Este é um microcosmo apartidário embora ideológico, pois «nenhuma escrita é ideologicamente neutra*»

*Roland Bartes

Intros: 1 2

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Do aviso à concretização...

«Por muitos menos crimes do que os cometidos por D. Carlos I, rolou no cadafalso, em França, a cabeça de Luís XVI ! »
Afonso Costa, em 1906.

«Por muito menos que isto foi morto o Rei D. Carlos»
Mário Soares, em Abril de 2013.

Bom…ao menos não preciso estar mais a justificar o injustificável. É visível o que é a nossa república e porque nos estamos a afundar.

A Justiça é destes senhores. Aqui ao lado, na vizinha Espanha, há cerca de um ano, o Rei disse que “a justiça é para todos” e cumpriu-se. Este ano a sua filha foi constituída arguida para clarificação da verdade no caso “Nóos”.

Somos de facto atrasados e, pior, mesquinhos com um circunscrito complexo de inferioridade desde 1910. Não quero fazer parte desse credo. Sou português, não português republicano. Embora o meu cartão de cidadão me queira assim qualificar, eu não me considero como tal, nem nunca me considerarei. Sou livre de pensar e perceber o embuste a que fomos sujeitos naquele início do século XX.

Há sempre o clímax de um republicano verdadeiro, e esse manifesta-se na célebre frase capitular e distintiva que ele profere: "Por muito menos (...)".

Se fosse a Cavaco punha-me em guarda (com diz o Godinho), com tal aviso do "pai da Nação", não vá acontecer-lhe o mesmo que a El-Rei.
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«Se mandarem os Reis embora, hão-de tornar a chamá-Los» (Alexandre Herculano)

«(…) abandonar o azul e branco, Portugal abandonara a sua história e que os povos que abandonam a sua história decaem e morrem (…)» (O Herói, Henrique Mitchell de Paiva Couceiro)

Entre homens de inteligência, não há nada mais nobre e digno do que um jurar lealdade a outro, enquanto seu representante, se aquele for merecedor disso. (Pedro Paiva Araújo)

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«What an intelligent and dynamic young King. I just can not understand the portuguese, they have committed a very serious mistake which may cost them dearly, for years to come.» (Sir Winston Leonard Spencer-Churchill sobre D. Manuel II no seu exílio)

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«Pergunta: Queres ser rei?

Resposta: Eu?! Jamais! Não sou tão pequeno quanto isso! Eu quero ser maior, quero por o Rei!» (NCP)

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«Chegou a hora de acordar consciências e reunir vontades, combatendo a mentira, o desânimo, a resignação e o desinteresse» (S.A.R. Dom Duarte de Bragança)

«Depois de Vós, Nós» (El-Rei D. Manuel II de Portugal, 1909)

«Go on, palavras D'El-Rey!» (El-Rei D. Manuel II de Portugal)