Este é um microcosmo apartidário embora ideológico, pois «nenhuma escrita é ideologicamente neutra*»

*Roland Bartes

Intros: 1 2

quinta-feira, 7 de maio de 2020

SAPOS DE LOUÇA ?

Fico deslumbrado com o azo que estão a dar, ao Quaresma, alguns (pseudo) intelectuais. Fico ainda mais quando essas expressões de "conteúdo" vêm de um artigo do Tribuna, repito, do Tribuna, como já vi e li em vários artigos em redes sociais. Já dizia uma mui estimada professora minha de Filosofia: "o desporto é uma nova religião"... só pode ser isso.

Verdade dura e crua, e pondo isto em termos futebolísticos, pois é desse nível que se trata, sobretudo envolvendo o Ricardo Quaresma, foi mais um Porto - Benfica, do que qualquer outra coisa. Dar azo ao Quaresma é que é...., precisamente quando atendermos ao cerne do assunto da minha cara amiga facebookiana, Sofia Afonso Ferreira, cuja venustidade, com todo o devido respeito, só é suplantada pela sua inteligência.

Não sei explicar porquê, mas gosto de ciganos (deve ser porque eles têm uma boa relação com o Sr. Duque de Bragança e com os monárquicos de há séculos) ... apesar de já ter sido assaltado por um em Braga.

Sejamos sérios, há exceções e eles são efetivamente um problema complicado, e foi isso que o Doutor André Ventura focou. Não se trata de racismo, trata-se sim de não varrer um/o antigo problema para baixo do tapete. Há, portanto, repito, um problema e como qualquer problema, há que resolvê-lo em democracia, à luz do Princípio da Igualdade...tão simples quanto isso.

Esta notícia é de 1999. O visado foi meu professor de Direito Constitucional, socialista convicto, um homem íntegro, sério, competente, aristocrata e, acima de tudo, sendo testemunho dele, sempre foi coerente entre o que leccionava com aquilo que praticou nesta altura. Ora, neste contexto, e apesar do seu estatuto, ele foi cuspido, repito, cuspido... e não foi pelos ciganos. Tempos depois... saiu do mandato de Governador Civil de Braga... in "Gutierrez" time. Não foi/houve problema algum, foi tudo resolvido...

Em suma, o Doutor André Ventura precisa atrás de si de um tradutor, mas não daqueles para surdos, i.e. daqueles que estão agora em moda (sim porque antes nunca houve surdos na Terra...), antes sim de um tradutor de política séria para muitos de esquerda perceberem o que é democracia, maiorias e igualdade.

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