Este é um microcosmo apartidário embora ideológico, pois «nenhuma escrita é ideologicamente neutra*»

*Roland Bartes

Intros: 1 2

domingo, 10 de fevereiro de 2019

Os Duques de Norfolk

Sir Thomas More que, além de ilustre académico, foi "Lord Chancellor", nunca traindo o seu Rei - Henrique VIII, acabaria condenado por traição enquanto vítima de um arranjo formal, em julgamento, para calar a verdade da sua consciência, em especial a religiosa, aquela que, em coerência e em fundamento, era o seu "path" para Deus.

Contudo, subjacente àquele injusto caso de Sir Thomas, estava uma fortíssima determinação Real em dar seguimento a um ignóbil assunto de saias que motivou a maior distorção (ou mesmo aberração) de crenças no mundo ocidental, com a criação da "Igreja de Inglaterra", cuja chefia recai sobre o Soberano ou Soberana de Inglaterra.

À parte da incongruência e da incoerência daquele formato gerar, até hoje, um indisfarçável atraso civilizacional, manchando desnecessariamente Inglaterra neste âmbito, porquanto volta a aglomerar o suposto poder civil ao religioso, foi simultaneamente meio gerador de um dos cenários mais sangrentos e duradouros que há memória por motivos religiosos no seio da Europa dita avançada.

É precisamente neste delicadíssimo contexto, que importa, igualmente, dar máxima atenção e consideração ao Ducado de Norfolk, que apesar de ser designado oficialmente "O Primeiro Ducado", dos mais antigos e importantes títulos ingleses (Séc. XIV), com lugar de destaque nas Coroações dos Reis de Inglaterra, à data de Henrique VIII e de sua filha Isabel I, foi um dos principais opositores àquela criação religiosa, mantendo-se, como até ao presente, fiel e coerente ao Catolicismo e ao Papa, não obstante, e mesmo hoje, nunca contrariado a sua posição religiosa, reconhecer SM a Rainha de Inglaterra como sua Soberana.


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