanfara da Zona Militar dos Açores. 

Tratou-se de uma cerimónia de grande importância para aquela Ordem que decidiu festejar o ponto mais alto e emblemático das comemorações nacionais, dos seus 900 anos, nos Açores, entre açorianos…quiçá por sermos o último reduto oficialmente azul e branco. 

A interligação monárquica e as cores desta Região não são mero simbolismo, são laços indesmentivelmente efetivos, não tivesse a organização sido um sucesso e a dignidade da cerimónia sem paralelo em alguma coisa que tenha visto num passado recente. Pela elevação, parecia que tínhamos voltado a ser uma Monarquia. 

A soberana Ordem de Malta também soube reconhecer esse acolhimento açoriano, tendo, e muito bem, atribuído distinções ao Governo Regional dos Açores na pessoa do seu Presidente, o Dr. Vasco Cordeiro, que foi pessoalmente distinguido na cerimónia, à Assembleia Regional na pessoa da sua representante, também presente, ao Sr. Presidente da Câmara de Ponta Delgada e a José Pracana, conhecido músico e indubitável patriota, entre outros. 

A cerimónia contou ainda com altas individualidades açorianas que, com a sua presença, elevaram o evento a um patamar distintivo, entre outros, o ex-Presidente do Governo Regional dos Açores, o Dr. João Bosco Mota Amaral. 

Foram investidos cavaleiros, entre outros, os açorianos Eng. António Costa Santos e o meu M.I. colega o Dr. Paulo Albergaria Botelho de Gusmão. 

Por fim, gostaria de agradecer o amável convite que me foi dirigido e dizer que tive muita honra em comparticipar com a minha presença.
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