Este é um microcosmo apartidário embora ideológico, pois «nenhuma escrita é ideologicamente neutra*»

*Roland Bartes

Intros: 1 2

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Carta de Henrique de Paiva Couceiro a António de Oliveira Salazar

Ele ousou enfrentar a I república para repor a Monarquia.
Ele ousou enfrentar a II república e directamente Salazar para repor a verdade.

Eis uma das muitas evidências da sua inesgotável coragem.

«" a perda de Angola seria, moral e materialmente, a mais miserável das falências nacionais (...) A morte, numa palavra, de todas as nossas ambições de proeminência no Mundo, e o desaparecimento do próprio Portugal histórico, cuja razão de ser e cujas fibras vitais, residem no Domínio Ultramarino, Império esparso - é o que nós somos, e não apenas a estreita nesga no extremo ocidental da Europa."

(...)

"Deixe-se dessa absorvente preocupação contabilista (...) e ponha o ouvido à escuta, a ver se ouve, lá das profundezas da História, a voz de Portugal verdadeiro. Porque essa voz com certeza lhe não dirá que sacrifique o Ultramar ao equilíbrio do orçamento, mas antes, ao inverso, há-de ordenar-lhe que faça o contrário disso."

(...)

"O Portugal legítimo do «Se não, não» foi substituído por um Portugal artificial, espécie de títere, de que o governo puxa os cordelinhos.

Vela a Polícia e o lápis da Censura.

Incapacitados, uns, por esse regímen de coibições - entretidos, outros, com a digestão, que não lhes deixa atender ao que se passa, jaz a Pátria Portuguesa em estado de catalepsia colectiva."

Está em perigo a integridade nacional. É isto que venho lembrar-lhe, Senhor Presidente do Conselho."


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«Se mandarem os Reis embora, hão-de tornar a chamá-Los» (Alexandre Herculano)

«(…) abandonar o azul e branco, Portugal abandonara a sua história e que os povos que abandonam a sua história decaem e morrem (…)» (O Herói, Henrique Mitchell de Paiva Couceiro)

Entre homens de inteligência, não há nada mais nobre e digno do que um jurar lealdade a outro, enquanto seu representante, se aquele for merecedor disso. (Pedro Paiva Araújo)

Este povo antes de eleger um chefe de Estado, foi eleito como povo por um Rei! (Pedro Paiva Araújo)

«A República foi feita em Lisboa e o resto do País soube pelo telégrafo. O povo não teve nada a ver com isso» (testemunho de Alfredo Marceneiro prestado por João Ferreira Rosa)

«What an intelligent and dynamic young King. I just can not understand the portuguese, they have committed a very serious mistake which may cost them dearly, for years to come.» (Sir Winston Leonard Spencer-Churchill sobre D. Manuel II no seu exílio)

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«Pergunta: Queres ser rei?

Resposta: Eu?! Jamais! Não sou tão pequeno quanto isso! Eu quero ser maior, quero por o Rei!» (NCP)

Um presidente da república disse «(...)"ser o provedor do povo". O povo. Aquela coisa distante. A vantagem de ser monárquico é nestas coisas. Um rei não diz ser o provedor do povo. Nem diz ser do povo. Diz que é o povo.» (Rodrigo Moita de Deus)

«Chegou a hora de acordar consciências e reunir vontades, combatendo a mentira, o desânimo, a resignação e o desinteresse» (S.A.R. Dom Duarte de Bragança)

«Depois de Vós, Nós» (El-Rei D. Manuel II de Portugal, 1909)

«Go on, palavras D'El-Rey!» (El-Rei D. Manuel II de Portugal)