Este é um microcosmo apartidário embora ideológico, pois «nenhuma escrita é ideologicamente neutra*»

*Roland Bartes

Intros: 1 2

terça-feira, 8 de março de 2016

O Último e o Primeiro Dia

O Presidente da república terminou hoje o seu mandato. Sem descurar das elevadas taxas de abstenção envolvidas nas suas duas eleições (e de outros), este acabou por ser empossado derivado à votação efectuada por (alguns) cidadãos.

Contudo, o Presidente termina o seu mandato com o tão falado índice de popularidade em baixa, segundo alguns superior mesmo à percentagem que o elegeu.

Ora, sabendo a forma como a república foi imposta, alicerçada em estritos grupos de interesses oligárquicos, processualizada por um braço armado maçónico - A Carbonária (cuja bandeira terrorista deu forma à actual bandeira da república portuguesa), não posso deixar de trazer à colação, entre muitos outros exemplos, duas imagens que expressam a relação dos portugueses com a Monarquia e com os seus representantes, concretamente da cerimónia fúnebre da Rainha D. Amélia (mesmo passados 41 anos do seu brutal exílio) e, ainda, o baptizado do actual Príncipe da Beira, D. Afonso, em Braga, nos anos noventa.

Nestes contextos expontâneos, não é difícil, para ninguém, perceber que, nesta ambiência, pouco releva o contexto dos votos, da abstenção ou da popularidade, aliás como acontece em Inglaterra, Holanda, Suécia, etc, antes sente-se, com nítida clareza, a admiração, o respeito e, sobretudo, a consideração do povo àqueles que são realmente Portugal.
 
 
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«Se mandarem os Reis embora, hão-de tornar a chamá-Los» (Alexandre Herculano)

«(…) abandonar o azul e branco, Portugal abandonara a sua história e que os povos que abandonam a sua história decaem e morrem (…)» (O Herói, Henrique Mitchell de Paiva Couceiro)

Entre homens de inteligência, não há nada mais nobre e digno do que um jurar lealdade a outro, enquanto seu representante, se aquele for merecedor disso. (Pedro Paiva Araújo)

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«A República foi feita em Lisboa e o resto do País soube pelo telégrafo. O povo não teve nada a ver com isso» (testemunho de Alfredo Marceneiro prestado por João Ferreira Rosa)

«What an intelligent and dynamic young King. I just can not understand the portuguese, they have committed a very serious mistake which may cost them dearly, for years to come.» (Sir Winston Leonard Spencer-Churchill sobre D. Manuel II no seu exílio)

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«Pergunta: Queres ser rei?

Resposta: Eu?! Jamais! Não sou tão pequeno quanto isso! Eu quero ser maior, quero por o Rei!» (NCP)

Um presidente da república disse «(...)"ser o provedor do povo". O povo. Aquela coisa distante. A vantagem de ser monárquico é nestas coisas. Um rei não diz ser o provedor do povo. Nem diz ser do povo. Diz que é o povo.» (Rodrigo Moita de Deus)

«Chegou a hora de acordar consciências e reunir vontades, combatendo a mentira, o desânimo, a resignação e o desinteresse» (S.A.R. Dom Duarte de Bragança)

«Depois de Vós, Nós» (El-Rei D. Manuel II de Portugal, 1909)

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