Este é um microcosmo apartidário embora ideológico, pois «nenhuma escrita é ideologicamente neutra*»

*Roland Bartes

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quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Portugal – Um dos poucos países ainda mal resolvidos no mundo…


Portugal é um País mal resolvido, já vai para 102 anos!
Poucos países se podem orgulhar mais do que nós, da nossa História, dos nossos líderes…os Reis de Portugal e dos Algarves. 
Porém, há cerca de 101 anos, fomos alvo de uma imposição regimental brutal, que derivou num caos social, económico e político. Estava instalada a I república. Criou-se pois, obrigatoriamente, a necessidade de se restabelecer a ordem. Esse restabelecimento configurou-se numa II república, a do Estado Novo. Consequências? 48 anos de Ditadura, falta de liberdade de expressão e Guerras Ultramarinas! Depois surge o PREC, novamente em república, a terceira, e a tentativa de levar para uma nova ditadura…agora no posicionamento oposto: de base esquerdina. Inseridos em mais desordem, necessário foi restabelecer (novamente) a ordem com um contra-golpe. Em suma: passados 65 anos da queda anti-democrática da nossa Monarquia Constitucional, apenas se voltou a ter liberdade no dia 25 de Novembro de 1975…devido a homens como Jaime Neves, Ramalho Eanes e o “Grupo dos 9”, encabeçado por Melo Antunes.
Nos últimos 37 anos, e para não entrar pelo caminho do vasto rol de corrupção, fico-me apenas, simpaticamente, pelo desgoverno da república portuguesa que resultaram em 3 pedidos de empréstimo (1977, 1983 e 2011) ao FMI em conjugação com outras instituições credoras.
Em suma, nunca tivemos tempo para pensar o actual figurino que nos afunda, dia a dia. Não houve oportunidade de contrastar o nosso próspero passado fundacional de 767 anos com os últimos 101 anos de factual fracasso. Mais grave se torna se verificarmos que os países mais desenvolvidos em Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) são Monarquias Constitucionais e destas, à excepção da Espanha (embora ainda governada por alguém 100 vezes pior que os nossos “engenheiros”), nem sequer se fala de tombarem…antes pelo contrário.
Pelo exposto, temos, realmente, um acerto de contas a fazer com o passado…no presente. Temos, como uma família desavinda há muitos anos, com erros e segredos guardados com rancor no seu interior, reunirmo-nos e discutir o que queremos para o nosso País, discutir que caminho dar ao futuro Portugal dos nossos filhos. Se queremos continuar neste formato obtuso, limitado e partidarizado que pouco nos afirma no mundo ou, antes, seguir um caminho de futuro próspero, em Monarquia Constitucional, como são, melhores exemplos, os países do Norte da Europa.
Antes de resolvermos as nossas contas de um modo “tapa buracos” (que é o que andamos a fazer nas últimas 3 décadas), de forma meramente conjuntural, há primordialmente a necessidade de resolvermos a desavença com o nosso Passado para, aí sim, termos um caminho certo, estruturado e legítimo enquanto Nação (unida e quase) milenar. Já diz, e bem, o nosso Povo: a construção de uma casa inicia-se pelos alicerces e não pelo telhado (ou pelas janelas, ou pelas portas …acrescento meu)! Com a república andamos a desconstruir ou, dito de outra forma, a construir ao contrário! O resultado, esse, sai torto e…nunca direito!
Essa regeneração legitimadora só será conseguida por intermédio de um simples acto: um Referendo aos portugueses! Se querem continuar, no topo da pirâmide, com um partidário Presidente da república ou antes prosseguir com um Rei independente? Se continuar num regime semi-presidencialista ou, deixando de vez os “semis”, enveredar por um regime parlamentarista como o Inglês?
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«Se mandarem os Reis embora, hão-de tornar a chamá-Los» (Alexandre Herculano)

«(…) abandonar o azul e branco, Portugal abandonara a sua história e que os povos que abandonam a sua história decaem e morrem (…)» (O Herói, Henrique Mitchell de Paiva Couceiro)

Entre homens de inteligência, não há nada mais nobre e digno do que um jurar lealdade a outro, enquanto seu representante, se aquele for merecedor disso. (Pedro Paiva Araújo)

Este povo antes de eleger um chefe de Estado, foi eleito como povo por um Rei! (Pedro Paiva Araújo)

«A República foi feita em Lisboa e o resto do País soube pelo telégrafo. O povo não teve nada a ver com isso» (testemunho de Alfredo Marceneiro prestado por João Ferreira Rosa)

«What an intelligent and dynamic young King. I just can not understand the portuguese, they have committed a very serious mistake which may cost them dearly, for years to come.» (Sir Winston Leonard Spencer-Churchill sobre D. Manuel II no seu exílio)

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«Pergunta: Queres ser rei?

Resposta: Eu?! Jamais! Não sou tão pequeno quanto isso! Eu quero ser maior, quero por o Rei!» (NCP)

Um presidente da república disse «(...)"ser o provedor do povo". O povo. Aquela coisa distante. A vantagem de ser monárquico é nestas coisas. Um rei não diz ser o provedor do povo. Nem diz ser do povo. Diz que é o povo.» (Rodrigo Moita de Deus)

«Chegou a hora de acordar consciências e reunir vontades, combatendo a mentira, o desânimo, a resignação e o desinteresse» (S.A.R. Dom Duarte de Bragança)

«Depois de Vós, Nós» (El-Rei D. Manuel II de Portugal, 1909)

«Go on, palavras D'El-Rey!» (El-Rei D. Manuel II de Portugal)