Este é um microcosmo apartidário embora ideológico, pois «nenhuma escrita é ideologicamente neutra*»

*Roland Bartes

Intros: 1 2

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

O Elmo

É medianamente sabido que D. Sebastião não foi um dos melhores Reis de Portugal. À parte da enorme alegria com que o povo, desde nascença, o recebeu, foram inúmeros os epítetos menos elogiosos sobre o Monarca advindos, posteriormente, de historiadores ao longo dos séculos. Alguns verdadeiros, outros nem tanto.

Contudo, tendo fraquejado perante aqueles que o impeliam para rumar Marrocos, inclusive Camões, essa ida, bem como Alcácer-Quibir, foram um completo desastre. O Rei é, óbvia e objetivamente, responsável.

D. Sebastião nunca mais foi visto, provavelmente terá morrido em batalha, mas um elmo, eventualmente o seu elmo, trouxe novos dados.

Muitos desses dados são reveladores, especialmente aqueles que foram contados por Rainer Daehnhardt (quem o meu pai conheceu pessoalmente). No seu conjunto, salientava apenas os que, na minha opinião, poderão ser enormemente demonstrativos de que aquela peça de guerra era de mesmo de El-Rei, porquanto os seguintes factos indiciam que a forma como o seu utilizador se bateu foi, no mínimo, bravíssima e digna de um Rei:

a) O elmo apresentava tantas “feridas” de impacto, facto que só se explica mediante uma luta especialmente violenta, como foi o caso de Alcácer-Quibir;

b) Pela parte de trás não há qualquer vestígio de golpe, significando que o utilizador nunca voltou as costas ao inimigo.
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«Se mandarem os Reis embora, hão-de tornar a chamá-Los» (Alexandre Herculano)

«(…) abandonar o azul e branco, Portugal abandonara a sua história e que os povos que abandonam a sua história decaem e morrem (…)» (O Herói, Henrique Mitchell de Paiva Couceiro)

Entre homens de inteligência, não há nada mais nobre e digno do que um jurar lealdade a outro, enquanto seu representante, se aquele for merecedor disso. (Pedro Paiva Araújo)

Este povo antes de eleger um chefe de Estado, foi eleito como povo por um Rei! (Pedro Paiva Araújo)

«A República foi feita em Lisboa e o resto do País soube pelo telégrafo. O povo não teve nada a ver com isso» (testemunho de Alfredo Marceneiro prestado por João Ferreira Rosa)

«What an intelligent and dynamic young King. I just can not understand the portuguese, they have committed a very serious mistake which may cost them dearly, for years to come.» (Sir Winston Leonard Spencer-Churchill sobre D. Manuel II no seu exílio)

«Everything popular is wrong» (Oscar Wilde)

«Pergunta: Queres ser rei?

Resposta: Eu?! Jamais! Não sou tão pequeno quanto isso! Eu quero ser maior, quero por o Rei!» (NCP)

Um presidente da república disse «(...)"ser o provedor do povo". O povo. Aquela coisa distante. A vantagem de ser monárquico é nestas coisas. Um rei não diz ser o provedor do povo. Nem diz ser do povo. Diz que é o povo.» (Rodrigo Moita de Deus)

«Chegou a hora de acordar consciências e reunir vontades, combatendo a mentira, o desânimo, a resignação e o desinteresse» (S.A.R. Dom Duarte de Bragança)

«Depois de Vós, Nós» (El-Rei D. Manuel II de Portugal, 1909)

«Go on, palavras D'El-Rey!» (El-Rei D. Manuel II de Portugal)