Este é um microcosmo apartidário embora ideológico, pois «nenhuma escrita é ideologicamente neutra*»

*Roland Bartes

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quinta-feira, 19 de junho de 2014

Em dia de Proclamação de um Rei


Gostaria de aqui partilhar, com todos os meus amigos, a especial alegria e até uma inesperada comoção ao assistir, hoje de madrugada, ao processo de Proclamação do novo Rei de Espanha.

Foi inevitável lembrar-me de quem fomos até 1910, o quanto prestigiado era o nosso País e a nossa Monarquia Constitucional, o quanto preparados estavam os nossos Reis e que enchiam os portugueses de orgulho, sendo enorme a admiração que o nosso nobre povo tinha por ‘El-Rey’.

Ao assistir, nas Cortes, i. e. na casa da democracia, à Proclamação de Filipe VI, imediata e inconscientemente estabeleci o paralelo a 28 de Dezembro de 1889, quando D. Carlos I era solenemente aclamado Rei na Assembleia das Cortes, perante os deputados da Nação, jurando cumprir a Carta Constitucional, cerimónia que teve a presença de Pedro II, Imperador do Brasil, exilado desde o dia 6 do mesmo mês. Ou seja, estabeleci o paralelo que outrora neste nosso grande País que é Portugal, também era similarmente assim como foi hoje em Madrid…a Aclamação do Rei que, ‘de iure’, passava a ser “Sua Majestade o Rei de Portugal e dos Algarves (...).”

Assim, e apesar de consciente das ancestrais e históricas querelas entre o meu País e a vizinha Espanha, nada me coíbe de, respeitosamente, felicitar Filipe VI de Espanha, “O Preparado”, desejando-lhe, com toda a firmeza e frontalidade, um bom reinado em prol do seu povo, da democracia, do prestígio do seu País, da unidade cultural dos espanhóis e pela continuação do progresso de Espanha. Que Deus tenha em Sua Santa guarda a Família Real Espanhola.

Viva a Monarquia!

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«Se mandarem os Reis embora, hão-de tornar a chamá-Los» (Alexandre Herculano)

«(…) abandonar o azul e branco, Portugal abandonara a sua história e que os povos que abandonam a sua história decaem e morrem (…)» (O Herói, Henrique Mitchell de Paiva Couceiro)

Entre homens de inteligência, não há nada mais nobre e digno do que um jurar lealdade a outro, enquanto seu representante, se aquele for merecedor disso. (Pedro Paiva Araújo)

Este povo antes de eleger um chefe de Estado, foi eleito como povo por um Rei! (Pedro Paiva Araújo)

«A República foi feita em Lisboa e o resto do País soube pelo telégrafo. O povo não teve nada a ver com isso» (testemunho de Alfredo Marceneiro prestado por João Ferreira Rosa)

«What an intelligent and dynamic young King. I just can not understand the portuguese, they have committed a very serious mistake which may cost them dearly, for years to come.» (Sir Winston Leonard Spencer-Churchill sobre D. Manuel II no seu exílio)

«Everything popular is wrong» (Oscar Wilde)

«Pergunta: Queres ser rei?

Resposta: Eu?! Jamais! Não sou tão pequeno quanto isso! Eu quero ser maior, quero por o Rei!» (NCP)

Um presidente da república disse «(...)"ser o provedor do povo". O povo. Aquela coisa distante. A vantagem de ser monárquico é nestas coisas. Um rei não diz ser o provedor do povo. Nem diz ser do povo. Diz que é o povo.» (Rodrigo Moita de Deus)

«Chegou a hora de acordar consciências e reunir vontades, combatendo a mentira, o desânimo, a resignação e o desinteresse» (S.A.R. Dom Duarte de Bragança)

«Depois de Vós, Nós» (El-Rei D. Manuel II de Portugal, 1909)

«Go on, palavras D'El-Rey!» (El-Rei D. Manuel II de Portugal)