Este é um microcosmo apartidário embora ideológico, pois «nenhuma escrita é ideologicamente neutra*»

*Roland Bartes

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terça-feira, 17 de novembro de 2009

Reflexão-Síntese: Monarquia = Conservadorismo ?



Conservadores os monárquicos !? Hoje !? Jamais ! Porquê ? Porque no estado em que o País se encontra, reinstalando uma moderna Monarquia para revitalizá-lo…pouco havia a conservar da herança do regime antecessor…

Post Scriptum: Conservadorismo Vs Tradição.
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3 comentários:

  1. É esse o drama de qualquer Português que se diga conservador. Em Inglaterra é possível, sem dúvida, sê-lo. Nos Estados Unidos também o será.
    Em Portugal, pelo contrário, se se é «conservador» quer-se «conservar» propriamente o quê? Se se for monárquico, então, trata-se de uma verdadeira antinomia. Pelo menos há uma coisa que se não quer «conservar»: a forma republicana de regime, imposta pela força em 5 de Outubro de 1910 em Lisboa e, até ao dia em que escrevo, nunca plebiscitada pelo Povo Português.
    Por outro lado, será interessante ponderar no seguinte: quem é que disse que a nossa «tradição» política é conservadora? Já alguém leu com atenção a obra de Francisco Velasco de Gouveia de 1644, intitulada «A Justa Aclamação do Sereníssimo Rei o Senhor D.João o IV»? E o livro de Luís de Magalhães «Tradicionalismo e Constitucionalismo», publicado em 1927? Ou os textos das actas das Cortes Portuguesas, recentemente publicados? Para mim, a nossa «Tradição» foi tudo menos conservadora.
    Há muito que defendo esta ideia: se há coisa que um monárquico Português nunca pode ser - sob pena de se tornar republicano nesse exacto momento - é ... Conservador!

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  2. Prezado Dr. António, é gratificante para a “Incúria da Loja” estar a ser distinguida, nas suas publicações, com conhecimento, rigor, informação, cultura e lucidez histórico-constitucional por meio dos seus comentários/apontamentos de craveira e elevação intelectual, que só honram este blogue. Bem sabemos que o tempo é escasso, daí a maior dimensão do nosso reconhecido obrigado. Ao grande monárquico…tudo de bom. "Go on !" Post Scriptum: Esperamos ter o privilégio de receber artigos seus para publicação.

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  3. Aos autores da «Incúria da Loja», em especial ao meu velho amigo e colega Dr.Pedro Paiva Araújo:


    A mim nada têm de agradecer.
    Eu é que lhes agradeço e muito a oportunidade que me dão de participar neste estupendo blogue. Quanto mais se falar de Monarquia/República; quanto mais as pessoas se informarem; quanto mais pensarem no assunto; mais hipóteses haverá de tornar a «República» mais livre e de implantar assim -não gosto do termo restaurar! -, a Monarquia Portuguesa.
    Uma Monarquia Popular e Humana, Fraterna e Livre, como sempre foi a nossa desde 1128.

    Muitos Parabéns aos amigos açorianos e como sempre:

    «Go on, palavras d´El-Rei!».


    António Lemos Soares.

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«Se mandarem os Reis embora, hão-de tornar a chamá-Los» (Alexandre Herculano)

«(…) abandonar o azul e branco, Portugal abandonara a sua história e que os povos que abandonam a sua história decaem e morrem (…)» (O Herói, Henrique Mitchell de Paiva Couceiro)

Entre homens de inteligência, não há nada mais nobre e digno do que um jurar lealdade a outro, enquanto seu representante, se aquele for merecedor disso. (Pedro Paiva Araújo)

Este povo antes de eleger um chefe de Estado, foi eleito como povo por um Rei! (Pedro Paiva Araújo)

«A República foi feita em Lisboa e o resto do País soube pelo telégrafo. O povo não teve nada a ver com isso» (testemunho de Alfredo Marceneiro prestado por João Ferreira Rosa)

«What an intelligent and dynamic young King. I just can not understand the portuguese, they have committed a very serious mistake which may cost them dearly, for years to come.» (Sir Winston Leonard Spencer-Churchill sobre D. Manuel II no seu exílio)

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«Pergunta: Queres ser rei?

Resposta: Eu?! Jamais! Não sou tão pequeno quanto isso! Eu quero ser maior, quero por o Rei!» (NCP)

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«Chegou a hora de acordar consciências e reunir vontades, combatendo a mentira, o desânimo, a resignação e o desinteresse» (S.A.R. Dom Duarte de Bragança)

«Depois de Vós, Nós» (El-Rei D. Manuel II de Portugal, 1909)

«Go on, palavras D'El-Rey!» (El-Rei D. Manuel II de Portugal)