Este é um microcosmo apartidário embora ideológico, pois «nenhuma escrita é ideologicamente neutra*»

*Roland Bartes

Intros: 1 2

sábado, 8 de outubro de 2022

Constituições Escritas e Não Escritas

Com as recentes manifestações na Grã Bretanha, comparativamente, emerge a mediocridade que nos impuseram e que nos conduz com fracas elites desde 1910.

Da predita comparação a realidade é clara. Façam a V. interpretação:

1.ª Constituição republicana (I república) - Fortemente ideológica, marcada pelo jacobinismo radicalmente laico (ex. chegou a levar à perseguição de padres que eram qualificados como criminosos de delito comum apenas por serem religiosos);

2.ª Constituição (II república) - Marcada pela introdução do Cooperativismo e não fascista, porquanto Salazar, embora sob pressão de Rolão Preto e António Sardinha, nunca quis tal ideologia consagrada na Lex Fundamentalis. Todavia, um regime autocrático e anti comunista, munido de polícia política para travar aquela extrema esquerda e o Bloco Soviético em Portugal;

3.ª Constituição (III república) - Inequívoca e expressamente socialista, retalhada desde de 1976 até à sua última revisão, levando o País ao estado em que se encontra hoje.

Constituição Britânica - Nunca foi escrita, sendo, pois, amplamente mutável aos tempos, dada a sua base assentar nos usos, costumes e, acima de tudo, num substrato jurisprudencial.


Share |

Sem comentários:

Enviar um comentário

«Se mandarem os Reis embora, hão-de tornar a chamá-Los» (Alexandre Herculano)

«(…) abandonar o azul e branco, Portugal abandonara a sua história e que os povos que abandonam a sua história decaem e morrem (…)» (O Herói, Henrique Mitchell de Paiva Couceiro)

Entre homens de inteligência, não há nada mais nobre e digno do que um jurar lealdade a outro, enquanto seu representante, se aquele for merecedor disso. (Pedro Paiva Araújo)

Este povo antes de eleger um chefe de Estado, foi eleito como povo por um Rei! (Pedro Paiva Araújo)

«A República foi feita em Lisboa e o resto do País soube pelo telégrafo. O povo não teve nada a ver com isso» (testemunho de Alfredo Marceneiro prestado por João Ferreira Rosa)

«What an intelligent and dynamic young King. I just can not understand the portuguese, they have committed a very serious mistake which may cost them dearly, for years to come.» (Sir Winston Leonard Spencer-Churchill sobre D. Manuel II no seu exílio)

«Everything popular is wrong» (Oscar Wilde)

«Pergunta: Queres ser rei?

Resposta: Eu?! Jamais! Não sou tão pequeno quanto isso! Eu quero ser maior, quero por o Rei!» (NCP)

Um presidente da república disse «(...)"ser o provedor do povo". O povo. Aquela coisa distante. A vantagem de ser monárquico é nestas coisas. Um rei não diz ser o provedor do povo. Nem diz ser do povo. Diz que é o povo.» (Rodrigo Moita de Deus)

«Chegou a hora de acordar consciências e reunir vontades, combatendo a mentira, o desânimo, a resignação e o desinteresse» (S.A.R. Dom Duarte de Bragança)

«Depois de Vós, Nós» (El-Rei D. Manuel II de Portugal, 1909)

«Go on, palavras D'El-Rey!» (El-Rei D. Manuel II de Portugal)