Este é um microcosmo apartidário embora ideológico, pois «nenhuma escrita é ideologicamente neutra*»

*Roland Bartes

Intros: 1 2

domingo, 10 de fevereiro de 2019

O Rei não temia o povo

«A França conhece hoje a oitava jornada dos Gilets Jaunes. Os manifestantes pedem pela sétima vez uma audiência ao presidente, ao que este responde com o desprezo do silêncio. Que contraste entre esta arrogância muda de Macron e a atitude de Luís XVI. Na jornada de 5 e 6 de Outubro de 1789, uma marcha de mulheres pedindo pão dirigiu-se a Versalhes e foi recebida com toda a bonomia pelo Rei, ao monarca pedindo que tudo fizesse para que a fome fosse debelada. Luís XVI era então, ainda, o Pai do povo, possuía forças leais consideráveis e podia ter mandado que a Guarda Suiça e a Guarda Nacional impedissem as mulheres de entrar no palácio. Em invés, tratou as peticionárias por filhas, percorreu demoradamente a galeria apertando a mão a cada uma e prometeu que regressaria com elas a Paris. Assim o fez, entrando na cidade no meio de grandes aclamações de Vive le Roi, vive la Nation. O Rei não era o tirano, mas o pai da nação.»


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«Se mandarem os Reis embora, hão-de tornar a chamá-Los» (Alexandre Herculano)

«(…) abandonar o azul e branco, Portugal abandonara a sua história e que os povos que abandonam a sua história decaem e morrem (…)» (O Herói, Henrique Mitchell de Paiva Couceiro)

Entre homens de inteligência, não há nada mais nobre e digno do que um jurar lealdade a outro, enquanto seu representante, se aquele for merecedor disso. (Pedro Paiva Araújo)

Este povo antes de eleger um chefe de Estado, foi eleito como povo por um Rei! (Pedro Paiva Araújo)

«A República foi feita em Lisboa e o resto do País soube pelo telégrafo. O povo não teve nada a ver com isso» (testemunho de Alfredo Marceneiro prestado por João Ferreira Rosa)

«What an intelligent and dynamic young King. I just can not understand the portuguese, they have committed a very serious mistake which may cost them dearly, for years to come.» (Sir Winston Leonard Spencer-Churchill sobre D. Manuel II no seu exílio)

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«Pergunta: Queres ser rei?

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Um presidente da república disse «(...)"ser o provedor do povo". O povo. Aquela coisa distante. A vantagem de ser monárquico é nestas coisas. Um rei não diz ser o provedor do povo. Nem diz ser do povo. Diz que é o povo.» (Rodrigo Moita de Deus)

«Chegou a hora de acordar consciências e reunir vontades, combatendo a mentira, o desânimo, a resignação e o desinteresse» (S.A.R. Dom Duarte de Bragança)

«Depois de Vós, Nós» (El-Rei D. Manuel II de Portugal, 1909)

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