Este é um microcosmo apartidário embora ideológico, pois «nenhuma escrita é ideologicamente neutra*»

*Roland Bartes

Intros: 1 2

sábado, 3 de abril de 2021

Monarquia acima de tudo

Um verdadeiro Rei nunca deve impor-se como tal, por isso ser aclamado. Esta é a ancestral magnitude de algo maior do que a democracia, porquanto legitima, unifica, é transparente (pois não há cá papeis dobrados em caixinhas) e há um elo de confiança estabelecido entre o povo e o seu monarca, ou seja, o seu País personificado. É sobretudo por isso que uma Monarquia está num patamar regimental acima de uma república.

Todavia, ao mesmo nível desse antigo aspeto, um Rei deve ser um líder e para isso deve fazer por merecer esse estatuto (ex. D. Afonso I, D. João I, D. João IV, D. Miguel I) e, assim, receber o devido reconhecimento de todos e, inequivocamente, legitimar, com naturalidade e generalidade, a aludida aclamação. Entre algumas vias para se evidenciar essa qualidade, por vezes, uma simples devolução de reconhecimento a alguém, seja singularmente ou institucionalmente, é uma forma singela de atingir aquele mesmo reconhecimento e, simultaneamente, mobilizar as tropas...para usar uma linguagem militar.

Dizia Paiva Couceiro: "acima do Rei, está a Monarquia".



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«Se mandarem os Reis embora, hão-de tornar a chamá-Los» (Alexandre Herculano)

«(…) abandonar o azul e branco, Portugal abandonara a sua história e que os povos que abandonam a sua história decaem e morrem (…)» (O Herói, Henrique Mitchell de Paiva Couceiro)

Entre homens de inteligência, não há nada mais nobre e digno do que um jurar lealdade a outro, enquanto seu representante, se aquele for merecedor disso. (Pedro Paiva Araújo)

Este povo antes de eleger um chefe de Estado, foi eleito como povo por um Rei! (Pedro Paiva Araújo)

«A República foi feita em Lisboa e o resto do País soube pelo telégrafo. O povo não teve nada a ver com isso» (testemunho de Alfredo Marceneiro prestado por João Ferreira Rosa)

«What an intelligent and dynamic young King. I just can not understand the portuguese, they have committed a very serious mistake which may cost them dearly, for years to come.» (Sir Winston Leonard Spencer-Churchill sobre D. Manuel II no seu exílio)

«Everything popular is wrong» (Oscar Wilde)

«Pergunta: Queres ser rei?

Resposta: Eu?! Jamais! Não sou tão pequeno quanto isso! Eu quero ser maior, quero por o Rei!» (NCP)

Um presidente da república disse «(...)"ser o provedor do povo". O povo. Aquela coisa distante. A vantagem de ser monárquico é nestas coisas. Um rei não diz ser o provedor do povo. Nem diz ser do povo. Diz que é o povo.» (Rodrigo Moita de Deus)

«Chegou a hora de acordar consciências e reunir vontades, combatendo a mentira, o desânimo, a resignação e o desinteresse» (S.A.R. Dom Duarte de Bragança)

«Depois de Vós, Nós» (El-Rei D. Manuel II de Portugal, 1909)

«Go on, palavras D'El-Rey!» (El-Rei D. Manuel II de Portugal)