Este é um microcosmo apartidário embora ideológico, pois «nenhuma escrita é ideologicamente neutra*»

*Roland Bartes

Intros: 1 2

segunda-feira, 1 de junho de 2020

DIA DOS AÇORES

Neste dia sempre especial para os açorianos, que serve para nos unir e pensarmos na nossa Autonomia, Autonomia que nos foi concedida por quem nos criou como povo a Monarquia, concretamente, pelo punho real de El-Rei D. Carlos I, decido evocar um dos nomes que sempre emerge na minha mente quando relaciono com a palavra Açores: Jorge do Nascimento Cabral.

Um homem livre, que expressava e colocava os Açores acima de tudo o que era institucional, mesmo, se fosse necessário, contra o seu próprio partido.

Relembro um Congresso que assistia na televisão, em 2009, em que Jorge do Nascimento Cabral, comentando em direto, na RTP-Açores, criticava duramente a Presidente do PSD da altura, a Dra. Manuela Ferreira Leite, uma centralista, e que falava no preciso momento do dito evento, sem qualquer medo ou impedimento. Foi de facto notável ver o desprendimento daquele homem naquele dia e sempre a defender os Açores e os seus mais altos desígnios. 

Hoje são raras as vozes semelhantes à de Jorge do Nascimento Cabral, ele faz-nos falta, muita falta, falar em plena liberdade só está ao alcance daqueles que têm coragem e que põem interesses de um povo, de uma coletividade, independentemente da cor ideológica e dos rebanhos partidários, à frente de si e dos seus interesses.

Bem haja Sr. Jorge do Nascimento Cabral, sei que onde está, está em paz e que olha pelos seus e, já agora, que olhe por todos nós açorianos igualmente.


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